- O Xogum não irá tolerar essa petulância – finalizou o velho em pantufas de seda postado de costas à janela. A luz dos jardins passava pelas cortinas de bambu do complexo palaciano, deixando a sala com pouca iluminação.
Lady Pena D’Morte estava parada em meio ao círculo que jazia abaixo do hangar de madeira encarando os 7 Kamis Conselheiros, que vieram dos cantos mais longínquos das terras Orientais para o grande Concílio. O avelhentado, virou, e dirigindo-se até a beira do tablado, deu início aos preparativos formais, apresentando os 6 lendários Butsus:
- Juur Bonsai, o podado;
- Er-Kata Ho, a dor pigarreante;
- Joo Dyia Di Ming, a faixa de gaze e pano;
- Wer Khan Nhao, a feia;
- Seucen Todoy, a mão latejante – e por fim;
- Bai Tha Bhi Cho-Na, o vento fresco.
Todos Reunidos pelo Ancião do Reino, Chu Pen Paoo Sen-Sei.
- Estamos aqui para falar do Estrangeiro, começou Sen-Sei.
- Estrangeiro? – Perguntou Lady – O que está acontecendo? Aonde estou?
- Siyn Salabing, é o nome dele. – Apressou-se Juur Bonsai, na tentativa de clarear as idéias de D’Morte.
- Você irá guiá-lo através das folhas do destino. Alertou Joo Dyia Di Ming.
- Espera um pouco, quem são vocês?
- Carregarás a essência de Salabing e tornar-se-á una com sua alma, marcando-a com sua presença. - Continuou Di Ming, ignorando os comentários de Pena.
- Calma aí zé! Que história é ess... - Protestou Lady, mas novamente fora interrompida.
- Lembre-se: o destino de Siyn Salabing jaz em suas mãos.
- Mas... – Começou novamente nossa aventureira antes de ser interpelada.
- Sem ‘mas’. Somente: “o destino de Siyn Salabing jaz em suas mãos.”
E antes que pudesse fazer algo mais, as últimas palavras começaram a ecoar em sua cabeça como martelos:
- Mãos...
- Mãos..
- Mãos.
Então tudo ficou escuro, ou melhor, claro.
Lady Pena D’Morte acordou com a figura de um risonho Pah Pai Mei debruçado sobre ela e enfiando, güela abaixo, a nojenta solução de uma cambuquinha de madeira. O seu conteúdo era uma pasta amarelada e viscosa que escorria pelo canto da boca, fazendo-a babar como uma velha desdentada. Muito tempo depois, Judia Dimin diria que aquilo era Hummus, uma comida típica de seu povo. Conquanto, mesmo com D’Morte estando meio inconsciente no momento, ela tinha certeza de ter ouvido Pah Pai Mei dizer algumas palavras que soavam claramente como: urina, fezes, hienas.
- O que foi isso que acabou de acontecer? – Perguntou Lady, sem saber ao certo se estava referindo-se ao sonho que acabara de ter, ou àquela papinha nojenta.
Pah Pai Mei assumiu que deveria ser algo com o sonho e respondeu:
- Aquilo, minha cara, foi seu subconsciente.
- Mas Parecia tão real!
Pah Pai pensou por um instante e em seguida disparou:
- É claro que eu estaria mentindo se dissesse que a grotesca quantidade de cogumelos venenosos que tu ingeriste não contribuiu em nada, mas a história do subconsciente parece-me mais plausível.
- Mas por que eram todos orientais? - Perguntou Pena, fingindo que já não sabia a resposta.
- Minha querida, esses cogumelos em doses menores também são excelentes afrodisíacos, portanto, tudo o que tu viste, foi a manifestação dos teus desejos eróticos mais íntimos!
- Mas... com Orientais? - Encenou Lady, tentando, em vão, fazer parecer que nada daquilo tinha sentido algum.
- Sim, com orientais. E adivinha qual a melhor parte dessa história toda? - Perguntou Pah Pai Mei, todo empolgado, antes de continuar:
- Eu sou Orient... digo... eu vou orientar você!
- Como? Perguntou, inocente, D’Morte.
- Creio que essa não será a primeira revelação que você terá. Seu inconsciente poderá se manifestar de várias formas de agora em diante. Isso provavelmente porque os cogumelos causaram lesões irreversíveis no seu sistema nervoso, mas, novamente, a história do subconsciente parece mais racional. Enfim, você saberá o que fazer.
- Certo. Preciso chegar em Metendo Ferro, encontrar Sinsalabim e Pira Nha'pelo Rosa, descer o Sarrafo no Poderoso Peru e...- parou de súbito sem saber como continuar.
- E então saberás o que fazer. Completou Pah Pai Mei.
- Isso... e então saberei o que fazer. Finalizou uma nada convicta Pena D’Morte.
- Bom, pelo menos tenho boas notícias para você, minha cara, olhe ao redor, já estás em Metendo Ferro! Ficaste inconsciente por quase uma semana e eu tive que arrastar esse traseiro...- Pah Pai Mei engoliu seco - esse traseiro...ehm...gordo? Isso. Tive que arrastar esse traseiro, ahn, gordo, até aqui. - Completou enrubescendo-se, antes de emendar:
- E nem pensa em abrir o bicão para reclamar, porque, ainda por cima, tu resolvias dar uma de sonâmbula, ou sei lá como se chamam pessoas que saem caminhando durante o estado vegetativo.
- Tão pouco precisa agradecer, só me faz um favor e fica longe dos cogumelos. Se não tiver mais o que comer, pega esse pacote de Rosquinhas de Polvilho aqui.
E assim, lá se foi Lady Pena D’Morte encontrar seu ‘Destino’.
Em algum dado momento entre 1 e 7 dias atrás:
Sinsalabim estava perdidão na capital tentando cegamente encontrar o Círculo de Sábios.
Foi no final de mais um dia infrutífero de procura que Salabim se encontrava afogando as mágoas em um copo de leite numa espelunca de taberna. Tinha conseguido lugar para dormir lá mesmo, porque agora ele fazia o serviço de um guri que, segundo o dono do recinto, havia sofrido um trágico acidente. Tudo o que precisava fazer era ficar parado na parede dos fundos enquanto todos bêbados do lugar apostavam para ver quem conseguia acertar a cereja em cima de sua cabeça com os machadinhos de arremesso. Mas isso era só durante as sextas-feiras. Hoje era Segunda, e a taberna estava vazia.
O nosso protagonista já estava indo se deitar, quando uma mulher, toda moribunda entra no recinto e, com olhos esbugalhados, se dirige até ele com o braço esticado.
Se Sinsalabim tivesse uma percepção um pouco mais ousada ele teria visto que aquela expressão era de uma pessoa que estava tendo alucinações. Talvez, se reparasse um pouco melhor, perceberia que tinha algo a ver com uma reunião secreta em algum lugar do Oriente Distante, envolvento 7 Kamis e o seu destino. Até mesmo poderia ter associado isso com alguns cogumelos e, quem sabe até, sua possível noiva. Entretanto, a única coisa que via era um par de olhos esbugalhados olhando diretamente para ele. E mesmo que pudesse ver tudo isso, não teria feito as associações necessárias para entender a trama. Portanto era ele e dois olhos esbugalhados, mesmo:
- Sinsalabim! - Disse a estranha.
- Soy yo! Respondeu o herói em voz rouca, tentando assumir uma postura de Antônio Bandeiras, parecendo, em vez disso, um vendedor ambulante paraguaio.
- Cometeste muitos pecados Sinsalabim! Sua alma está Manchada. – acusou a mulher.
Se ela não estivesse em transe, com certeza iria rir do bigode de leite que Salabim esquecera de limpar.
- Como assim! O Que eu fiz? - Perguntou, perplexo.
- Tiraste vidas, arruinaste lares, profanaste moradas! Continuou a mulher em tom sombrio
Sinsalabim, já com o ego inflado, pois era exatamente isso que grandes heróis deveriam fazer, ia rebater, mas pensou melhor e resolveu agir na defensiva:
- Eu nem fiz nada, bem que eu queria ter extirpado todo o mal, mas infelizmente não consegui!
- Eu sei, mas é legal inflar o medo e o desespero nos que tem a mente mais fraca.
- A culpa não é minha! Defendeu-se novamente com um quê de desprezo.
- Você começou essa balbúrdia, o sangue de todos eles está em suas mãos! -Acusou a mulher.
- Você não me abala. - mentiu Salabim à medida que tremia feito uma menininha por dentro.
- Uma tempestade está por vir, e você está bem no centro dela. Alertou, misteriosa.
- Co... como assim. Gaguejou Sinsalabim (Rimou!).
- Uma rixa de sangue foi comprada, os mortos irão ascender, e não importa se você foi ou não o verdadeiro culpado, eles o encontrarão. Ah eles o encontrarão! – A mulher agora estava soltando pequenas risadinhas, aquelas do tipo que se solta quando se conta uma mentira deslavada e não se espera que ninguém acredite.
Mas Salabim acreditou. Na verdade havia caído feito um patinho.
A estranha puxou, sorrateiramente, uma bexiga de bode das costas, e pressionou-a com as mãos para fazê-la estourar com um barulho seco e espantosamente alto, que ecoou no recinto e fez nosso herói olhar freneticamente para os lados:
- Está vendo? - Perguntou a jovem misteriosa: - Começou! Não há mais volta, os mortos estão vindo te buscar! Completou fingindo um leve desespero.
- Ai meu São Crispim! E agora! Borrou-se nosso herói.
- Só há uma maneira de acalmá-los, continuou a jovem.
- Diga que eu faço, eu faço, eu faço, eu faço. – Suplicou Sinsalabim.
- Quem você mais odeia na face da terra, Sinsalabim? Perguntou a jovem.
Esse é o momento em que a maioria dos personagens pararia por um breve instante para pensar, mas não Sinsalabim, ele retrucou no ato:
- SINSALADIN! - Bradou com uma nesga de esperança: - Vou Matá-lo e conseguir o descanso dos mortos!
- É...na real não é bem assim. Você irá executar doze trabalhos! - Explicou a jovem.
Lady Pena D’Morte estava parada em meio ao círculo que jazia abaixo do hangar de madeira encarando os 7 Kamis Conselheiros, que vieram dos cantos mais longínquos das terras Orientais para o grande Concílio. O avelhentado, virou, e dirigindo-se até a beira do tablado, deu início aos preparativos formais, apresentando os 6 lendários Butsus:
- Juur Bonsai, o podado;
- Er-Kata Ho, a dor pigarreante;
- Joo Dyia Di Ming, a faixa de gaze e pano;
- Wer Khan Nhao, a feia;
- Seucen Todoy, a mão latejante – e por fim;
- Bai Tha Bhi Cho-Na, o vento fresco.
Todos Reunidos pelo Ancião do Reino, Chu Pen Paoo Sen-Sei.
- Estamos aqui para falar do Estrangeiro, começou Sen-Sei.
- Estrangeiro? – Perguntou Lady – O que está acontecendo? Aonde estou?
- Siyn Salabing, é o nome dele. – Apressou-se Juur Bonsai, na tentativa de clarear as idéias de D’Morte.
- Você irá guiá-lo através das folhas do destino. Alertou Joo Dyia Di Ming.
- Espera um pouco, quem são vocês?
- Carregarás a essência de Salabing e tornar-se-á una com sua alma, marcando-a com sua presença. - Continuou Di Ming, ignorando os comentários de Pena.
- Calma aí zé! Que história é ess... - Protestou Lady, mas novamente fora interrompida.
- Lembre-se: o destino de Siyn Salabing jaz em suas mãos.
- Mas... – Começou novamente nossa aventureira antes de ser interpelada.
- Sem ‘mas’. Somente: “o destino de Siyn Salabing jaz em suas mãos.”
E antes que pudesse fazer algo mais, as últimas palavras começaram a ecoar em sua cabeça como martelos:
- Mãos...
- Mãos..
- Mãos.
Então tudo ficou escuro, ou melhor, claro.
Lady Pena D’Morte acordou com a figura de um risonho Pah Pai Mei debruçado sobre ela e enfiando, güela abaixo, a nojenta solução de uma cambuquinha de madeira. O seu conteúdo era uma pasta amarelada e viscosa que escorria pelo canto da boca, fazendo-a babar como uma velha desdentada. Muito tempo depois, Judia Dimin diria que aquilo era Hummus, uma comida típica de seu povo. Conquanto, mesmo com D’Morte estando meio inconsciente no momento, ela tinha certeza de ter ouvido Pah Pai Mei dizer algumas palavras que soavam claramente como: urina, fezes, hienas.
- O que foi isso que acabou de acontecer? – Perguntou Lady, sem saber ao certo se estava referindo-se ao sonho que acabara de ter, ou àquela papinha nojenta.
Pah Pai Mei assumiu que deveria ser algo com o sonho e respondeu:
- Aquilo, minha cara, foi seu subconsciente.
- Mas Parecia tão real!
Pah Pai pensou por um instante e em seguida disparou:
- É claro que eu estaria mentindo se dissesse que a grotesca quantidade de cogumelos venenosos que tu ingeriste não contribuiu em nada, mas a história do subconsciente parece-me mais plausível.
- Mas por que eram todos orientais? - Perguntou Pena, fingindo que já não sabia a resposta.
- Minha querida, esses cogumelos em doses menores também são excelentes afrodisíacos, portanto, tudo o que tu viste, foi a manifestação dos teus desejos eróticos mais íntimos!
- Mas... com Orientais? - Encenou Lady, tentando, em vão, fazer parecer que nada daquilo tinha sentido algum.
- Sim, com orientais. E adivinha qual a melhor parte dessa história toda? - Perguntou Pah Pai Mei, todo empolgado, antes de continuar:
- Eu sou Orient... digo... eu vou orientar você!
- Como? Perguntou, inocente, D’Morte.
- Creio que essa não será a primeira revelação que você terá. Seu inconsciente poderá se manifestar de várias formas de agora em diante. Isso provavelmente porque os cogumelos causaram lesões irreversíveis no seu sistema nervoso, mas, novamente, a história do subconsciente parece mais racional. Enfim, você saberá o que fazer.
- Certo. Preciso chegar em Metendo Ferro, encontrar Sinsalabim e Pira Nha'pelo Rosa, descer o Sarrafo no Poderoso Peru e...- parou de súbito sem saber como continuar.
- E então saberás o que fazer. Completou Pah Pai Mei.
- Isso... e então saberei o que fazer. Finalizou uma nada convicta Pena D’Morte.
- Bom, pelo menos tenho boas notícias para você, minha cara, olhe ao redor, já estás em Metendo Ferro! Ficaste inconsciente por quase uma semana e eu tive que arrastar esse traseiro...- Pah Pai Mei engoliu seco - esse traseiro...ehm...gordo? Isso. Tive que arrastar esse traseiro, ahn, gordo, até aqui. - Completou enrubescendo-se, antes de emendar:
- E nem pensa em abrir o bicão para reclamar, porque, ainda por cima, tu resolvias dar uma de sonâmbula, ou sei lá como se chamam pessoas que saem caminhando durante o estado vegetativo.
- Tão pouco precisa agradecer, só me faz um favor e fica longe dos cogumelos. Se não tiver mais o que comer, pega esse pacote de Rosquinhas de Polvilho aqui.
E assim, lá se foi Lady Pena D’Morte encontrar seu ‘Destino’.
Em algum dado momento entre 1 e 7 dias atrás:
Sinsalabim estava perdidão na capital tentando cegamente encontrar o Círculo de Sábios.
Foi no final de mais um dia infrutífero de procura que Salabim se encontrava afogando as mágoas em um copo de leite numa espelunca de taberna. Tinha conseguido lugar para dormir lá mesmo, porque agora ele fazia o serviço de um guri que, segundo o dono do recinto, havia sofrido um trágico acidente. Tudo o que precisava fazer era ficar parado na parede dos fundos enquanto todos bêbados do lugar apostavam para ver quem conseguia acertar a cereja em cima de sua cabeça com os machadinhos de arremesso. Mas isso era só durante as sextas-feiras. Hoje era Segunda, e a taberna estava vazia.
O nosso protagonista já estava indo se deitar, quando uma mulher, toda moribunda entra no recinto e, com olhos esbugalhados, se dirige até ele com o braço esticado.
Se Sinsalabim tivesse uma percepção um pouco mais ousada ele teria visto que aquela expressão era de uma pessoa que estava tendo alucinações. Talvez, se reparasse um pouco melhor, perceberia que tinha algo a ver com uma reunião secreta em algum lugar do Oriente Distante, envolvento 7 Kamis e o seu destino. Até mesmo poderia ter associado isso com alguns cogumelos e, quem sabe até, sua possível noiva. Entretanto, a única coisa que via era um par de olhos esbugalhados olhando diretamente para ele. E mesmo que pudesse ver tudo isso, não teria feito as associações necessárias para entender a trama. Portanto era ele e dois olhos esbugalhados, mesmo:
- Sinsalabim! - Disse a estranha.
- Soy yo! Respondeu o herói em voz rouca, tentando assumir uma postura de Antônio Bandeiras, parecendo, em vez disso, um vendedor ambulante paraguaio.
- Cometeste muitos pecados Sinsalabim! Sua alma está Manchada. – acusou a mulher.
Se ela não estivesse em transe, com certeza iria rir do bigode de leite que Salabim esquecera de limpar.
- Como assim! O Que eu fiz? - Perguntou, perplexo.
- Tiraste vidas, arruinaste lares, profanaste moradas! Continuou a mulher em tom sombrio
Sinsalabim, já com o ego inflado, pois era exatamente isso que grandes heróis deveriam fazer, ia rebater, mas pensou melhor e resolveu agir na defensiva:
- Eu nem fiz nada, bem que eu queria ter extirpado todo o mal, mas infelizmente não consegui!
- Eu sei, mas é legal inflar o medo e o desespero nos que tem a mente mais fraca.
- A culpa não é minha! Defendeu-se novamente com um quê de desprezo.
- Você começou essa balbúrdia, o sangue de todos eles está em suas mãos! -Acusou a mulher.
- Você não me abala. - mentiu Salabim à medida que tremia feito uma menininha por dentro.
- Uma tempestade está por vir, e você está bem no centro dela. Alertou, misteriosa.
- Co... como assim. Gaguejou Sinsalabim (Rimou!).
- Uma rixa de sangue foi comprada, os mortos irão ascender, e não importa se você foi ou não o verdadeiro culpado, eles o encontrarão. Ah eles o encontrarão! – A mulher agora estava soltando pequenas risadinhas, aquelas do tipo que se solta quando se conta uma mentira deslavada e não se espera que ninguém acredite.
Mas Salabim acreditou. Na verdade havia caído feito um patinho.
A estranha puxou, sorrateiramente, uma bexiga de bode das costas, e pressionou-a com as mãos para fazê-la estourar com um barulho seco e espantosamente alto, que ecoou no recinto e fez nosso herói olhar freneticamente para os lados:
- Está vendo? - Perguntou a jovem misteriosa: - Começou! Não há mais volta, os mortos estão vindo te buscar! Completou fingindo um leve desespero.
- Ai meu São Crispim! E agora! Borrou-se nosso herói.
- Só há uma maneira de acalmá-los, continuou a jovem.
- Diga que eu faço, eu faço, eu faço, eu faço. – Suplicou Sinsalabim.
- Quem você mais odeia na face da terra, Sinsalabim? Perguntou a jovem.
Esse é o momento em que a maioria dos personagens pararia por um breve instante para pensar, mas não Sinsalabim, ele retrucou no ato:
- SINSALADIN! - Bradou com uma nesga de esperança: - Vou Matá-lo e conseguir o descanso dos mortos!
- É...na real não é bem assim. Você irá executar doze trabalhos! - Explicou a jovem.
- Dois trabalhos? - Perguntou o valente guerreiro.
- Não, não. Doze Trabalhos. - Repetiu a mulher.
- Ah, um Doce Trabalho! - Aliviou-se Salabim.
- NÃO SEU ANIMAL, DOZE! D-O-Z-E TRABALHOS!
- Ahh, putz... Quanta coisa...
- Isso. Doze trabalhos escolhidos pela pessoa que você mais odeia!
- O quê?!?!?!? Jamais!!! Concluiu Sinsalabim.
A moça, sorrateiramente estoura outra bexiga. E o eco pareceu mexer com as emoções do protagonista, porque no momento seguinte ele estava acuado debaixo da mesa:
- Eu faço, eu faço! Desesperou-se nosso herói, covardemente.
- Então assim será! Vá até o Circulo de Sábios, logo ali no outro lado da rua onde tu esqueceu de procurar. Lá Véiues Croto e Curoal Oprada, lhe apontarão seu primeiro trabalho.
- Mas o que isso tem a ver com a vontade de Sinsaladin? Perguntou nosso herói, agora molhado de medo.
- Aquele velho ardiloso entra em conluio com qualquer um, Véiues Croto e Curoal Oprada são seus fantoches. – e concluiu:
- Cuide para não revelar esse segredo, pois Sinsaladin poderá usá-lo contra você. Deixe ele pensar que está te manipulando através do Circulo de Sábios.
Salabim que já estava começando a querer enfrentar as legiões de mortos-vivos do que receber ordens do seu tio, acabou aceitando a dica.
A mulher, então, sai da taverna pouco antes do taberneiro voltar sonolento e Pê da Vida com a barulhama de Sinsalabim.
- Então, essa é minha sina, destino e provação! Exclamou para si mesmo Salaba.
Mas ele mal sabia que aquilo não era seu destino. Não. Longe disso. Tudo não passava de uma mera brincadeira maldosa. Só-Tem-Pedreira era uma criança brincando de cama-de-gato, e ela mexia as cordinhas com destreza incomparável. Mesmo se acabasse em cama-de-gato, com certeza, o bichano iria dormir no chão.
E agora? Qual será a terrível desculpa que Sinsalabim irá utilizar para visitar o Circulo de Sábios? Será que Lady Pena D’Morte irá se encontrar novamente com nosso herói? Se sim, ela estará consciente ou em outro transe espiritualmente afetado por cogumelos?
Não percam o próximo capitulo.
- O quê?!?!?!? Jamais!!! Concluiu Sinsalabim.
A moça, sorrateiramente estoura outra bexiga. E o eco pareceu mexer com as emoções do protagonista, porque no momento seguinte ele estava acuado debaixo da mesa:
- Eu faço, eu faço! Desesperou-se nosso herói, covardemente.
- Então assim será! Vá até o Circulo de Sábios, logo ali no outro lado da rua onde tu esqueceu de procurar. Lá Véiues Croto e Curoal Oprada, lhe apontarão seu primeiro trabalho.
- Mas o que isso tem a ver com a vontade de Sinsaladin? Perguntou nosso herói, agora molhado de medo.
- Aquele velho ardiloso entra em conluio com qualquer um, Véiues Croto e Curoal Oprada são seus fantoches. – e concluiu:
- Cuide para não revelar esse segredo, pois Sinsaladin poderá usá-lo contra você. Deixe ele pensar que está te manipulando através do Circulo de Sábios.
Salabim que já estava começando a querer enfrentar as legiões de mortos-vivos do que receber ordens do seu tio, acabou aceitando a dica.
A mulher, então, sai da taverna pouco antes do taberneiro voltar sonolento e Pê da Vida com a barulhama de Sinsalabim.
- Então, essa é minha sina, destino e provação! Exclamou para si mesmo Salaba.
Mas ele mal sabia que aquilo não era seu destino. Não. Longe disso. Tudo não passava de uma mera brincadeira maldosa. Só-Tem-Pedreira era uma criança brincando de cama-de-gato, e ela mexia as cordinhas com destreza incomparável. Mesmo se acabasse em cama-de-gato, com certeza, o bichano iria dormir no chão.
E agora? Qual será a terrível desculpa que Sinsalabim irá utilizar para visitar o Circulo de Sábios? Será que Lady Pena D’Morte irá se encontrar novamente com nosso herói? Se sim, ela estará consciente ou em outro transe espiritualmente afetado por cogumelos?
Não percam o próximo capitulo.
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