terça-feira, 25 de novembro de 2008

A Saga de Sinsalabin Capítulo 18: O Duelo

Agora as coisas começavam a correr bem. Mais uma vez o grupo estava unido novamente, e contava com a presença dos Manda-Chuvas da Ordem dos Amigos de Malanderson. Só restava agora invadir o Castelo-fortaleza-impenetrável-não-mais-guarnecido-por-trocentos-e-dois-soldados e açoguiar Pout ah Velh’a (e, de brinde, talvez desse para ensinar uma lição à Verca Nhão também).
Tudo parecia indo bem, com a trupe de heróis se dirigindo ao baluarte lado a lado, em uma posição magal e em câmera lenta, quando então um barulho invadiu os ouvidos do bando. Sons de pés. Muitos pés. Milhares de pés. Diria até que eram dezenas de pés!! . Alisan do Cressi, acompanhado de Lady Incent Ivo Acultura (portanto uma melancia de proporções descomunais), chegara com seu 1º, 2º, 4º e 5º exércitos! Tipo assim...era uma cambada em bastante número. E mais. Os estandartes mostravam não o brasão do regente-em-chefe de Só-Tem-Pedreira, mas o brasão da Ordem DASPU. Sim, Alisam era o chefão daquela ordem, e não podia perder a oportunidade de trucidar os Manda-Chuvas da Ordem dos Amigos de Malanderson.
E agora, o quer nossos heróis fariam?!
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A decisão foi tomada rapidamente por Sinsalabin, em ato de rara liderança:
-Vamu picá a mula, rapá!!!
Sinsalabin já ia correndo feito uma gazela quando os Manda-Chuvas o interpelaram:
-Acalma-te, nada está perdido!! Vocês devem entrar na fortaleza e derrotar Pout ah Velh’, que nós (os Manda-Chuvas) vamos combater Alisan e seus seguidores!! - urrou Tomás Turbando.
Feliz com a idéia de ficar protegido pelo muros da fortaleza, Sinsalabin concordou prontamente, assim como o resto dos seus companheiros (Jurbo, diga-se de passagem, ficou entre os chefões).

Assim, Jurbo Çal (cara...não tô a fim de botar toda aquela tranqueira...), Tomás Turbando, Roy, judia Dimin, Seucen Todoy, John Well, Endo Well e Pah Páinno Well se postaram na frente do portão, prontos para a peleia; e Sinsalabin, Erca Tarro (idem), Borgan, Schupen Pausen e Bai Tabixóvski entraram na morada de Pout ah Velh’a (que por sinal estava com a porta aberta).
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Quando o grupo que entrou no castelo pisou os pés no salão principal, se deparamram com um ambiente vazio, fora alguns serviçais: todos os soldados foram pro saco na Batalha do Buraco 69. No meio da sala, um sujeito vestindo um fraque os recebeu.
-Eu sou Brag Ilhaberta, mordomo de Pout ah Velh’a.
-Beleza mano... nós somos os entregadores de pizza... - respondeu o porquíneo Borgan.
-Oh sim! - disse Brag - Demoraram heim? o sr.Velh’a estava ficando impaciente...
Então Ilhaberta (que percebe-se que era meio tapado, pois ninguém ali tinha panca de motoboy) conduziu o grupo pelos corredores do edifício, até que chegaram numa sala bem grande, uma grande poltrona no fundo e um enorme espaço vazio no centro, com alguma mobília.
-O milorde está no trono e já deve vir atendê-los - comentou Brag.
-Hmm? - indagou Sinsalabin, não entendendo nada.
-Tipo... ele está...passando um fax...
-Fax? Quéqué isso?
-Adubando... sabe...
-Ahh... ele está fazendo jardinagem...
-Não cara! o milorde está defecando!!- Exclamou o mordomo, não aguentando mais.
-Como assim... fazendo café?
-NÃO, CARALHO!!! ELE TÁ CAGANDO, ENTENDEU?! CAGANDO! ELE SENTOU NA PATENTE E TÁ CA-GAN-DO!!!! - Urrou o serviçal, fazendo bruscos jestos de mímica para Sinsalabin entender melhor.
-Ahhh... trono...privada...entendiii...
Brag Ilhaberta soltou um longo suspiro e, nesse exato momento Pout ah Velh’a apareceu. Sim. Isso mesmo. Finalmente o vilão-mor mostrou as caras. o maldoso semi goblinóide, semi-yeti apareceu, com seu incrível um metro de altura! Ele saiu de uma portinha atrás da poltrona, e trajava uma túnica marrom: tudo nele era assustador, até o papael higiênico preso em seu sapato. Por fim, ele disse.
- Trouxeram a de anchovas?
-Não! - gritou Erca, sem se controlar e se lembrando de babuínos, mandiocas e cornetas - Mas daqui a pouco tu vai virar uma de presunto!- e se atirou ao ataque.
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No lado de fora da fortaleza, tudo parecia perdido. Por mais fodões que os Manda-Chuvas fossem, não conseguiriam derrotar tantos soldados. Então Seucen Todoy, de um lugar desconhecido, sussurrou.
-Vocês estão pensando o mesmo que eu?
-Depende, você está pensando em ligar pro disque-chope e irmos azarar lá no Zéma Lockeiro? - indagou Turbando.
-Bem, eu tô pensando nas qualidades da Lady Incent Ivo Acultura ali na frente - Disse Roy.
-E eu não consigo sentar pensando no anel do Endo - exclamou Pah Páinno Well.
-E eu... - judia Dimin ia completar a frase quando Todoy esbravejou.
-Não seus idiotas! Eu digo da nossa última esperança...
-Ahhh...- interpelou Jurbo - evocar o...
-Ele mesmo.
Então todos os Manda-Chuvas se olharam com uma cara aloprada e soltaram uma gargalhada.
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Em cinco minutos, Erca já estava pedindo água no chão, derrotado pelo poderoso Pout ah Velh’a. E não foi só isso. O xamã, com sua magia perversa, imobilizou nossos heróis. Todos. Sinsalabin já estava se borrando novamente quando então aconteceu. A técnica de Hera Ben Sadik, "Fazer o outro sofrer o sofrimento eterno", despertara mais uma vez. Sinsalabin, em um movimento rápido, puxou uma máscara da cueca e vestiu sua cabeça. De repente seu corpo ficou besuntado por óleos aromáticos. E então nosso herói correu em carga total em direção de Pout ah Velh’a, e ele nada pode fazer.
De início, Sinsalabin aplicou um Suplex Carpado Rotativo, o que já desgastou o vilão. Logo mais, usou o Super Dozer Mega Puch MagrolagemMax para escoriar Pout ah, e completou com um Iron Kick of Disneyland. Pouth ah Velha caiu, gemendo.
Sinsalabin então puxou a mesa, subiu em cima e ia aplicar seu golpe assinatura, o Grand Crap Sinsalabator Pédimesóvski Turbotron.
Saltou e faltava apenas alguns metros até cair em cima de Pout ah Velh'a quando algo se pôs em seu caminho. Era Pout ah Kep'a Ryu, o irmão gêmeo de Pout ah Velha'a, que absorveu todo o golpe e caiu feito um saco de batatas no chão.
Então Pout ah Kep'a Ryu susurrou para seu irmão.
-Irmão...
-Sim...respondeu Pout ah Velh'a.
-Irmããão...
-Siim...
-MATA ESSE PUTO DO CARALHO DE MERDA! FODE ELE! SEU CUZÃO! ME SACRIFIQUEI AQUI! É BOM TU ACABAR COM A RAÇA DESSE BOSTINHA!
Sensibilizado pelo último suspiro de seu manubródi, Pouth ah Velh'a puxou forças das suas entranhas mais nojentas e meteu um Double Super Hiper Mega Futsafai Uppercut Com Mostarda em Sinsalabin que, surpreendido pelo movimento, caiu de costas no chão.
Não era só isso. Verca Nhão, do nada, apareceu com uma cadeira de ferro revestida de tachinhas e jogou ela para o xamã.
Este castigou Sinsalabin com o objeto como nunca antes e, então, pulou em cima do semiconsciente lutador. Brag Ilhaberta então (não entendendo direito por que fez isso) começou a contar.
"1..."

"2..."

E agora? Será que Sinsalabin e sua turma do barulho conseguirão derrotar Pout ah Velh'a e Verca Nhão? Será que os Manda-Chuvas da Ordem dos Amigos de Malanderson conseguirão barrar a hoste de Alisan do Cressi e Lady Incent Ivo Acultura?

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

A Saga de Sinsalabin - Capítulo 17: A Porca Torce o Rabo.

Sinsalabim estava atônito. Os músculos de sua face contraíam-se contundidamente em um ímpeto involuntário. Uma gota de suor escorria, solitária, pelo semblante pálido de seu rosto, transparecendo o terror incrustado em seus olhos.
Aterrado em desespero, permanecia imóvel, esperando aquela mortalha flamejante envolvê-lo para livrar sua alma do pavor transcendente. A vontade de gritar era atroz, entretanto tentava, com todas suas forças, conter suas lamúrias. Mas, no fundo, ele era um Covarde. Sabia disso. Não passava de uma mamãezinha, um maricas. Um Pusilânime e pesaroso poltrão.
O que se seguiu foi um grito lancinante. Saiu rasgando as pregas de sua garganta. Um gemido tão gay quanto o sentido dúbio da frase anterior.

.

...Um turbilhão de incertezas se acometera de Sinsalabim momentos antes de acender o Pé-de-mesa:
“O que Roy estivera pensando afinal? Ele poderia ter escolhido qualquer outra pessoa mais capaz [ou seja, qualquer outra pessoa mesmo] para esta tarefa, mas logo eu? Por quê?” pensou, para si, nosso intrépido herói.
E, em seu apogeu filosófico, prosseguiu:
“E ainda tem esse pergaminho cheio de desenhos que Roy me deu. Olhando agora, ele parece ter milhões de interpretações possíveis!” Concluiu, por fim, Sinsalabim (Ha! Rimou!)

E numa última tentativa de desvendar sua Sina, desenrolou o pergaminho, revelando o indecifrável desenho...




...


Há algumas horas atrás, não muito longe da típica clareira da floresta, perfeita para emboscadas, Lady Incent Ivo Acultura chamava Jurbo Çal, famigerado tranbiqueiro, cujos cartazes de procurado ocupavam as paredes de todas as tavernas da redondeza, para uma ‘conversinha’ particular na sala VIP de Verca Nhão, deixando Erca Tarro, o biltre assaltante que aterroriza as estradas da floresta até o riacho lá no alto da colina, chupando o dedo na ante-sala circular.
Contudo, ao sair, Lady deixara cair um papelzinho. E, agora, um estupefato e embasbacado Erca encontrava-se bisbilhotando seu conteúdo.
No pergaminho lia-se:

“Lady Incent Ivo Acultura, membro oficial da Ordem DASPU”

- Meu São Crispim, e agora? Gemeu Erca.
Continuou a passar o olho pelo escrito e encontrou um asterisco em DASPU onde, em uma legenda minúscula no canto inferior do rascunho, estava uma explicação detalhada para aquele paradigma:

“DASPU (Discípulos Aniquiladores dos Selvagens Porcos Unijugados): Seita do Eixo infiltrada na Ordem dos Amigos de Malanderson que visa à total e completa destruição dos Porcos Selvagens.”

“Nossa!” Pensou Erca enquanto tirava do dente, um nervinho de porco selvagem encontrado no molho das rosquinhas de polvilho que Salabin lhe confiara antes de partir. – “Isso quer dizer que Lady é uma espiã infiltrada na Ordem, e, conseqüentemente, nossa inimiga!” E, sem parar com seu raciocínio, continuou até finalizar: “O que será que ela quer com Jurbo? Será que ele sabe da verdadeira identidade de Lady Incent Ivo Acultura?” [Óbvio que ele não sabia].
Erca Tarro, o biltre assaltante que aterroriza as estradas da floresta até o riacho lá no alto da colina, encontrava-se há uns 15 minutos em completa compenetração, tal que alternava: ora fazendo uma caratonha tão medonha (Há! rimou de novo!) que ficava impossível distinguir sua face de seu traseiro, ora fazendo uma cara de alívio, como que se estivesse - e de fato estava - expelindo gases. Nosso amigo caía em um dilema mortal:

1- Entrar na sala, bancar o herói (e, provavelmente, levar um coça) tentando apanhar a traidora de surpresa, para então (supondo que eles não levassem uma tunda) sair com Jurbo Çal carregando o corpo da General (Há! Muitas rimas nesse capítulo!) para enfrentarem o 3º Exército de Alisan do Cressi sozinhos;

2 – Fingir que não sabe de nada e ficar numa ‘nice’.

Erca, pressionado, não sabia mais o que fazer, estava começando a ter um ataque de flatulência quando uma rodinha começou a se formar em um canto e, antes que pudesse perceber, estava sendo alvo de xoxotas, digo, chacotas da trupe:
- Hahahahaha! E daí ele fez kabumm! Disse um dos guerreiros, dando uma olhada de soslaio para Erca Tarro, o biltre assaltante que aterroriza as estradas da floresta até o riacho lá no alto da colina.
- Bwahaha, boa, boa, mas eu tenho uma muito melhor, sente só: - Por que o goblin levou um pé na bunda da mulher dele?
- Não sei cara, porque ele é feio? Falou um putinho lá.
Ha! Não! Porque ela queria alguém mais maduro!
- E maior! Completou um maluco.

*risos*

Erca Tarro estava amarelo de raiva, mas antes que pudesse fazer algo, alguém lá no meio bradou:
- Uuuu, nem adianta ficar assim! Ela não vai voltar pra ti!
-HAHAHAHAHA!!! Muitos risos no grupinho...
Mas não por isso pararam:
- Desista goblin! Mais cedo ou mais tarde a gente vai te queimar na rodinha aqui!
- HAHAHAHA!! Entenderam? Hã, hã, hã? Queimar na rodinha!! Cara, a gente é foda demais! Falou o piadista.
- Pô, velho, muito boa, to me sentindo o Ari Toledo aqui, disse um outro do grupo.
Esta fora a gota d’água para Erca. Um monstro havia despertado dentro dele. Enfim, decidira agir. Havia resolvido seu dilema e já não restavam mais dúvidas, estava conciso, e, com um ímpeto fugaz, fingiu que não sabia de nada e ficou numa ‘nice’.
Entretanto, mediante este gesto de total covardia, digno de Sinsalabim, nosso pequeno verde amigo resolve que iria, pelo menos, investigar a fundo e esperar o melhor momento para contar a Jurbo Çal, famigerado tranbiqueiro, cujos cartazes de procurado ocupavam as paredes de todas as tavernas da redondeza, sobre Lady.
Utilizando de toda sua furtividade, deixou o grupo em meio àquele gozo e, sabe-se lá da onde, puxou um Tradicional Kit de Arrombar Portas, sempre útil em situações de rara ocasião e de sucesso imprescindível, que custam os olhos da cara e todo personagem têm, embora nunca tenham gasto um mísero tostão ou sequer mencionado possuí-lo em outras partes da história. Rumou, então, para o corredor que dava acesso à sala VIP de Verca Nhão.
Fez algumas manobras com as chaves do seu Tradicional Kit de Arrombar Portas, sempre útil em situações de rara ocasião e de sucesso imprescindível, que custam os olhos da cara e todo personagem têm, embora nunca tenham gasto um mísero tostão ou sequer mencionado possuí-lo em outras partes da história, e, por fim, abriu sorrateiramente o portal.
E, quase que instantaneamente, mudou de idéia sobre seu plano de ação, escolhendo a opção número 1 de seu dilema: lutar. Não brava ou heroicamente, até porque essas palavras inexistem no vocabulário de nossos protagonistas, mas ainda assim lutar.
Deparou-se com uma cena horrível, que trouxe à tona lembranças suas há muito esquecidas. Jurbo Çal estava acorrentado, de costas, em uma roda de madeira - como aquela que o Silvio Santos girava todos os domingos, no programa do Baú. Ao seu redor, uma vasta gama de frutas e leguminosos dos mais variados tipos e tamanhos enfeitava o recinto, lembrando a Feira da Fruta de Curumim.
Erca estava paralisado. Imagens dos maus tratos sofridos na Fazenda de Jugide Pravado invadiam sua mente.
Enquanto isso, Jurbo Çal, que não sabia da presença de seu confrade no aposento, se preparava para o pior.
Lady cantava algo que, malignamente, soava como:
“- Um pedacinho do seu Fubãozão é meu...é meu, é meu, é meu!!!”
E Jurbo Çal, famigerado tranbiqueiro, cujos cartazes de procurado ocupavam as paredes de todas as tavernas da redondeza, se defendia, também em ritmo musical:
“- Tudo que você quer me dar, é demais, é pesado, não há paz...”
E, de súbito, parou de cantarolar quando viu Lady pegar a maior melancia que já vira na vida:
- E então... começou Ivo Acultura deixando a fruta bem à mostra: - onde está o resto da Ordem dos Amigos de Malanderson?!
- Morra Vadia! Nunca falarei!
-Nem com a melancia?! Acultura mostrou novamente a fruta grande e gorda.
Jurbo engoliu seco:
- Claro que não, era só brincadeirinha!!! Hehehe, melancia, pra quê isso? Eles estão no...
Não se sabe bem o que aconteceu depois disso. Só que Erca, canalizou toda sua raiva reprimida, e, por um momento, tudo ficou escuro. Quando voltou a si, era Lady Incent Ivo Acultura que estava presa à roda de madeira e Jurbo Çal que segurava a melancia com uma cara de desorientado.
- Cara, foi por pouco! Comenta Erca.
- Pois é... Responde um todo Constrangido Jurbo.
Alguns minutos de silêncio e um clima muito constrangedor tomaram conta da sala, pois Erca acabara de ver Jurbo com as calças arriadas em uma posição milionária.
- Enfim... Exclamaram ambos os goblins em unísono.
-...bom.... Novamente em sincronia.
O constrangimento continuou...
- Se tu puderes não comentar isso com ninguém, sabe, eu ficaria grato. Apelou Jurbo.
- Certo. Concluiu Erca.
- Mas como tu fez isso? Recomeçou o pequeno druida, apontando para uma desacordada e amarrada Acultura.
- Cara, sei lá, acho que foi aquela SchinCola que bebi antes, não me sentou muito bem...
- Ahn, entendo.
-Mas agora eu tenho um plano para derrotar o exército do lado de fora!
- O QUÊ?!?!? TU TÁ BURRO?!?! COMO ISSO?!?! Irrita-se Jurbo.
- Calma, confia no pai aqui que tá tudo tri.
Muito a contragosto, Jurbo segue Erca, que sai para a ante-sala circular e grita para a massa:
- É AGORA QUE A JIRIPOCA VAI PIAR, CAMBADA!!! IVO TÁ SEM ROUPA LA DENTRO DA SALA!!
Um murmúrio geral toma conta da legião, e um clima meio constrangedor, igual ao que acabou de acometer os dois goblinóides, instala-se no recinto.
Até que o silêncio é quebrado:
- Tu é gay mermão? Pergunta um soldado lá no meio.
- Quem é que vai querer ver o Tio Ivo pelado, rapaz? Além do mais ele ta aqui ó, falou outro milico apontando para o soldado à sua esquerda.
- NÃO, SEUS MENTECAPTOS, NÃO É O TIO IVO, É LADY INCENT IVO, E ELA ESTÁ PELADINHA LÁ DENTRO DA SALA E DISSE QUE VAI DAR PRO PRIMEIRO QUE PASSAR POR AQUELA PORTA!

E lá se foi o disco voador.

Como uma penca de Abutres, não, não. Uma manada de Abutres, não, também não. Um enxame de Abutres...putz...enfim, como muitos e muitos abutres ávidos por carne fresca (muito fresca, diga-se de passagem), todo o 3° Exército, que não via mulheres há 5 meses, entrou como um maçom ensaboado, ou melhor, um muçum ensaboado, na sala VIP de Verca Nhão, onde Lady se encontrava.
Erro Crasso.

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Erca Tarro e Jurbo Çal corriam pela noite. Fugiam, em direção à floresta, da nuvem de poeira que se projetava alta a partir do chão. A brisa noturna carregava o cheiro acre de sangue e tripas, enquanto alguns gritos de desespero ainda podiam ser escutados através do horizonte.
Abismo-Cruel tombava. Implodia sobre seus alicerces; e o som das rochas caindo acompanhava o vôo melancólico dos corvos em direção ao vale.
O Clodovil, digo, Covil, de Verca Nhão ia abaixo como o membro gasto e surrado de um velho, depois de dar ‘umazinha’. E o 3° Exército de Alisan do Cressi estava virando recheio de panqueca embaixo da pedra bruta.
Longe da visão comunal e abaixo dos escombros, uma figura ascende imponente entre os destroços, erguendo-se sob a luz da lua cheia como se estivesse ressurgindo dos mortos.
E agarrada à sua melancia estava ela, Lady Incent Ivo Acultura. Estropiada, porém, viva.

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- Pelas barbas do profeta, que foi isso?! Pergunta, ofegante, Jurbo Çal, enquanto os dois verdejantes amigos paravam para recuperar fôlego.
- É que eu encontrei isso na sala VIP de Verca Nhão. E mostrou ao seu companheiro o achado.
Um controle com um único botão em sua superfície: “O” temível “The Big Red Button”.
- Mas como tu sabia que isso iria explodir o Clodovil, digo, Covil? Indagou Jurbo.
- Não sabia. É que me deu uma vontaaaade de apertá-lo...O plano era só trancar o exército na sala.
- Ah... claro, disse Jurbo.
E foi então que a dupla dinâmica viu uma fumaça subindo por sobre as copas das árvores. Não era uma fumaça amarela, com bolinhas azuis avermelhadas e sabor de chocolate, como esperavam, mas ainda sim, era definitivamente o sinal de Sinsalabim (Rimou Haha! Na próxima vai ser um Rap), pois, logo após verem a fumaça, um grito muito peculiar de dor e agonia preencheu as cavidades auriculares verdes de nossos amigos.

...

Enquanto o inimigo avançava pela interminável distância até o exército dos porcos selvagens, estes ganhavam alguns preciosos segundos.
Borgan ria que nem um demente por causa do efeito da erva. Mas, no fundo estava puto da cara:
- Que porra de arma esse animal foi preparar? Pensou, referindo-se à Schupen Pausen.
Mas ao olhar o papelzinho deixado pelo Dr., notou algo escrito no verso:

“Dr. Schupen Pausen, graduado pela Universidade de Massachussets, membro da Ordem dos Amigos de Malanderson”

- É ruim hein rapá! Pensou Borgan. - Isso já está virando modinha.
Mas foi então que ele viu:
O General inimigo, Eudetest Ofruta, cavalgando contra a Vara de Borgan (frases cheias de duplo sentido) e, preso ao seu cinto, um pacotinho de Naquinhos de Porco Selvagem balançava ao vento.
Esse foi o estopim para os Porcos, que pareceram ver a cena também e, mediante o brado de Borgan, partiram em investida furiosa contra os trocentos e dois soldados.
Mas, Só-Tem-Pedreira é um lugar hostil. Um lugar imundo e amargo. Um lugar de muita tragicomédia, contudo, ele é quem sempre ri da cara de seus habitantes.
Os trocentos e dois soldados haviam escutado as profecias de Pout ah Velh’a e se preparado com antecedência contra o ataque.
Momentos antes dos exércitos chocarem-se, Eudetest Ofruta, que ansiara por este momento, lançou uma ordem a seus subordinados. Quando presas e escudos estavam para se encontrar em batalha, os guerreiros inimigos, todos, jogaram Pérolas aos Porcos, refreando a investida.
Os porcos pararam atônitos, com lágrimas nos olhos vendo aquela quantidade sobrenatural de bolinhas brancas e perfeitamente esféricas, escorrerem pelo campo. Era uma cena única, linda. Como se toda a selvageria de seus corações tivesse acalmado.
Mas, não ia ficar tão barato, Só-Tem-Pedreira sempre reservava uma crueldade na manga.
Pout ah Velh’a se enganara, nunca havia reparado que o ditado dizia: NÃO jogue Pérolas aos Porcos. Porém, o erro foi percebido tarde demais.
Hipnotizados e desamparados, sob uma pálida lua cheia, os Porcos Selvagens chacinavam e matavam e extirpavam com um brilho obscuro nos olhos e uma tranqüilidade incomum.
Mas os inimigos eram muitos, beiravam a casa dos trocentos. E mesmo Possuídos pelos Demônios, os porcos tombavam.
Uma figura corria, manca, em direção à Borgan e Bai Tabixóvski. Schupen Pausen havia retornado e sua arma salvaria os suínos que estavam morrendo no campo de batalha:
- É isso aí!! Tá na hora da onça beber água! Bradou Tabixóvski.
Mas o que viam era um desesperado Schupen Pausen que chegou ofegante e gritou em plenos pulmões:
- FUDEU GERAL!
- Que?!?! Perguntou Borgan.
- Como assim?! Indagou Bai.
- Não tenho mais minha arma secreta! Esqueci que a troquei pela coleção completa da revista ‘As melhores Sub-15’.
- E por que diabos tu fez isso, magrão?
- Tu ta de brincadeira né? As melhores teens do mundo estão lá...
- Isso...isso...Que coisa mais doentia! Enojaram-se Borgan e Tabixóvski, juntos.
- Tu não podes falar nada, porque tu quase trocou esse teu taco de borracha aí, pela edição especial da G-Magazine! Falou, irritado, Schupen para Bai Tabixóvski.
- Aii, mas era a do Vampeta! Defendeu-se o ainda besuntado amigo.
Enquanto isso, nossos heróis levavam um coça no campo de batalha, e Dr. Schupen Pausen já estava convencendo os dois combatentes para soar a retirada, quando algo aconteceu.
Um grito de dor e agonia tomou conta do campo de golfe e, instantes mais tarde uma figura coberta em chamas corria alucinada em direção ao dispersado exército de Eudetest Ofruta.
- O que é aquilo? Exclamou o ancião dos suínos.
- Será um Cavaleiro do Apocalipse? Pergunta um porco.
- Será a morte encarnada? Pergunta outro porco.
- É O INRI CRISTO!!! Grita Schupen Pausen em meio ao caos.
- NÃO! É SINSALABIM! Exclama Borgan, já familiarizado com os gritos de desespero.
- Ele está botando os gatunos pra correr, olhem!

...

Chicotadas nas costas? 12 reais com o Torturador. Correntes Mortais? 50 reais com Era Ben Sadik. Arder em chamas até sentir a pele do rosto se fundir com o tutano dos ossos? Não tem Preço.
E como doía. Era a dor mais avassaladora que Sinsalabim já sentira. Superava em muito os joios de trigo roçando em suas partes, e o frasquinho nelas outrora atirado por Jurbo.
Corria como o vento, mas a brisa só fazia as chamas avivarem mais e mais. Salabim tornara-se uma pira funerária viva, não por muito tempo é claro, mas por enquanto, viva.
Só tinha um objetivo em mente, alcançar o laguinho atrás do campo de golfe.

...

O Exército inteiro de Pout ah Velh’a corria ensandecido por suas vidas, alguns se matavam durante o caminho, sucumbindo à loucura, e os que ficavam para trás eram trespassados pelas presas dos porcos. Em poucos instantes a planície estava deserta, e a única bandeira de pé que se via no campo de batalha era a bandeirinha do buraco 69.
E foi assim que o temível Exército dos Trocentos e Dois Soldados fora dizimado. Tudo graças ao Pé-de-Mesa. E claro, uma parte coube à Sinsalabim.
Quando a poeira abaixou Jurbo e Erca tinham chegado ao local da batalha. Jurbo Çal, famigerado tranbiqueiro, cujos cartazes de procurado ocupavam as paredes de todas as tavernas da redondeza, cuidava de Sinsalabin enquanto Erca Tarro, o biltre assaltante que aterroriza as estradas da floresta até o riacho lá no alto da colina contava o que descobriram em Abismo-Cruél.
Reunindo todos, Jurbo Çal e Dr. Schupen Pausen, os mais velhos e sábios do grupo, se entreolharam e concordaram:
- Agora que vocês todos participaram desta batalha, Vocês não serão mais meros Acólitos na Ordem, chegou a hora de conhecer todos os Manda-Chuvas, cada um deles controla um Clã de Adeptos à causa de Malanderson.
Conforme chegavam mais perto, Jurbo se preparava para abrir um Portal, enquanto, sussurrando algumas palavras, Dr. Pausen invocava o Conselho da Ordem.
Após alguns instantes, três figuras saem do portal:
- Esse, começou Jurbo apontando para um Peregrino, é Roy. Creio que Salabim já o conheça.
- FILHO DA P... começou Sinsalabim.
- Contenha-se, filho. Interpelou Pausen.
- Mas... recomeçou Sinsalabim, porém fora silenciado novamente pelo Doutor Pausen.
-E esta, continuou Jurbo Çal, fingindo não escutar a ceninha que fazia Salabim, é a judia Dimin.
Enquanto apresentava Dimin, um aristocrata acabava de passar pelo portal.
- Nosso conselheiro Tomás Turbando, apontou o Druida para o recém chegado.
- E por fim, conlcuiu Jurbo, nosso mestre nas artes marciais, o grande Seucen Todoy.
- Quem?
- Cadê?
- Onde?
Foram as perguntas disparadas.
- Ele está presente e escondido, ouvindo tudo. Responde Pausen.
Após terem sido apresentados, Jurbo mal recomeça a falar e é interrompido pela chegada de mais um figurão:
- Desculpe o atraso.
- Quem é você? Pergunta Salabim
- Ele é Well, John Well. Fala a judia Dimin.
- Não... este é o meu irmão gêmeo.
- Ah claro, sempre confundimos os três, fala Dimin. E completando: - esse é Well, Endo Well
- Também não! Ele é meu outro irmão gêmeo, eu sou Well, Mánnu Well.
- Que seja, não tem como saber quem é quem... reclama Tomás Turbando.
- E porque seus irmãos não vieram? Pergunta uma voz, aparentemente vindo do nada, que todos supunham ser de Seucen Todoy.
- Estão a caminho. Mal acabara de falar, um 2x2 atravessa o portal com John Well e Endo Well num braço e um martelo de ferreiro pendurado sobre o outro.
- Desculpem-nos o atraso, fala o 2x2. Olhando agora, de perto, ele parecia ser mais velho, provavelmente os 50 já estavam batendo na porta.
- Tivemos um problema, continuou o cinquentão, o Endo perdeu seu anel na última campanha e estávamos tentando achá-lo. Por um acaso alguém está com o anel do Endo? Não? Bom, teremos que continuar procurando então. E ainda emendou:
-Ahh! Perdoe-me os modos, eu sou Pah Páinno Well, e estes são meus filhos Endo e John. Creio que o Mánnu vocês acabaram de conhecer.
- O.K, Todos apresentados? Perguntou Jurbo, impaciente.

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Mas nem todos tinham sido apresentados. Impossível dizer como que, em meio a tantos suínos, ninguém reparou uma cabeça de orc se movendo de um lado para o outro. E quando Borgan apareceu, todos, menos o Dr. Schupen Pausen e Bai Tabixóvski, ficaram perplexos:
- AGORA SIM É O INRI CRISTO, MULEQUEE!!! Urrou Erca.
- Não! É o super Porc, uma mistura de porco com Orc! Bradou Mánnu Well.
- Calma gente, sou eu! Borgan! Falou a quimera.
- Não, sua...sua... sua coisa! Você matou Borgan! Acusou Pah Páinno Well
Todos, menos Pausen e Tabixóvski conheciam Borgan de longa data, posto que ele já não era mais um iniciado.
- Não, calma, o Doutor Schupen Pausen pode explicar. Preciso encontrar Pout ah Velh’a para conseguir meu corpo de volta. Estou maculando a imagem dos porcos selvagens ficando assim, e isso não consigo suportar. (Está certo que embora Borgan fosse valente e destemido, o que ele queria de verdade, buscando ter seu corpo de volta, era correr o menor risco possível de parar em uma frigideira).

E assim todos se reencontraram, novamente sob um objetivo em comum e com o Castelo-fortaleza-impenetrável-não-mais-guarnecido-por-trocentos-e-dois-soldados à sua frente.

O Que acontecerá agora? Qual será a missão designada pelos Manda-Chuvas à nossos heróis? Jurbo Çal, famigerado tranbiqueiro, cujos cartazes de procurado ocupavam as paredes de todas as tavernas da redondeza, continuará no grupo agora que revelou ser um dos chefões? O Que acontecerá com Lady Incent Ivo Acultura e a Ordem DASPU? Que medidas adotará o Conselho para descobrir quem são os traidores da Ordem, já que podem ser quaisquer pessoas dentro de cada clã comandado pelos Manda-Chuvas? Conseguirão, os protagonistas, prender Pout ah Velh’a no seu Castelo-fortaleza-impenetrável-não-mais-guarnecido-por-trocentos-e-dois-soldados? Borgan conseguirá seu corpo de volta? Erca e Sinsalabim conseguirão esconder seu desejo incontrolável por naquinhos de porcos selvagens? Quem estará com o anel do Endo ? E onde foi parar o Pé-de-Mesa?

Muitas respostas estão por vir.

sábado, 15 de novembro de 2008

Interlúdio - Da ferrenha batalha que travou Lady Acultura e seu exército contra o Gigante Kóssau Pynthu

O objetivo desta postagem, é fazer um apelo a todos os nossos assíduos leitores, se é que temos algum? (...sinto um uníssono grito do Fabricio e do Francis vindo de algum lugar...). Meu apelo é para que estes leitores (e os autores que não escrevem no roteiro original), é que escrevam mais no blog. Para isso estou criando esta seção "Interlúdios", para todos que sentirem-se à vontade de escrever seus textos.
Pode-se usar personagens secundários da história ou novos que podem vir a aparecer na saga principal (esta escrita atualmente por Japa, Masotti e Bernhard). Caso não esteja cadastrado nos contate. Para inaugurar esta seção vou contar um fato ocorrido paralelamente a meu ultimo post.


Estava Lady e seu exército saindo do "ABISMO-CRUÉL-DA-ESCURIDÃO-PROFUNDA-QUE-SÓ-APARECE-DURANTE-A-LUA-CHEIA-DOMINADO-PELOS-PODERES-OBSCUROS", e passando próximo ao Lago Pútrido quando viram aquela criatura gigantesca numa posição no mínimo grotesca. Agachado rolava de um lado para outro numa vã tentativa de tentar lamber seu cotovelo.
Vendo aquela cena do gigante de quatro, passou-se medonha idéias na mente de Lady Acultura, chamou seu tenente e confidenciou-lhe: - É uma boa hora para nós testarmos a arma secreta confiada a mim por Alisan do Cressi.
Então rugindo para seu exército ordenou: -EU ORDENO QUE PRENDAM AQUELE GIGANTE EM POSIÇÃO CONSTRANGEDORA.
Kóssau Pynthu que ouviu o barulho dos bravos guerreiros que vinham em sua direção, saiu de seu transe hipnótico causado pela aposta.

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Para melhor visualização da batalha sugerimos que:
1- pegue um punhado de soldadinhos de plastico verdes (aqueles army men)
2- pegue qualquer robo de binquedo (um power ranger esta ótimo contanto que tenha no minimo o triplo da altura dos soldadinhos)
3- faça com que o robozinho va destruindo a maioria dos soldados (dica:para maior realismo use katchup nos bonecos)
4- pegue mais um punhado de soldadinhos até que a sua superioridade numérica consiga derrotar o powe..ahn....gigante.

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Apos a temível batalha, onde Kóssau Pynthu estava sendo subjugado, o tenente foi ter com Lady Acultura.
-Estamos perdendo muitos homens, quias são as ordens Lady?
-Usem as cordas ninjas!!!
-Ok , minha senhora!!!
Sairam então correndo três soldados que estavam próximos a Lady segurando metros de corda em direção ao inimigo e logo com suas técnicas ninja derrotaram Kóssau Pynthu.

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-Técnicas ninja de corda? Como é que isso funciona?
-Desculpa-me mas não posso conta-las senão teria de matar a todos que lessem o post.
-Mas se essa é uma história de fantasia medieval que que tem a ver NINJAS saindo do meio do exército?
-Tem a ver com o bushído.
-Não seria bushidô?
-Eu que estou falando eu que sei. Se não quiser sentir o poder de minhas Katanás, não há de discutir este assunto.
-Mas porra, não é katânas?
(..som de espadas sendo desembainhadas..)
-No meu dojô eu falo com eu quiser, sr. Eu-sei-tudo-de-cultura-niponíca.
-Seu ninja samurai ridículo, é dôjo e nipônica e sinta vocÊ o poder da cultura moderna.
(..som de tiros..)

Depois deste cavalheiresco debate voltamos a história.

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Estava Kóssau Pynthu totalmente preso e numa posição contrangedora, mas ainda assim não se dava por vencido.
-Você se rende perante minha beleza e superioridade, ó gigante? - disse Lady
- NUNCA, GIGANTE NÃO RENDE PRA MULERZINHA XEXELENTA.
-Quer apostar?
-GIGANTE TRAUMATIZADO APOSTAS.
-Tragam me a arma secreta homens. Tragam-me o ARÍETE.
Até mesmo Kóssau Pynthu já havia houvido falar desta terrível invenção humana, capaz de subjugar gigantes, dragões e até mesmo causar pesadelos a deuses. Olhando distance parecia-se com um aríete comum, mas a diferença eram três: o seu tamanho maior, na verdade, estupidamente colossal. O seu formato peculiar, de cenoura. E umas runas estranhas, que lido por ermitãos (porque todos sabem que os ermitãos são sábios), seria traduzido como, Made in Varzea Grande.
-NÃO GIGANTE SE RENDE TUDO MENOS ARIETE.
-Eu posso até pensar em perdoa-lo se jurar lealdade a mim, e lamber meus pés.
Kóssau Pynthu até que tentou mas o que Lady havia esquecido era o tamanho da lingua do gigante, que ao tentar lambe-la a encharcou toda e arremessou-a a cerca de 3 metros.
Após levantar-se e nadar para sair da tsunami salivar, fula da vida Lady Acultura só pensava em fúria.
-Homens à postos, preparar, apontar......

Para visualização da cena que vem a seguir, para aqueles que já tiveram o prazer (ou desprazer!?) de ver a bizarra imitação do Marcos do "bebado que perdeu a toba no truco", é uma ótima referência.

-UUUUWAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA.

Por fim conta-se a lenda que foi a partir deste dia que o Gigante Kóssau Pynthu mudou seu nome para Kóssau Regu e que começou o reino de dominação de Lady Incent Ivo Acultura.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

A Saga de Sinsalabin - Capítulo 16: Do começo da peleja e da evolução de nosso destemido herói

"O homem nasceu para a ação, tal como o fogo tende para cima e a pedra para baixo" Voltaire

Agora você vê Sinsalabim preocupado tentando achar uma resposta para seu dilema. Agora você não o vê mais. Você olha uns 200 metros à sua esquerda. Você vê novamente o que sobrou de Sinsalabim. Você rapidamente olha para sua esquerda novamente. Você vê o que Sinsalabim infelizmente não viu. O maléfico Ilmijo Nuposti com a regata do coringão segurando o terror no coração das criancinhas. O PÉ-DE-MESA.


Foi em um rápido instante que nosso valente e machucado herói levantou-se e parou para encarar o macabro inimigo. Procurou em sua memória uma história para se vingar. Pensou em contar novamente a dos 3 porquinhos, porém quando começou a narrativa percebeu que Ilmijo estava a sorrir.
-Qualé cumpadi, acha que vai me pega de novo com estas mutretinha?!?!?! Buawhawhawha. Desde nosso ultimo quebra pau, tenho escutado estas histórias toda a noite para não ser mais pego por trás. E agora seu merdinha o que vai fazer. Porque é como diz o véio deitado: "se corre o lobo pega, se fica o lobo come".
E empunhando a destrói-mundos na mão veio caminhando tranquilamente em direção de nosso desprestigiado herói.


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Enquanto isso estava o mutante Borgan olhando embasbacado para a fiél legião de seguidores, que gritava alucinada:
-Prove que és o nosso legítimo salvador, nos diga a frase secreta!!!! - Nos lidere para o infinito e além!!!
-Meus sóis, que devo fazer Schupen? - cochichou baixinho Borgan.
Porém antes que tivesse uma resposta, todos viram se aproximando ao longe o temido exército de Pout ah Velh'a os trocentos e dois soldados.
Bai Tabixóvski adiantou-se e foi conversar com os comandantes do exercito inimigo.
-Alto quem vem lá?
-UUUiiiii! Sou eu o seu gayrreiro das noites frias, enfrentando todos os preconceitos desta terra. Bai Tabixóvski.
- Pois saiba que sou o comandante deste exercito de machos. Eudetest Ofruta, e meus tenentes, Mort Aosgay e Comgás Mostarda. E sinceramente não fui com esse seu jeito "fruta-fresca-bezuntada-no-oléo". Por isso ordeno morte a você a seus companheiros. E dizendo isso ornou o ataque aos trocentos e dois soldados.

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-MORTE AO PORCO MUTANTE E SEUS AMIGOS!!!!! - esse foi o grito que Sinsalabim escutou e que desviou sua atenção. Como se não estivesse nem um pouco preocupado em ser atacado por Ilmijo. Correndo por entre a floresta ele percebeu que o exercito tinha começado a se movimentar, e mais adiante viu que havia se iniciado um combate. Onde apenas um grandão que pareceria brilhar ao sol, armado com uma espécie de "vibrador giratório" estava enfrentando um grupo de soldados enquanto gritava algo como - PELOS PODERES DE GAYSKULL..EU QUEIMO A ROSCAAAAAAAA. Mais adiante viu uma especie de porco selvagem mutante trocando uma ideia com outros porcos.
Porém Sinsalabim tinha um problema mais imediato. Como fazer para suportar a fúria de Ilmijo, que esbravejava com todo seu conhecimento do morro. - Vem seu fdp, seu X-9, verme, anti-cristo, Judas. Se eu te pego te queimo no microondas.
E Sinsalabim não sabia o que fazer até que de repente sentiu seu espirito ser sugado para dentro de uma vela e arremesado de volta para o "Porão dos Gritos", onde estava a linda e profana Hera Ben Sadik, deitada de costas balançando as pernas numa versão maligna de "desejo de Anita", mordendo o dedinho lendo a ultima publicação do "Anuário dos Sex Shops".
Lentamente ela olha pra ele entrega seu pé para Sinsalabim beijar e sorrindo gentilmente amarra nosso bruto herói a uma cama e ainda sem dizer nada começa a atravesa-lo com dezenas de agulhas.

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- Caralho!!! Fudeu!!! Ataquem os soldados meus companheiros súinos!!!! - exbravejava Borgan sem sucesso.
- Apenas depois que nos provar ser nosso messias podemos lhe obedecer óó grande porco mutante.
- E então Schupen? o que eu faço? - porém Borgan deu-se conta que louco cientista não mais estava ali, apenas um bilhetinho que dizia. "fui preparar minha arma, volto daqui a pouco". Borgan deseperado pois não sabia m,ais quanto tempo Tabixovski poderia aguentar usou de toda sua cultura xamanistica, acendeu um cigarrinho (daqueles que chapam o melão) e deixou o poder fluir.
- BÉÉ CARNEIRO OVELHA. BÉÉ CARNEIRO OVELHA. -gritava um alucinado Borgan. Foi então que o que parecia ser o ancião entre os porcos disse:
- Não era bem essa a frase, mas como não estamos vendo nenhum outro porco orc mutante, eu Fuci Inho d' Tomad, o consagro como nosso salvador. Quais são suas ordens meu senhor?
E todos os porcos ficaram olhando enquanto Borgan brincava de ciranda com seu amigo imaginário Canabis Sativa.

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Após ter se recuperado da sessão de "carinho" de sua mestra. Hera começou a conversar com Sinsalabim.
- Jovem padawan, espero que desta vez tenha aprendido minha técnica e que a use de forma proveitosa, pois os boatos que chegam a mim, dizem que você está difamando o bom nome da família bem Sadik. Então para assegurar-me que não me envergonhe maisfiz com que seu espírito fosse transportado até aqui e o ensinei a técnica "Fazer o outro sofrer o sofrimento eterno". Agora vá e retorne para seu corpo, e como presente pegue esta vela e faça o que bem quiser com ela. vá meu querido aprendiz. Que a minha beleza te guie de volta. Adieu.
Dizendo isto deu uma chicotada no lombo de Sinsalabiom que este foi obrigado a acordar e logo notou a presença do destemido Ilmijo.
Ele Sabia que era agora ou nunca, usou de todo este tempo em que sofreu treinando e executou a 1ª técnica "sofrer o sofrimento eterno". Onde viu todas as lembranças ruins de Ilmijo no morro. Desde de quando era apenas um vapor, depois quando passou pra fogueteiro e por fim quando virou "frente". Sentindo todo este desespero efetuou a segunda técnica "Fazer o outro sofrer o sofrimento eterno". Foi ai que Sinsalabim se transformou.
Ilmijo olhava divertido pra Sinsalabim e veio correndo para ataca-lo. O pé-de-mesa esta a apenas uns centimetros do rosto de Sinsalabim, quando este abriu os olhos e defendeu o golpe com apenas uma das mãos. Com a mesma mão que defendeu o golpe estapeou fortemente o focinho de Ilmijo enquanto bradava:
-CADÊ O BAIANO? CADE O BAIANO? SEU MERDA!!!
-Eu não sei!!! Eu juro que não sei! - chorava um assustado Ilmijo.
-A entaum que dize que ce naum sabe onde tah o baiano. Bom, cade o Maluco entaum? Naum vai me dize que naum sabe onde tah o maluco?!?!? - e enquanto gritava tomou a letal arma das mãos de Ilmijo.
-Que que é isso? Armamento não autorizado. pelo jeito vou ter que ser mais malvado com você. O Matias traz o saco plastico. Pensando melhor naum. Traz o cabo de vassoura.
-NÃÃÃO, eu me entrego tudo menos o cabo de vassoura.
Depois destas palavras, o efeito da técnica passou e Sinsalbaim, voltou a ser o pacato e fracote (mas um pacato e fracote heróico) que sempre foi. Olhou ao redor e viu Ilmijo agonizando em um canto. Como não tinha tempo para pensar no ocorrido, e vendo a batalha mais adiante sabia que não podia esperar. Olhando carinhosamente para a pequena prutz, pegou a vela ardente que Hera havia lhe dado. Estava pronto para queima-la quando, lhe veio um lampejo de sabedoria. Lançou a vela em direção ao temível Pé-de-mesa. Quando o fogo atingiu a arma esta começou a soltar uns barulhos estranhos e a soltar uma fumaça colorida.

E agora? O que virá da destruição da engolidora-dos-mundos? Conseguirá Lady chegar a tempo para a batalha ou ficará se divertindo com os goblinóides e os hortifrutis? Borgan sairá de sua viagem e salvará seus pobres companheirose ou tornar-se-á o primeiro porco orc mutante viciado da cruel Só-Tem-Pedreira? E será que a erva foi comprada na boca de Ilmijo? Por fim, que diabos de arma que Schupen está preparando? Aguarde












domingo, 9 de novembro de 2008

A Saga de Sinsalabin - Capítulo 15: o Batedor

A depressão prosseguia comendo solta na sala circular do covil de Verca. O que fazer? a velhota tinha escapado e era preciso achar um meio rápido de achar ela e Pout ah Velha'a (rimou!). Um exército inteiro era inviável para encontrá-la, já que é muito grande, barulhento e lento. A dúvida do que fazer prosseguiu até que Lady Incent Ivo Acultura quebrou o silêncio:
- Só existe uma coisa a ser feita - bradou - Você, Sinsalabin, deve agir como batedor: partir na nossa frente, encontrar a megera e nos avisar. Quando recebermos teu sinal, partiremos imediatamente a teu encontro. É a melhor coisa a se fazer.
-Putz, logo eu? - Respondeu nosso herói, brabo mas resignado - Bem...fazer o que né? Vamos lá Erca e Jurbo, que agora o caldo vai engrossar...
-Espere! - Interrompeu a general - Os dois goblinóides não podem ir junto! Eu tenho fantasi... erh... assuntos a discutir com esses dois nanicos verdes e de orelhas pontudas...
- Mas daí tu trinca meus ovos! Vou estar sozinho no meio do mato caçando uma bruxa! Como vou sinalizar para vocês virem a meu encontro?!
-Sei lá... respondeu Lady Acultura - Leva essa prutz anã aí e na hora taca fogo nela. A gente vai ver a chama e agir apropriadamente (para quem não é expert em botânica, a chama de uma prutz queimando é única: amarela, com bolinhas azuis avermelhadas e sabor de chocolate.)
E assim Sinsalabin (yes! rimou de novo!) foi largado no lado de fora do covil, com apenas diretrizes básicas do seu destino (hmmm... ouvi dizer que aquela estrela alí é divertido de seguir...mas aquela outra também é bonitinha...- aconselhou-lhe um soldado). Estava, como no começo de sua história, sozinho. Mas agora com uma prutz no lombo...
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Borgan não estava em situação muito confortável também. Virou metade orc metade porco. Fora a sua aparência porcalina, soltava uns grunhidos suínos volta e meia e tinha um rabo saca-rolhas. Pelo menos agora se identificava mais do que nunca com a causa da Ordem dos Amigos de Malanderson. Enfim, ele agora estava jantando com Schupen Pausen e Bai Tabixóvski (os anfitriões degustavam salsichas com leite moça nas pontinhas e Borgan se empaturrava de lavagem).
-Tipo - indagou Borgan - que vou fazer agora que estou transformado nisso? Cadê meus parcerias? Onde está aquela velha desgraçada? Porque essa lavagem cheira a merda? Quais são os números da mega sena?
- Respondendo a sua primeira pergunta - disse Pausen, que apesar de biruta era sábio - eu conheço a pessoa que pode fazer você voltar ao normal: Pout ah Velh'a. Então é só você ir até o Castelo-fortaleza-impenetrável-guarnecido-por-trocentos-e-dois soldados e mandar ela fazer a mágica...
- Agora deixa eu responder a segunda pergunta, Chupen! Deixa, dexia, por favoooor! - manhou Tabixóvski e, sem esperar resposta prosseguiu - A Verca provavelmente está no reduto de Pout ah Velh'a agora - e o tapado e rídiculo Bai não se contentou - A terceira resposta: eu caguei antes na panela, tava com vontade... mas, essa da mega sena é fácil! Simplesmente (censurado).
- Então - urrou Borgan - meu destino me leva até o Castelo-fortaleza-impenetrável-guarnecido-por-trocentos-e-dois soldados! Lá conseguirei me vingar de Verca Nhão e talvez voltar ao normal! E de repente de lambuja eu consigo encontrar meus companheiros!
- Nós iremos com você! - gritaram Pausen e Tabixóvski em uníssono.
- Talvez eu consiga achar oportunidades de usar todos meus brinquedos de borracha, além da minha espada do he-man! - disse alegremente Bai Tabixóvski, que depois ficou por alguns segundos esperando, junto com Borgan, que Schupen Pausen dissesse seus motivos de seguir na jornada, mas ele nada falou. Apenas foi para seu quarto se preparar, com os olhos brilhando e um sorriso aloprado na cara...
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Sinsalabin estava a algum tempo no meio do mato (perdido, é claro) mas sua indiganção e suas dúvidas não diminuiram. Estava fulo porque achava injusto partir em missão sozinho mas, ao mesmo tempo, ficava se perguntando o que iria fazer quando chegasse o momento de sinalizar, pois não queria queimar o prutzinho. Gostava dele. Sentia que os dois se completavam (é ruim heim??), ainda mais depois que regou a planta (junto com todo mundo na sala) com a sua urina.
Então nosso campeão entrou numa típica clareira da floresta, perfeita para emboscadas.
-Eita, entrei numa típica clareira da floresta, perfeita para emboscadas - comentou para si mesmo.
E foi o que aconteceu. Logo dez soldados saíram detrás das árvores e o cercaram. Sinsalabin estava encurralado. Dois deles deram alguns passos para perto do já cagado aventureiro:
-Sou o capitão Rabuk Ente, e este é meu tenente, Eucurtum Hortifruti - disse um deles - nós dois e meus homens somos uma patrulha de Pout ah Velh'a e vagamos pela floresta. Sempre estamos à procura de aventureiros metidos a heróis e, como nosso poder é propositalmente ajustado para vencê-los, sempre tiramos seus equipamentos e dinheiro e o tocamos numa prisão (essa da prisão eu aprendi nos meus tempos de milícia).
-Então - exclamou Hortifruti - vai passando as coisas aí. E seja rápido, porque estamos com pressa. Temos que nos reunir em seguida com o exército de Pout ah Velh'a, lá no campo de golfe.
- Campo de golfe? - Perguntou Sinsalabin, borrado e curioso.
-Sim - completou o tenente - Pout ah Velh'a está reunindo seu exército de trocentos e dois soldados para sua campanha em Só-Tem-Pedreira. Como ficamos sabendo que os caras do campo aceitam eventos também, só pedimos e eles nos disponibilizaram o espaço...
Bem, os brucutus iam agarrar Sinsalabin quando, de repente, um velho munido de um cajado surgiu de cima de uma árvore e começou a descer a lenha nos dez! E uma hora, quando parecia que Rabuk ia acertá-lo com uma lança, o tiozinho puxou um estilingue calibre 45. e derrotou seu inimigo. Depois de botar os magrões pra correr, o idoso foi ter com nosso herói.
-Opa - disse ele.
-Fala véio - respondeu Sinsalabin, ainda limpando a bunda com folhas secas.
-Sou um eremita. Meu nome é Roy.
-Só isso?
-Hein?
-Não é tipo Roy UmSalami ou Roy I Cospe?
-Não. Só Roy...
-Que decepção...
-Enfim - resumiu Roy - vi que estava sendo atacado e decidi ajudá-lo. Mas conta aí...que você faz nessas terras?
Então Sinsalabin contou sua epopéia para o velho eremita (se quer sabê-la, leia os outros capítulos! Não tem resuminho!!!) e acrescentou:
-Tu conhece um outro eremita que mora pelas redondezas de Pedra da Picadura? O nome dele é Sensaladin.
-Ah...tô ligado. Mó' enganador. Aquele não paga a mensalidade do sindicado faz anos! Que tu quer com ele?
-Vingança. Ele me meteu nessa situação, sabe...
-Ok, depois vemos isso. Mas agora temos assuntos mais urgentes! Vejo que você pode ajudar na luta contra Pout ah Velh'a! Eu vou lhe dar um pergaminho que irá ajudá-lo quando a hora for certa! Tome... é só ler ele quando sentir que é o momento.
Sinsalabin pegou o papel, abriu-o e por fim murmurou.
- É que, sabe, leitura não é meu forte...Ainda mais com essas letrinhas cheias de balaca e tudo o mais...
-Então vou fazer o seguinte - disse Roy, depois de fechar os olhos e suspirar profundamente - Deixa que eu desenho aqui pra tu entender melhor. Os carinhas vão ter que ser em palitinho. Desenho não é meu forte...
-Ah... - comentou Sinsalabin - esse ali sou eu, dai faço isso e isso...Ok! Beleza! Agora está muito claro! Bwahahahaha! Até eu me surpreendo com minha esperteza!
E, depois de receber direções do eremita e de se despedir, seguiu em sua jornada.
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Voltando ao nosso meio orc, meio suíno. Borgan, Schupen Pausen e Bai Tabixóvski estavam rumando para seu destino quando, ao adentrarem numa área onde um lago ficava no centro, o trio se deparou com um arquipélago de porcos selvagens! (peraí... é molho de porcos selvagens...não...hmmm, deixa eu olhar no google aqui...ah sim!!) uma vara de porcos selvagens!! E, do nada, os porcos olharam Borgan e começaram a se curvar! E Borgan entendia seus grunhidos! Eles diziam "O porco mutante das profecias! Nosso rei! Viva nosso rei!"
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De volta para o batedor Sinsalabin. Ele agora conseguia avistar a fortaleza de Pout ah Velh'a. Mais do que isso. Ali perto, no vale, estava o campo de golfe e, nele, o exército de trocentos e dois soldados de Pout ah Velh'a! Chegara o momento. Tinha que avisar o 3º exército. A batalha se aproximava. Mas como? Não queria tocar fogo na pequena prutz...

E agora? Será que Sinsalabin conseguirá avisar Lady Incent Ivo Acultura? Será que a prutz semi-bonsai sobreviverá e crescerá saudável? Será que Borgan, o rei dos porcos selvagens, e seus companheiros, farão alguma coisa de divertido?
E, enquanto isso, um certo Ilmijo Nuposti também observava o exército no meio da floresta. Munido com um pé de mesa...

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

A Saga de Sinsalabin Capítulo 14: Desencontros

Era crepúsculo no vale. O sol escorria por trás da curva do rio como um coágulo vermelho e empolado, derramando as últimas gotas da sangria antes de se fechar em uma ferida esdrúxula.
A névoa pútrida pairava nos urzais, fazendo as torgas se envergarem nos aparados mais altos, fugindo do cheiro de betume e enxofre que se espalhava pelo vale.
A bruma avançava rápido, ceifando os campos tão vorazmente quanto a última colheita antes do inverno. A mão da morte tocava o terreno elevado, e, com fatal parcel, atingiu as ameias na fenda da depressão central. Demorou-se por um segundo antes de ruir, como que por um capricho, uma benevolência que atrai aquela nesga de esperança inútil antes da calamidade.
E então fudeu. A névoa descia em investida pelo desfiladeiro, e toda a fauna existente entre o rio e o aclive tentava, estupidamente, o que parecia ser um suicídio coletivo.
A degradação havia chegado àquele desafortunado descampado. Doninhas caíam enrijecidas no chão, cachorros se entregavam ao coito como se o apocalipse fosse vindouro e Maradona se encontrava em overdose, estirado em um canto qualquer. Mas, em meio ao pandemônio, ninguém se lembrou de que quando a Morte se gava, Zeca Gava também. E não mais do que de repente, repentinamente, de súbito, inopinadamente, bruscamente e de forma inusitada, a névoa se dissolveu, deixando apenas uma figura visível em meio à ruína total. Borgan.

Verca Nhão novamente desaparecera, e Borgan estava um trapo. Mal conseguia abrir os olhos, e sua visão embaçada distinguiu uma figura se movendo em sua direção...
Uma figura imponente besuntada em vaselina, vestindo uma sunguinha e brandindo uma espada de borracha, se abaixou e ergueu o Orc. Então toda sua angústia fora liberada, e um calor gostoso se alojou em seu peito. E tudo ficou escuro.

Borgan estava deitado quando abriu os olhos, e o que viu assombra seus sonhos até hoje: dois figurões debruçados por cima de seu corpo... um era um velho de feições amigáveis e aparência um tanto quanto pedófila, tipo cientista maluco. O outro era seu salvador, ainda besuntado em vaselina, vestindo uma sunguinha e brandindo o mastro de borracha. Borgan teve que admitir que, olhando agora, ele era muito menos imponente do que antes; na verdade era um tanto quanto ridículo, para não mencionar gay.
Olhando ao redor percebeu que estava em uma caverna. Nada havia de diferente alí, a não ser as paredes decoradas com pôsters de meninas de 14 anos, os quais acabaram por chamar a atenção de nosso herói que, em toda sua magnitute moral, pensou: “porra, elas são gostosas!”.
Pressentindo uma situação embaraçosa, o guerreiro resplandescente (as luzes dos archotes na caverna refletiam em seu corpo engraxado), apressou-se:
- Eu sou Bai Tabixóvski, seu salvador! Agradeça sua bunda, digo, sua vida à mim. Disse o Grandão besuntadão (rimou!).
- E este, continuou Bai Tabixóvski, apontando para o velhinho de óculos [que agora se encontrava na sala do bate-papo da UOL com o codinome de: ‘P₳p₳i dá ©oLinH☼’] este é o Dr. Schupen Pausen.
Nesse momento, Dr. Schupen Pausen se vira, e, olhando para Borgan por sobre seus óculos, escolhe meticulosamente suas próximas palavras e dispara:
-Quantos anos vc tem?
- Que? Exclama o orc embasbacado.
- Quantos anos vc tem? Repete o Dr.
- 42. responde o Orc.
- Droga! Digo, Vejo... responde um Dr. Pausen todo tristonho.
- Vc tem irmão? Apressa-se o velhinho, sorrindo ligeiramente.
- Não...Peraí! - Borgan começa a raciocinar – pra que tu quer saber?
- Er, hm, é... para dar as boas notícias... então, qual o e-mail dele?
- Que?!?!?!?
- Ta bom, ta bom, já entendi, sem irmão...uma irmã quem sabe?
-...
- Tá, parei, responde ligeiramente o velhote mediante ao olhar 69 de Borgan.
- Enfim, continua, seu corpo sofreu graves lesões (Bai Tabixóvski, nesse momento dá uma tossida, coça a cabeça e desvia o olhar, tentando, sem sucesso, fazer uma cara de inocente). Portanto, tivemos que fazer uma combinação genética urgente para salvar sua vida, porém, cobaias humanas vivas mantidas em cativeiro, são difíceis de encontrar, Tentamos catar alguns orcs também, mas é mais divertido matá-los do que capturá-los.
- Meu corpo? Pergunta Borgan com uma palidez incomum em seu rosto. - O que o senhor quer dizer com isso?
-Tivemos que usar a primeira matéria viva que encontramos e, portanto, a operação não foi o que podemos chamar de um sucesso total e absoluto, mas deu pra quebrar um galho legal...olhe para seu corpo e entenderás.
E em um momento de desespero, Borgan, que estava mais preocupado em saber onde estava e quem eram aquelas pessoas que haviam salvado sua vida, não percebeu que havia algo errado abaixo de seu pescoço. Desesperadamente tenta fechar os olhos evitando as próximas cenas, que viriam tão avassaladoras quanto o episódio no vale. E, claro, todos sabemos que a verdade é tão cruel quanto Só-tem-Pedreira.
Bem lentamente, Dr. Schupen Pausen retira o lençol do corpo do Orc, enquanto, Bai Tabixóvski, levanta o espelho, revelando algo que fez Borgan prender a respiração.
Silêncio total no recinto, a não per pelo som da engolida seca do nosso herói.
Só-tem-Pedreira não deixaria de ser um lugar vilanístico assim tão fácil...
Bixóvski levantou o lençol e Borgan vira a Quimera na qual tinha sido transformado: metade Orc, metade...................................PORCO SELVAGEM!!!

...

Enquanto isso, não muito longe dalí, A trupe do barulho tentava alcançar o Portal, mas ele já havia sumido, juntamente com Borgan e Verca Nhão.
Um Barulho, então, é ouvido na entrada do Clodovil, digo, covil, e, sem demora, um exército inteiro se postava na ante-sala circular onde se encontravam nossos heróis.
- Não!!! Gritou Salabim, Por Favor!!! Eu faço qualquer coisa, rodo a bolsinha, danço a Baiana, mas, por favor, não nos matem!!!
-Não estamos aqui para matar vocês, seu monte de estrume! Disse uma voz feminina saindo por detrás do estandarte azul, que tremeluzia acima do exército:
- Sou Lady Incent Ivo Acultura, General do 3° Exército do Regente-em-Chefe Alisan do Cressi, e estou aqui para expurgar Pout ah Velh’a das terras de meu Senhor.
- Ha! Chegou Tarde moça, adiantou-se Jurbo Çal, famigerado tranbiqueiro, cujos cartazes de procurado ocupavam as paredes de todas as tavernas da redondeza, ele não estava aqui, somente sua comparsa, Verca Nhão, que acaba de fugir.
- MALDIÇÃÃÃO!!!!!! Urrou Lady Incent Ivo Acultura.
- Onde podemos encontrá-los então? Pergunta Lady?
- Erca Tarro, o biltre assaltante que aterroriza as estradas da floresta até o riacho lá no alto da colina, em um momento de grandeza incomparável, interrompe, ‘No momento a pergunta adequada seria: devemos encontrá-los? Ou o dilema paradoxal incumbiu-se da retórica incansável da existência do ser, mediante a idiossincrasias universais tangíveis que induzem a uma debandada lateral endógena do ID à para-psicologia de meras ilusões no nosso subconsciente alterando o universo em que vivemos e fazendo nossa percepção extra-sensorial diluir-se em coloidais infusões de matérias nunca dantes descoberta por seres terrenos?
... Silêncio no recinto...
-Quê? Pergunta Erca Tarro, o biltre assaltante que aterroriza as estradas da floresta até o riacho lá no alto da colina, que foi?
...Silêncio no recinto...
Todos estavam em profunda depressão, tentando achar a resposta para o dilema de Erca. Até que, um soldado no meio da massa pensante grita:
- ARGGGG!!!! Não consego suportar tanta pressão!!! E, puxando sua espada, acaba com a própria vida, atravessando-a bem no meio do pescoço.


E agora? O que será de Borgan/Porco, e de Verca Nhão e de Pout ah Velh’a e de Alisan, e de Lady, e de Salabim, e de Jurbo, e de Erca, e de Só-tem-Pedreira, e de Schupen Pausen, e de Bai Tabixóvski, e da história, Hã? Hã? Hã?

"-Esperardes e Vereis."
Pequeno ‘textículo’ inscrito à mão.