Sinsalabim estava atônito. Os músculos de sua face contraíam-se contundidamente em um ímpeto involuntário. Uma gota de suor escorria, solitária, pelo semblante pálido de seu rosto, transparecendo o terror incrustado em seus olhos.
Aterrado em desespero, permanecia imóvel, esperando aquela mortalha flamejante envolvê-lo para livrar sua alma do pavor transcendente. A vontade de gritar era atroz, entretanto tentava, com todas suas forças, conter suas lamúrias. Mas, no fundo, ele era um Covarde. Sabia disso. Não passava de uma mamãezinha, um maricas. Um Pusilânime e pesaroso poltrão.
O que se seguiu foi um grito lancinante. Saiu rasgando as pregas de sua garganta. Um gemido tão gay quanto o sentido dúbio da frase anterior.
.
...Um turbilhão de incertezas se acometera de Sinsalabim momentos antes de acender o Pé-de-mesa:
“O que Roy estivera pensando afinal? Ele poderia ter escolhido qualquer outra pessoa mais capaz [ou seja, qualquer outra pessoa mesmo] para esta tarefa, mas logo eu? Por quê?” pensou, para si, nosso intrépido herói.
E, em seu apogeu filosófico, prosseguiu:
“E ainda tem esse pergaminho cheio de desenhos que Roy me deu. Olhando agora, ele parece ter milhões de interpretações possíveis!” Concluiu, por fim, Sinsalabim (Ha! Rimou!)
E numa última tentativa de desvendar sua Sina, desenrolou o pergaminho, revelando o indecifrável desenho...
Aterrado em desespero, permanecia imóvel, esperando aquela mortalha flamejante envolvê-lo para livrar sua alma do pavor transcendente. A vontade de gritar era atroz, entretanto tentava, com todas suas forças, conter suas lamúrias. Mas, no fundo, ele era um Covarde. Sabia disso. Não passava de uma mamãezinha, um maricas. Um Pusilânime e pesaroso poltrão.
O que se seguiu foi um grito lancinante. Saiu rasgando as pregas de sua garganta. Um gemido tão gay quanto o sentido dúbio da frase anterior.
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...Um turbilhão de incertezas se acometera de Sinsalabim momentos antes de acender o Pé-de-mesa:
“O que Roy estivera pensando afinal? Ele poderia ter escolhido qualquer outra pessoa mais capaz [ou seja, qualquer outra pessoa mesmo] para esta tarefa, mas logo eu? Por quê?” pensou, para si, nosso intrépido herói.
E, em seu apogeu filosófico, prosseguiu:
“E ainda tem esse pergaminho cheio de desenhos que Roy me deu. Olhando agora, ele parece ter milhões de interpretações possíveis!” Concluiu, por fim, Sinsalabim (Ha! Rimou!)
E numa última tentativa de desvendar sua Sina, desenrolou o pergaminho, revelando o indecifrável desenho...

...
Há algumas horas atrás, não muito longe da típica clareira da floresta, perfeita para emboscadas, Lady Incent Ivo Acultura chamava Jurbo Çal, famigerado tranbiqueiro, cujos cartazes de procurado ocupavam as paredes de todas as tavernas da redondeza, para uma ‘conversinha’ particular na sala VIP de Verca Nhão, deixando Erca Tarro, o biltre assaltante que aterroriza as estradas da floresta até o riacho lá no alto da colina, chupando o dedo na ante-sala circular.
Contudo, ao sair, Lady deixara cair um papelzinho. E, agora, um estupefato e embasbacado Erca encontrava-se bisbilhotando seu conteúdo.
No pergaminho lia-se:
“Lady Incent Ivo Acultura, membro oficial da Ordem DASPU”
- Meu São Crispim, e agora? Gemeu Erca.
Continuou a passar o olho pelo escrito e encontrou um asterisco em DASPU onde, em uma legenda minúscula no canto inferior do rascunho, estava uma explicação detalhada para aquele paradigma:
“DASPU (Discípulos Aniquiladores dos Selvagens Porcos Unijugados): Seita do Eixo infiltrada na Ordem dos Amigos de Malanderson que visa à total e completa destruição dos Porcos Selvagens.”
“Nossa!” Pensou Erca enquanto tirava do dente, um nervinho de porco selvagem encontrado no molho das rosquinhas de polvilho que Salabin lhe confiara antes de partir. – “Isso quer dizer que Lady é uma espiã infiltrada na Ordem, e, conseqüentemente, nossa inimiga!” E, sem parar com seu raciocínio, continuou até finalizar: “O que será que ela quer com Jurbo? Será que ele sabe da verdadeira identidade de Lady Incent Ivo Acultura?” [Óbvio que ele não sabia].
Erca Tarro, o biltre assaltante que aterroriza as estradas da floresta até o riacho lá no alto da colina, encontrava-se há uns 15 minutos em completa compenetração, tal que alternava: ora fazendo uma caratonha tão medonha (Há! rimou de novo!) que ficava impossível distinguir sua face de seu traseiro, ora fazendo uma cara de alívio, como que se estivesse - e de fato estava - expelindo gases. Nosso amigo caía em um dilema mortal:
1- Entrar na sala, bancar o herói (e, provavelmente, levar um coça) tentando apanhar a traidora de surpresa, para então (supondo que eles não levassem uma tunda) sair com Jurbo Çal carregando o corpo da General (Há! Muitas rimas nesse capítulo!) para enfrentarem o 3º Exército de Alisan do Cressi sozinhos;
2 – Fingir que não sabe de nada e ficar numa ‘nice’.
Erca, pressionado, não sabia mais o que fazer, estava começando a ter um ataque de flatulência quando uma rodinha começou a se formar em um canto e, antes que pudesse perceber, estava sendo alvo de xoxotas, digo, chacotas da trupe:
- Hahahahaha! E daí ele fez kabumm! Disse um dos guerreiros, dando uma olhada de soslaio para Erca Tarro, o biltre assaltante que aterroriza as estradas da floresta até o riacho lá no alto da colina.
- Bwahaha, boa, boa, mas eu tenho uma muito melhor, sente só: - Por que o goblin levou um pé na bunda da mulher dele?
- Não sei cara, porque ele é feio? Falou um putinho lá.
Ha! Não! Porque ela queria alguém mais maduro!
- E maior! Completou um maluco.
*risos*
Erca Tarro estava amarelo de raiva, mas antes que pudesse fazer algo, alguém lá no meio bradou:
- Uuuu, nem adianta ficar assim! Ela não vai voltar pra ti!
-HAHAHAHAHA!!! Muitos risos no grupinho...
Mas não por isso pararam:
- Desista goblin! Mais cedo ou mais tarde a gente vai te queimar na rodinha aqui!
- HAHAHAHA!! Entenderam? Hã, hã, hã? Queimar na rodinha!! Cara, a gente é foda demais! Falou o piadista.
- Pô, velho, muito boa, to me sentindo o Ari Toledo aqui, disse um outro do grupo.
Esta fora a gota d’água para Erca. Um monstro havia despertado dentro dele. Enfim, decidira agir. Havia resolvido seu dilema e já não restavam mais dúvidas, estava conciso, e, com um ímpeto fugaz, fingiu que não sabia de nada e ficou numa ‘nice’.
Entretanto, mediante este gesto de total covardia, digno de Sinsalabim, nosso pequeno verde amigo resolve que iria, pelo menos, investigar a fundo e esperar o melhor momento para contar a Jurbo Çal, famigerado tranbiqueiro, cujos cartazes de procurado ocupavam as paredes de todas as tavernas da redondeza, sobre Lady.
Utilizando de toda sua furtividade, deixou o grupo em meio àquele gozo e, sabe-se lá da onde, puxou um Tradicional Kit de Arrombar Portas, sempre útil em situações de rara ocasião e de sucesso imprescindível, que custam os olhos da cara e todo personagem têm, embora nunca tenham gasto um mísero tostão ou sequer mencionado possuí-lo em outras partes da história. Rumou, então, para o corredor que dava acesso à sala VIP de Verca Nhão.
Fez algumas manobras com as chaves do seu Tradicional Kit de Arrombar Portas, sempre útil em situações de rara ocasião e de sucesso imprescindível, que custam os olhos da cara e todo personagem têm, embora nunca tenham gasto um mísero tostão ou sequer mencionado possuí-lo em outras partes da história, e, por fim, abriu sorrateiramente o portal.
E, quase que instantaneamente, mudou de idéia sobre seu plano de ação, escolhendo a opção número 1 de seu dilema: lutar. Não brava ou heroicamente, até porque essas palavras inexistem no vocabulário de nossos protagonistas, mas ainda assim lutar.
Deparou-se com uma cena horrível, que trouxe à tona lembranças suas há muito esquecidas. Jurbo Çal estava acorrentado, de costas, em uma roda de madeira - como aquela que o Silvio Santos girava todos os domingos, no programa do Baú. Ao seu redor, uma vasta gama de frutas e leguminosos dos mais variados tipos e tamanhos enfeitava o recinto, lembrando a Feira da Fruta de Curumim.
Erca estava paralisado. Imagens dos maus tratos sofridos na Fazenda de Jugide Pravado invadiam sua mente.
Enquanto isso, Jurbo Çal, que não sabia da presença de seu confrade no aposento, se preparava para o pior.
Lady cantava algo que, malignamente, soava como:
“- Um pedacinho do seu Fubãozão é meu...é meu, é meu, é meu!!!”
E Jurbo Çal, famigerado tranbiqueiro, cujos cartazes de procurado ocupavam as paredes de todas as tavernas da redondeza, se defendia, também em ritmo musical:
“- Tudo que você quer me dar, é demais, é pesado, não há paz...”
E, de súbito, parou de cantarolar quando viu Lady pegar a maior melancia que já vira na vida:
- E então... começou Ivo Acultura deixando a fruta bem à mostra: - onde está o resto da Ordem dos Amigos de Malanderson?!
- Morra Vadia! Nunca falarei!
-Nem com a melancia?! Acultura mostrou novamente a fruta grande e gorda.
Jurbo engoliu seco:
- Claro que não, era só brincadeirinha!!! Hehehe, melancia, pra quê isso? Eles estão no...
Não se sabe bem o que aconteceu depois disso. Só que Erca, canalizou toda sua raiva reprimida, e, por um momento, tudo ficou escuro. Quando voltou a si, era Lady Incent Ivo Acultura que estava presa à roda de madeira e Jurbo Çal que segurava a melancia com uma cara de desorientado.
- Cara, foi por pouco! Comenta Erca.
- Pois é... Responde um todo Constrangido Jurbo.
Alguns minutos de silêncio e um clima muito constrangedor tomaram conta da sala, pois Erca acabara de ver Jurbo com as calças arriadas em uma posição milionária.
- Enfim... Exclamaram ambos os goblins em unísono.
-...bom.... Novamente em sincronia.
O constrangimento continuou...
- Se tu puderes não comentar isso com ninguém, sabe, eu ficaria grato. Apelou Jurbo.
- Certo. Concluiu Erca.
- Mas como tu fez isso? Recomeçou o pequeno druida, apontando para uma desacordada e amarrada Acultura.
- Cara, sei lá, acho que foi aquela SchinCola que bebi antes, não me sentou muito bem...
- Ahn, entendo.
-Mas agora eu tenho um plano para derrotar o exército do lado de fora!
- O QUÊ?!?!? TU TÁ BURRO?!?! COMO ISSO?!?! Irrita-se Jurbo.
- Calma, confia no pai aqui que tá tudo tri.
Muito a contragosto, Jurbo segue Erca, que sai para a ante-sala circular e grita para a massa:
- É AGORA QUE A JIRIPOCA VAI PIAR, CAMBADA!!! IVO TÁ SEM ROUPA LA DENTRO DA SALA!!
Um murmúrio geral toma conta da legião, e um clima meio constrangedor, igual ao que acabou de acometer os dois goblinóides, instala-se no recinto.
Até que o silêncio é quebrado:
- Tu é gay mermão? Pergunta um soldado lá no meio.
- Quem é que vai querer ver o Tio Ivo pelado, rapaz? Além do mais ele ta aqui ó, falou outro milico apontando para o soldado à sua esquerda.
- NÃO, SEUS MENTECAPTOS, NÃO É O TIO IVO, É LADY INCENT IVO, E ELA ESTÁ PELADINHA LÁ DENTRO DA SALA E DISSE QUE VAI DAR PRO PRIMEIRO QUE PASSAR POR AQUELA PORTA!
E lá se foi o disco voador.
Como uma penca de Abutres, não, não. Uma manada de Abutres, não, também não. Um enxame de Abutres...putz...enfim, como muitos e muitos abutres ávidos por carne fresca (muito fresca, diga-se de passagem), todo o 3° Exército, que não via mulheres há 5 meses, entrou como um maçom ensaboado, ou melhor, um muçum ensaboado, na sala VIP de Verca Nhão, onde Lady se encontrava.
Erro Crasso.
.
Erca Tarro e Jurbo Çal corriam pela noite. Fugiam, em direção à floresta, da nuvem de poeira que se projetava alta a partir do chão. A brisa noturna carregava o cheiro acre de sangue e tripas, enquanto alguns gritos de desespero ainda podiam ser escutados através do horizonte.
Abismo-Cruel tombava. Implodia sobre seus alicerces; e o som das rochas caindo acompanhava o vôo melancólico dos corvos em direção ao vale.
O Clodovil, digo, Covil, de Verca Nhão ia abaixo como o membro gasto e surrado de um velho, depois de dar ‘umazinha’. E o 3° Exército de Alisan do Cressi estava virando recheio de panqueca embaixo da pedra bruta.
Longe da visão comunal e abaixo dos escombros, uma figura ascende imponente entre os destroços, erguendo-se sob a luz da lua cheia como se estivesse ressurgindo dos mortos.
E agarrada à sua melancia estava ela, Lady Incent Ivo Acultura. Estropiada, porém, viva.
.
- Pelas barbas do profeta, que foi isso?! Pergunta, ofegante, Jurbo Çal, enquanto os dois verdejantes amigos paravam para recuperar fôlego.
- É que eu encontrei isso na sala VIP de Verca Nhão. E mostrou ao seu companheiro o achado.
Um controle com um único botão em sua superfície: “O” temível “The Big Red Button”.
- Mas como tu sabia que isso iria explodir o Clodovil, digo, Covil? Indagou Jurbo.
- Não sabia. É que me deu uma vontaaaade de apertá-lo...O plano era só trancar o exército na sala.
- Ah... claro, disse Jurbo.
E foi então que a dupla dinâmica viu uma fumaça subindo por sobre as copas das árvores. Não era uma fumaça amarela, com bolinhas azuis avermelhadas e sabor de chocolate, como esperavam, mas ainda sim, era definitivamente o sinal de Sinsalabim (Rimou Haha! Na próxima vai ser um Rap), pois, logo após verem a fumaça, um grito muito peculiar de dor e agonia preencheu as cavidades auriculares verdes de nossos amigos.
...
Enquanto o inimigo avançava pela interminável distância até o exército dos porcos selvagens, estes ganhavam alguns preciosos segundos.
Borgan ria que nem um demente por causa do efeito da erva. Mas, no fundo estava puto da cara:
- Que porra de arma esse animal foi preparar? Pensou, referindo-se à Schupen Pausen.
Mas ao olhar o papelzinho deixado pelo Dr., notou algo escrito no verso:
“Dr. Schupen Pausen, graduado pela Universidade de Massachussets, membro da Ordem dos Amigos de Malanderson”
- É ruim hein rapá! Pensou Borgan. - Isso já está virando modinha.
Mas foi então que ele viu:
O General inimigo, Eudetest Ofruta, cavalgando contra a Vara de Borgan (frases cheias de duplo sentido) e, preso ao seu cinto, um pacotinho de Naquinhos de Porco Selvagem balançava ao vento.
Esse foi o estopim para os Porcos, que pareceram ver a cena também e, mediante o brado de Borgan, partiram em investida furiosa contra os trocentos e dois soldados.
Mas, Só-Tem-Pedreira é um lugar hostil. Um lugar imundo e amargo. Um lugar de muita tragicomédia, contudo, ele é quem sempre ri da cara de seus habitantes.
Os trocentos e dois soldados haviam escutado as profecias de Pout ah Velh’a e se preparado com antecedência contra o ataque.
Momentos antes dos exércitos chocarem-se, Eudetest Ofruta, que ansiara por este momento, lançou uma ordem a seus subordinados. Quando presas e escudos estavam para se encontrar em batalha, os guerreiros inimigos, todos, jogaram Pérolas aos Porcos, refreando a investida.
Os porcos pararam atônitos, com lágrimas nos olhos vendo aquela quantidade sobrenatural de bolinhas brancas e perfeitamente esféricas, escorrerem pelo campo. Era uma cena única, linda. Como se toda a selvageria de seus corações tivesse acalmado.
Mas, não ia ficar tão barato, Só-Tem-Pedreira sempre reservava uma crueldade na manga.
Pout ah Velh’a se enganara, nunca havia reparado que o ditado dizia: NÃO jogue Pérolas aos Porcos. Porém, o erro foi percebido tarde demais.
Hipnotizados e desamparados, sob uma pálida lua cheia, os Porcos Selvagens chacinavam e matavam e extirpavam com um brilho obscuro nos olhos e uma tranqüilidade incomum.
Mas os inimigos eram muitos, beiravam a casa dos trocentos. E mesmo Possuídos pelos Demônios, os porcos tombavam.
Uma figura corria, manca, em direção à Borgan e Bai Tabixóvski. Schupen Pausen havia retornado e sua arma salvaria os suínos que estavam morrendo no campo de batalha:
- É isso aí!! Tá na hora da onça beber água! Bradou Tabixóvski.
Mas o que viam era um desesperado Schupen Pausen que chegou ofegante e gritou em plenos pulmões:
- FUDEU GERAL!
- Que?!?! Perguntou Borgan.
- Como assim?! Indagou Bai.
- Não tenho mais minha arma secreta! Esqueci que a troquei pela coleção completa da revista ‘As melhores Sub-15’.
- E por que diabos tu fez isso, magrão?
- Tu ta de brincadeira né? As melhores teens do mundo estão lá...
- Isso...isso...Que coisa mais doentia! Enojaram-se Borgan e Tabixóvski, juntos.
- Tu não podes falar nada, porque tu quase trocou esse teu taco de borracha aí, pela edição especial da G-Magazine! Falou, irritado, Schupen para Bai Tabixóvski.
Utilizando de toda sua furtividade, deixou o grupo em meio àquele gozo e, sabe-se lá da onde, puxou um Tradicional Kit de Arrombar Portas, sempre útil em situações de rara ocasião e de sucesso imprescindível, que custam os olhos da cara e todo personagem têm, embora nunca tenham gasto um mísero tostão ou sequer mencionado possuí-lo em outras partes da história. Rumou, então, para o corredor que dava acesso à sala VIP de Verca Nhão.
Fez algumas manobras com as chaves do seu Tradicional Kit de Arrombar Portas, sempre útil em situações de rara ocasião e de sucesso imprescindível, que custam os olhos da cara e todo personagem têm, embora nunca tenham gasto um mísero tostão ou sequer mencionado possuí-lo em outras partes da história, e, por fim, abriu sorrateiramente o portal.
E, quase que instantaneamente, mudou de idéia sobre seu plano de ação, escolhendo a opção número 1 de seu dilema: lutar. Não brava ou heroicamente, até porque essas palavras inexistem no vocabulário de nossos protagonistas, mas ainda assim lutar.
Deparou-se com uma cena horrível, que trouxe à tona lembranças suas há muito esquecidas. Jurbo Çal estava acorrentado, de costas, em uma roda de madeira - como aquela que o Silvio Santos girava todos os domingos, no programa do Baú. Ao seu redor, uma vasta gama de frutas e leguminosos dos mais variados tipos e tamanhos enfeitava o recinto, lembrando a Feira da Fruta de Curumim.
Erca estava paralisado. Imagens dos maus tratos sofridos na Fazenda de Jugide Pravado invadiam sua mente.
Enquanto isso, Jurbo Çal, que não sabia da presença de seu confrade no aposento, se preparava para o pior.
Lady cantava algo que, malignamente, soava como:
“- Um pedacinho do seu Fubãozão é meu...é meu, é meu, é meu!!!”
E Jurbo Çal, famigerado tranbiqueiro, cujos cartazes de procurado ocupavam as paredes de todas as tavernas da redondeza, se defendia, também em ritmo musical:
“- Tudo que você quer me dar, é demais, é pesado, não há paz...”
E, de súbito, parou de cantarolar quando viu Lady pegar a maior melancia que já vira na vida:
- E então... começou Ivo Acultura deixando a fruta bem à mostra: - onde está o resto da Ordem dos Amigos de Malanderson?!
- Morra Vadia! Nunca falarei!
-Nem com a melancia?! Acultura mostrou novamente a fruta grande e gorda.
Jurbo engoliu seco:
- Claro que não, era só brincadeirinha!!! Hehehe, melancia, pra quê isso? Eles estão no...
Não se sabe bem o que aconteceu depois disso. Só que Erca, canalizou toda sua raiva reprimida, e, por um momento, tudo ficou escuro. Quando voltou a si, era Lady Incent Ivo Acultura que estava presa à roda de madeira e Jurbo Çal que segurava a melancia com uma cara de desorientado.
- Cara, foi por pouco! Comenta Erca.
- Pois é... Responde um todo Constrangido Jurbo.
Alguns minutos de silêncio e um clima muito constrangedor tomaram conta da sala, pois Erca acabara de ver Jurbo com as calças arriadas em uma posição milionária.
- Enfim... Exclamaram ambos os goblins em unísono.
-...bom.... Novamente em sincronia.
O constrangimento continuou...
- Se tu puderes não comentar isso com ninguém, sabe, eu ficaria grato. Apelou Jurbo.
- Certo. Concluiu Erca.
- Mas como tu fez isso? Recomeçou o pequeno druida, apontando para uma desacordada e amarrada Acultura.
- Cara, sei lá, acho que foi aquela SchinCola que bebi antes, não me sentou muito bem...
- Ahn, entendo.
-Mas agora eu tenho um plano para derrotar o exército do lado de fora!
- O QUÊ?!?!? TU TÁ BURRO?!?! COMO ISSO?!?! Irrita-se Jurbo.
- Calma, confia no pai aqui que tá tudo tri.
Muito a contragosto, Jurbo segue Erca, que sai para a ante-sala circular e grita para a massa:
- É AGORA QUE A JIRIPOCA VAI PIAR, CAMBADA!!! IVO TÁ SEM ROUPA LA DENTRO DA SALA!!
Um murmúrio geral toma conta da legião, e um clima meio constrangedor, igual ao que acabou de acometer os dois goblinóides, instala-se no recinto.
Até que o silêncio é quebrado:
- Tu é gay mermão? Pergunta um soldado lá no meio.
- Quem é que vai querer ver o Tio Ivo pelado, rapaz? Além do mais ele ta aqui ó, falou outro milico apontando para o soldado à sua esquerda.
- NÃO, SEUS MENTECAPTOS, NÃO É O TIO IVO, É LADY INCENT IVO, E ELA ESTÁ PELADINHA LÁ DENTRO DA SALA E DISSE QUE VAI DAR PRO PRIMEIRO QUE PASSAR POR AQUELA PORTA!
E lá se foi o disco voador.
Como uma penca de Abutres, não, não. Uma manada de Abutres, não, também não. Um enxame de Abutres...putz...enfim, como muitos e muitos abutres ávidos por carne fresca (muito fresca, diga-se de passagem), todo o 3° Exército, que não via mulheres há 5 meses, entrou como um maçom ensaboado, ou melhor, um muçum ensaboado, na sala VIP de Verca Nhão, onde Lady se encontrava.
Erro Crasso.
.
Erca Tarro e Jurbo Çal corriam pela noite. Fugiam, em direção à floresta, da nuvem de poeira que se projetava alta a partir do chão. A brisa noturna carregava o cheiro acre de sangue e tripas, enquanto alguns gritos de desespero ainda podiam ser escutados através do horizonte.
Abismo-Cruel tombava. Implodia sobre seus alicerces; e o som das rochas caindo acompanhava o vôo melancólico dos corvos em direção ao vale.
O Clodovil, digo, Covil, de Verca Nhão ia abaixo como o membro gasto e surrado de um velho, depois de dar ‘umazinha’. E o 3° Exército de Alisan do Cressi estava virando recheio de panqueca embaixo da pedra bruta.
Longe da visão comunal e abaixo dos escombros, uma figura ascende imponente entre os destroços, erguendo-se sob a luz da lua cheia como se estivesse ressurgindo dos mortos.
E agarrada à sua melancia estava ela, Lady Incent Ivo Acultura. Estropiada, porém, viva.
.
- Pelas barbas do profeta, que foi isso?! Pergunta, ofegante, Jurbo Çal, enquanto os dois verdejantes amigos paravam para recuperar fôlego.
- É que eu encontrei isso na sala VIP de Verca Nhão. E mostrou ao seu companheiro o achado.
Um controle com um único botão em sua superfície: “O” temível “The Big Red Button”.
- Mas como tu sabia que isso iria explodir o Clodovil, digo, Covil? Indagou Jurbo.
- Não sabia. É que me deu uma vontaaaade de apertá-lo...O plano era só trancar o exército na sala.
- Ah... claro, disse Jurbo.
E foi então que a dupla dinâmica viu uma fumaça subindo por sobre as copas das árvores. Não era uma fumaça amarela, com bolinhas azuis avermelhadas e sabor de chocolate, como esperavam, mas ainda sim, era definitivamente o sinal de Sinsalabim (Rimou Haha! Na próxima vai ser um Rap), pois, logo após verem a fumaça, um grito muito peculiar de dor e agonia preencheu as cavidades auriculares verdes de nossos amigos.
...
Enquanto o inimigo avançava pela interminável distância até o exército dos porcos selvagens, estes ganhavam alguns preciosos segundos.
Borgan ria que nem um demente por causa do efeito da erva. Mas, no fundo estava puto da cara:
- Que porra de arma esse animal foi preparar? Pensou, referindo-se à Schupen Pausen.
Mas ao olhar o papelzinho deixado pelo Dr., notou algo escrito no verso:
“Dr. Schupen Pausen, graduado pela Universidade de Massachussets, membro da Ordem dos Amigos de Malanderson”
- É ruim hein rapá! Pensou Borgan. - Isso já está virando modinha.
Mas foi então que ele viu:
O General inimigo, Eudetest Ofruta, cavalgando contra a Vara de Borgan (frases cheias de duplo sentido) e, preso ao seu cinto, um pacotinho de Naquinhos de Porco Selvagem balançava ao vento.
Esse foi o estopim para os Porcos, que pareceram ver a cena também e, mediante o brado de Borgan, partiram em investida furiosa contra os trocentos e dois soldados.
Mas, Só-Tem-Pedreira é um lugar hostil. Um lugar imundo e amargo. Um lugar de muita tragicomédia, contudo, ele é quem sempre ri da cara de seus habitantes.
Os trocentos e dois soldados haviam escutado as profecias de Pout ah Velh’a e se preparado com antecedência contra o ataque.
Momentos antes dos exércitos chocarem-se, Eudetest Ofruta, que ansiara por este momento, lançou uma ordem a seus subordinados. Quando presas e escudos estavam para se encontrar em batalha, os guerreiros inimigos, todos, jogaram Pérolas aos Porcos, refreando a investida.
Os porcos pararam atônitos, com lágrimas nos olhos vendo aquela quantidade sobrenatural de bolinhas brancas e perfeitamente esféricas, escorrerem pelo campo. Era uma cena única, linda. Como se toda a selvageria de seus corações tivesse acalmado.
Mas, não ia ficar tão barato, Só-Tem-Pedreira sempre reservava uma crueldade na manga.
Pout ah Velh’a se enganara, nunca havia reparado que o ditado dizia: NÃO jogue Pérolas aos Porcos. Porém, o erro foi percebido tarde demais.
Hipnotizados e desamparados, sob uma pálida lua cheia, os Porcos Selvagens chacinavam e matavam e extirpavam com um brilho obscuro nos olhos e uma tranqüilidade incomum.
Mas os inimigos eram muitos, beiravam a casa dos trocentos. E mesmo Possuídos pelos Demônios, os porcos tombavam.
Uma figura corria, manca, em direção à Borgan e Bai Tabixóvski. Schupen Pausen havia retornado e sua arma salvaria os suínos que estavam morrendo no campo de batalha:
- É isso aí!! Tá na hora da onça beber água! Bradou Tabixóvski.
Mas o que viam era um desesperado Schupen Pausen que chegou ofegante e gritou em plenos pulmões:
- FUDEU GERAL!
- Que?!?! Perguntou Borgan.
- Como assim?! Indagou Bai.
- Não tenho mais minha arma secreta! Esqueci que a troquei pela coleção completa da revista ‘As melhores Sub-15’.
- E por que diabos tu fez isso, magrão?
- Tu ta de brincadeira né? As melhores teens do mundo estão lá...
- Isso...isso...Que coisa mais doentia! Enojaram-se Borgan e Tabixóvski, juntos.
- Tu não podes falar nada, porque tu quase trocou esse teu taco de borracha aí, pela edição especial da G-Magazine! Falou, irritado, Schupen para Bai Tabixóvski.
- Aii, mas era a do Vampeta! Defendeu-se o ainda besuntado amigo.
Enquanto isso, nossos heróis levavam um coça no campo de batalha, e Dr. Schupen Pausen já estava convencendo os dois combatentes para soar a retirada, quando algo aconteceu.
Um grito de dor e agonia tomou conta do campo de golfe e, instantes mais tarde uma figura coberta em chamas corria alucinada em direção ao dispersado exército de Eudetest Ofruta.
- O que é aquilo? Exclamou o ancião dos suínos.
- Será um Cavaleiro do Apocalipse? Pergunta um porco.
- Será a morte encarnada? Pergunta outro porco.
- É O INRI CRISTO!!! Grita Schupen Pausen em meio ao caos.
- NÃO! É SINSALABIM! Exclama Borgan, já familiarizado com os gritos de desespero.
- Ele está botando os gatunos pra correr, olhem!
...
Chicotadas nas costas? 12 reais com o Torturador. Correntes Mortais? 50 reais com Era Ben Sadik. Arder em chamas até sentir a pele do rosto se fundir com o tutano dos ossos? Não tem Preço.
E como doía. Era a dor mais avassaladora que Sinsalabim já sentira. Superava em muito os joios de trigo roçando em suas partes, e o frasquinho nelas outrora atirado por Jurbo.
Corria como o vento, mas a brisa só fazia as chamas avivarem mais e mais. Salabim tornara-se uma pira funerária viva, não por muito tempo é claro, mas por enquanto, viva.
Só tinha um objetivo em mente, alcançar o laguinho atrás do campo de golfe.
...
O Exército inteiro de Pout ah Velh’a corria ensandecido por suas vidas, alguns se matavam durante o caminho, sucumbindo à loucura, e os que ficavam para trás eram trespassados pelas presas dos porcos. Em poucos instantes a planície estava deserta, e a única bandeira de pé que se via no campo de batalha era a bandeirinha do buraco 69.
E foi assim que o temível Exército dos Trocentos e Dois Soldados fora dizimado. Tudo graças ao Pé-de-Mesa. E claro, uma parte coube à Sinsalabim.
Quando a poeira abaixou Jurbo e Erca tinham chegado ao local da batalha. Jurbo Çal, famigerado tranbiqueiro, cujos cartazes de procurado ocupavam as paredes de todas as tavernas da redondeza, cuidava de Sinsalabin enquanto Erca Tarro, o biltre assaltante que aterroriza as estradas da floresta até o riacho lá no alto da colina contava o que descobriram em Abismo-Cruél.
Reunindo todos, Jurbo Çal e Dr. Schupen Pausen, os mais velhos e sábios do grupo, se entreolharam e concordaram:
- Agora que vocês todos participaram desta batalha, Vocês não serão mais meros Acólitos na Ordem, chegou a hora de conhecer todos os Manda-Chuvas, cada um deles controla um Clã de Adeptos à causa de Malanderson.
Conforme chegavam mais perto, Jurbo se preparava para abrir um Portal, enquanto, sussurrando algumas palavras, Dr. Pausen invocava o Conselho da Ordem.
Após alguns instantes, três figuras saem do portal:
- Esse, começou Jurbo apontando para um Peregrino, é Roy. Creio que Salabim já o conheça.
- FILHO DA P... começou Sinsalabim.
- Contenha-se, filho. Interpelou Pausen.
- Mas... recomeçou Sinsalabim, porém fora silenciado novamente pelo Doutor Pausen.
-E esta, continuou Jurbo Çal, fingindo não escutar a ceninha que fazia Salabim, é a judia Dimin.
Enquanto apresentava Dimin, um aristocrata acabava de passar pelo portal.
- Nosso conselheiro Tomás Turbando, apontou o Druida para o recém chegado.
- E por fim, conlcuiu Jurbo, nosso mestre nas artes marciais, o grande Seucen Todoy.
- Quem?
- Cadê?
- Onde?
Foram as perguntas disparadas.
- Ele está presente e escondido, ouvindo tudo. Responde Pausen.
Após terem sido apresentados, Jurbo mal recomeça a falar e é interrompido pela chegada de mais um figurão:
- Desculpe o atraso.
- Quem é você? Pergunta Salabim
- Ele é Well, John Well. Fala a judia Dimin.
- Não... este é o meu irmão gêmeo.
- Ah claro, sempre confundimos os três, fala Dimin. E completando: - esse é Well, Endo Well
- Também não! Ele é meu outro irmão gêmeo, eu sou Well, Mánnu Well.
- Que seja, não tem como saber quem é quem... reclama Tomás Turbando.
- E porque seus irmãos não vieram? Pergunta uma voz, aparentemente vindo do nada, que todos supunham ser de Seucen Todoy.
- Estão a caminho. Mal acabara de falar, um 2x2 atravessa o portal com John Well e Endo Well num braço e um martelo de ferreiro pendurado sobre o outro.
- Desculpem-nos o atraso, fala o 2x2. Olhando agora, de perto, ele parecia ser mais velho, provavelmente os 50 já estavam batendo na porta.
- Tivemos um problema, continuou o cinquentão, o Endo perdeu seu anel na última campanha e estávamos tentando achá-lo. Por um acaso alguém está com o anel do Endo? Não? Bom, teremos que continuar procurando então. E ainda emendou:
-Ahh! Perdoe-me os modos, eu sou Pah Páinno Well, e estes são meus filhos Endo e John. Creio que o Mánnu vocês acabaram de conhecer.
- O.K, Todos apresentados? Perguntou Jurbo, impaciente.
Enquanto isso, nossos heróis levavam um coça no campo de batalha, e Dr. Schupen Pausen já estava convencendo os dois combatentes para soar a retirada, quando algo aconteceu.
Um grito de dor e agonia tomou conta do campo de golfe e, instantes mais tarde uma figura coberta em chamas corria alucinada em direção ao dispersado exército de Eudetest Ofruta.
- O que é aquilo? Exclamou o ancião dos suínos.
- Será um Cavaleiro do Apocalipse? Pergunta um porco.
- Será a morte encarnada? Pergunta outro porco.
- É O INRI CRISTO!!! Grita Schupen Pausen em meio ao caos.
- NÃO! É SINSALABIM! Exclama Borgan, já familiarizado com os gritos de desespero.
- Ele está botando os gatunos pra correr, olhem!
...
Chicotadas nas costas? 12 reais com o Torturador. Correntes Mortais? 50 reais com Era Ben Sadik. Arder em chamas até sentir a pele do rosto se fundir com o tutano dos ossos? Não tem Preço.
E como doía. Era a dor mais avassaladora que Sinsalabim já sentira. Superava em muito os joios de trigo roçando em suas partes, e o frasquinho nelas outrora atirado por Jurbo.
Corria como o vento, mas a brisa só fazia as chamas avivarem mais e mais. Salabim tornara-se uma pira funerária viva, não por muito tempo é claro, mas por enquanto, viva.
Só tinha um objetivo em mente, alcançar o laguinho atrás do campo de golfe.
...
O Exército inteiro de Pout ah Velh’a corria ensandecido por suas vidas, alguns se matavam durante o caminho, sucumbindo à loucura, e os que ficavam para trás eram trespassados pelas presas dos porcos. Em poucos instantes a planície estava deserta, e a única bandeira de pé que se via no campo de batalha era a bandeirinha do buraco 69.
E foi assim que o temível Exército dos Trocentos e Dois Soldados fora dizimado. Tudo graças ao Pé-de-Mesa. E claro, uma parte coube à Sinsalabim.
Quando a poeira abaixou Jurbo e Erca tinham chegado ao local da batalha. Jurbo Çal, famigerado tranbiqueiro, cujos cartazes de procurado ocupavam as paredes de todas as tavernas da redondeza, cuidava de Sinsalabin enquanto Erca Tarro, o biltre assaltante que aterroriza as estradas da floresta até o riacho lá no alto da colina contava o que descobriram em Abismo-Cruél.
Reunindo todos, Jurbo Çal e Dr. Schupen Pausen, os mais velhos e sábios do grupo, se entreolharam e concordaram:
- Agora que vocês todos participaram desta batalha, Vocês não serão mais meros Acólitos na Ordem, chegou a hora de conhecer todos os Manda-Chuvas, cada um deles controla um Clã de Adeptos à causa de Malanderson.
Conforme chegavam mais perto, Jurbo se preparava para abrir um Portal, enquanto, sussurrando algumas palavras, Dr. Pausen invocava o Conselho da Ordem.
Após alguns instantes, três figuras saem do portal:
- Esse, começou Jurbo apontando para um Peregrino, é Roy. Creio que Salabim já o conheça.
- FILHO DA P... começou Sinsalabim.
- Contenha-se, filho. Interpelou Pausen.
- Mas... recomeçou Sinsalabim, porém fora silenciado novamente pelo Doutor Pausen.
-E esta, continuou Jurbo Çal, fingindo não escutar a ceninha que fazia Salabim, é a judia Dimin.
Enquanto apresentava Dimin, um aristocrata acabava de passar pelo portal.
- Nosso conselheiro Tomás Turbando, apontou o Druida para o recém chegado.
- E por fim, conlcuiu Jurbo, nosso mestre nas artes marciais, o grande Seucen Todoy.
- Quem?
- Cadê?
- Onde?
Foram as perguntas disparadas.
- Ele está presente e escondido, ouvindo tudo. Responde Pausen.
Após terem sido apresentados, Jurbo mal recomeça a falar e é interrompido pela chegada de mais um figurão:
- Desculpe o atraso.
- Quem é você? Pergunta Salabim
- Ele é Well, John Well. Fala a judia Dimin.
- Não... este é o meu irmão gêmeo.
- Ah claro, sempre confundimos os três, fala Dimin. E completando: - esse é Well, Endo Well
- Também não! Ele é meu outro irmão gêmeo, eu sou Well, Mánnu Well.
- Que seja, não tem como saber quem é quem... reclama Tomás Turbando.
- E porque seus irmãos não vieram? Pergunta uma voz, aparentemente vindo do nada, que todos supunham ser de Seucen Todoy.
- Estão a caminho. Mal acabara de falar, um 2x2 atravessa o portal com John Well e Endo Well num braço e um martelo de ferreiro pendurado sobre o outro.
- Desculpem-nos o atraso, fala o 2x2. Olhando agora, de perto, ele parecia ser mais velho, provavelmente os 50 já estavam batendo na porta.
- Tivemos um problema, continuou o cinquentão, o Endo perdeu seu anel na última campanha e estávamos tentando achá-lo. Por um acaso alguém está com o anel do Endo? Não? Bom, teremos que continuar procurando então. E ainda emendou:
-Ahh! Perdoe-me os modos, eu sou Pah Páinno Well, e estes são meus filhos Endo e John. Creio que o Mánnu vocês acabaram de conhecer.
- O.K, Todos apresentados? Perguntou Jurbo, impaciente.
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Mas nem todos tinham sido apresentados. Impossível dizer como que, em meio a tantos suínos, ninguém reparou uma cabeça de orc se movendo de um lado para o outro. E quando Borgan apareceu, todos, menos o Dr. Schupen Pausen e Bai Tabixóvski, ficaram perplexos:
- AGORA SIM É O INRI CRISTO, MULEQUEE!!! Urrou Erca.
- Não! É o super Porc, uma mistura de porco com Orc! Bradou Mánnu Well.
- Calma gente, sou eu! Borgan! Falou a quimera.
- Não, sua...sua... sua coisa! Você matou Borgan! Acusou Pah Páinno Well
Todos, menos Pausen e Tabixóvski conheciam Borgan de longa data, posto que ele já não era mais um iniciado.
- Não, calma, o Doutor Schupen Pausen pode explicar. Preciso encontrar Pout ah Velh’a para conseguir meu corpo de volta. Estou maculando a imagem dos porcos selvagens ficando assim, e isso não consigo suportar. (Está certo que embora Borgan fosse valente e destemido, o que ele queria de verdade, buscando ter seu corpo de volta, era correr o menor risco possível de parar em uma frigideira).
E assim todos se reencontraram, novamente sob um objetivo em comum e com o Castelo-fortaleza-impenetrável-não-mais-guarnecido-por-trocentos-e-dois-soldados à sua frente.
O Que acontecerá agora? Qual será a missão designada pelos Manda-Chuvas à nossos heróis? Jurbo Çal, famigerado tranbiqueiro, cujos cartazes de procurado ocupavam as paredes de todas as tavernas da redondeza, continuará no grupo agora que revelou ser um dos chefões? O Que acontecerá com Lady Incent Ivo Acultura e a Ordem DASPU? Que medidas adotará o Conselho para descobrir quem são os traidores da Ordem, já que podem ser quaisquer pessoas dentro de cada clã comandado pelos Manda-Chuvas? Conseguirão, os protagonistas, prender Pout ah Velh’a no seu Castelo-fortaleza-impenetrável-não-mais-guarnecido-por-trocentos-e-dois-soldados? Borgan conseguirá seu corpo de volta? Erca e Sinsalabim conseguirão esconder seu desejo incontrolável por naquinhos de porcos selvagens? Quem estará com o anel do Endo ? E onde foi parar o Pé-de-Mesa?
Muitas respostas estão por vir.
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