PÉ-DE-MESA, uma das arma mais cruéis de Só-Tem-Pedreira, ao alcance de suas mãos. Encomende já o seu.
domingo, 29 de março de 2009
MEU DEUS, ela já esta entre nós
PÉ-DE-MESA, uma das arma mais cruéis de Só-Tem-Pedreira, ao alcance de suas mãos. Encomende já o seu.
sábado, 14 de março de 2009
Os 12 Trabalhos de Sinsalabim - Capítulo 10: Sua Santidade, O Papa

Enquanto uns bandos de bostinhas ao comando do Poderoso Peru mostravam seus corpos besuntados por toda a cidade, Zema e os outros debatiam como levantar os lucros de seu estabelecimento agora sem Juli, Sinsalabim se preparava para capturar o maior dos porcos selvagens, Narisdito Mada e Lady tentava cumprir sua missão uma nova força despontava nos horizontes de Só-Tem-Pedreira, uma força jamais sentida, a força furiosa da religiosidade arrebentadora do monoteísmo de um só Deus e vários Santos que servem, entre outras coisas, pra achar as coisas que tu perde se tu recompensá-lo com 3 pulinhos depois.
Em um dos mais novos prédios de Metendo Ferro, a Igreja de Todas as Posições, um garotinho em seus trajes brancos e limpos acariciava a careca de um ser que transpirava fé e cativava a todos por onde passava.
-O senhor já não cansou de minhas caricias? Perguntou Curió Ingênuo.
-OHHHHHHHHHHH, o senhor esta no cééééééééééu meu amaaaaaaaaaaado, quero dizer, meu prestatiiiiiiiiiiivo coroiiiiiiiiiiiinha, e por hoooooooooje pode ir se refestelaaaaaaaaar no seu quartiiiiiiinhoooooooooo, - falou sua santidade com sua voz de dar sermão - tenho coisas importaaaaaaaaantes para fazer aqui na capitaaaaaaal, preciso me reuniiiiiiiiir com um dos grandes laraaaaaaaaaaapios da cidade e conseguiiiiiiiiiir seu apoio para aumentaaaaaar nossa influêêêêêêêêêênciiiiiiiiiiiaaaaaaa.
Após colocar seus trajes de sacerdote e encher-se com ouro que cobra em suas missas do Galo, entrou na carruagem ao lado de seus dois capangas que vestiam túnicas lilás e cheiravam a lavanda e foi em direção ao covil do Poderoso Peru, "Sam Bacanção, onde se cria o bixo solto, mas mesmo assim escondido".
Peru, com todos seus contatos já sabia da visita e estava esperando.
Quando a porta se abriu para a entrada dos visitantes um dos Florzinhas, com sua túnica cheirando a lavanda anunciou:
-Tenho a honra de trazer ou senhor Sua Santidade, o Papa Di IV.
-Bom dia Sua Santidade, em que posso ser útil?
O Papa sem mais delongas se aproximou do seu mais novo "servo” retirou um enorme pergaminho das vestes.
-Não sou de falar muuuuuuuuito, meu caaaaaaaaro....
-Ta chega, tu não ta na tua igrejinha pra fica falando com essa voz repetição de vogais que enche metade da frase só com letras repetidas, eu só estou te recebendo por educação e pra ver a beldade que são esses teus ajudantes, ou você acha que eu esqueci que você ainda realiza a horrível Missa do Galo ao invés de rezar pelo que realmente da sua vida pelo Natal, o Peru.
-Claro meu futuro súúúúúúúúúúúúúúúdito, ....
-Eu disse cheeeeeeeeeeeeeeeeeega - retaliou Peru no mesmo momento que seu poderosos guardas de elite, que vestiam apetrechos roxos e rosas da ultima coleção de inverno, mesmo tanto um calor do diabo naquele dia, apontaram duas enormes armas para o Papa.
-Ta booom, eu só venho a esse seu antro para pedir teu apoio nesta cidade, e para mostrar o que posso lhe oferecer está aqui o nosso calendário de festividades- e estendendo um pergaminho enorme para o mafioso, que de bate pronto começo a ler as coisas que importavam pra ele:
---Abril: Missa em homenagem ao nascimento dos perus. (Porque todos sabem que os perus nascem todos em abril)
...
---Agosto: Festa da Engorda do peru, com o show das Pinguins Safadas (freiras da nossa comunidade)
...
---23 de Dezembro: Ritual da escolha do peru escolhido para alimentar as crianças escolhidas do Orfanato Crianças-Não-Escolhidas.
---24 de Dezembro: O Abate, rutual em que os membros satanicos que se fazem de santos deramam o sangue do peru escolhido.
---25de Dezembro: Missa pela perda do Peru amado por todos, chamada de missa do Galo 2.
Após ler essa ultima celebração, peru não aguenta e rasga o calendário, e com fogo nos olhos expulsa Di IV de Sam Bacanção, promentendo que aquela cidade nunca será um antro religioso de monoteístas que adoram comer peru no Natal.
-Seu Deus nunca ira ser o deus dessa cidade.-proclamou Peru.
---
Sinsabim, depois de recuperar "O livro lrarânja do agente secreto calouro, para idiotas" o qual estava com a parte, ” como satisfazer uma vadia que é cúmplice do vilão com métodos de espião que come todas no filme" grudados, que estava de posse de um mendigo que deu uma surra em Sinsalabim quando o nosso herói tentou pegar o manual afirmando que lhe pertencia e, por sorte, o mendigo teve um ataque cardíaco e soltou ele (cortesia da ainda apaixonada Juli), preparava-se para caçar sua presa.
Mas como ele encontraria o maior, e possivelmente mais feroz porco selvagem e o levaria até seu tio para um dia, talvez, colocar novamente a mão em sua amada??
Sim, Sinsalabim (rimou) precisaria de ajuda, alguém que soubesse como um porco selvagem pensa, alguem que sentisse o que um porco selvagem sente..... Borgan, deveria pedir ajuda de seu antigo amigo para essa tarefa, mas precisaria ir até ele, isso significava sair novamente da cidade que lhe acolheu com pedras e chibatadas, teria de voltar para o interior, mas para isso precisaria de transporte rápido e eficiente.
A sorte as vezes dá as caras em Só-Tem-Pedreira no exato momento que pensou em transporte Vuco-Vuco passou sendo montado por um sujeito com túnica lilás e cheirando a lavanda que se dirigia à Igreja de Todas as Posições. Sinsalabim sabia o que tinha que fazer, tinha que entrar na Igreja e recuperar o jegue de Zema, porque senão tirariam suas tripas, e ele sabia o que Zema fazia com as tripas...
Rapidamente ele procurou inspiração em seu precioso manual de espionagem, para idiotas e mais uma vez ele foi útil, no capitulo descrito como: "Como Manipular as pessoas para elas fazerem o que você quer" pag. 887.
1- O método jedi: pode ser usado por jedis que possuam uma forte mente e tenham a força dentro de si - Força?? Mente??? Não, Sinsalabim não tinha essas coisas.
2- O método James Bondistico: consiste em usar um smoking e tem a lábia como força primaria e a tortura como ultima esperança - Esse era bom, pena que nosso herói não tem mais material para fazer um novo smoking.
3- O método financeiro: consiste em subornar o alvo com dinheiro, muito dinheiro - Até Sinsalabim sabia que essa não era uma opção.
4- O método da barganha: o mais fácil, é só você oferecer algo que ele queira em troca da sua ajuda - Era esse, método perfeito para Sinsalabim.
Assim, ele entrou na igreja que estava cheia de fieis e encontrou Curió Ingênuo ao lado de um careca que falava esticando as palavras e chamou o guri que parecia a alma que poderia ser mais facilmente manipulada.
-Ei garoto, vem cá, deixa eu te manipular.
Ingênuo viu a oportunidade de sair de perto do Papa e foi até Sinsalabim.
-O que o senhor deseja de mim, desde que não seja uma massagem na careca eu faço.
-Quero meu jegue de volta, é aquele ali, perto do cara de túnica lilás, eu faço qualquer coisa em troca!
-Aquele é o Chutz, ele diz que achou o jegue, mas eu não gosto dele, posso roubá-lo para o senhor se em troca você me levar junto e me esconder em baixo da sua asa!
Essa foi fácil, pensou Sinsalabim.
-Mas antes eu preciso de mais outra coisa...
Sempre tem um "mas", pensou nosso aventureiro.
Que coisa será essa?? Ingênuo será tão ingênuo assim e será manipulado tão facilmente?? Que perigos Sinsalabim enfrentará dentro desse lugar sacro??
quarta-feira, 11 de março de 2009
Os 12 Trabalhos de Sinsalabim - Capítulo 9: A zebra, a Lâmpada e o Cozinheiro
Uma cena clássica em filmes de suspense é aquela em que o herói ou a heroína da película corre do perigo e, de repente, tropeça numa pedra, numa raiz de árvore ou num objeto qualquer. Pois é, mas isso não acontece apenas com personagens bonzinhos, principalmente quando o fato ocorre em Só-Tem-Pedreira. Caso do Sadiboy que, vendo seus comparsas serem dominados, correu com suas calças (ou metade das calças, sei lá) na mão. Ao fugir de Sinsalabim, o sádico carcereiro tropeçou em uma pedra. Ele até conseguiu se recompor (até porque Sinsalabim também tropeçou na pedra), mas logo depois tropeçou numa raiz de árvore (sim, no subterrâneo) e em dezenas de objetos que não há necessidade de citar. Resumo da ópera: o destemido herói capturou o último Sadiboy.
Assim, o quarteto aprisionou os seus captores, trancaram-nos na cela e, como não havia mais prisioneiros para libertar, seguiram o corredor que saía da prisão - eles até pensaram em extrair informações dos Sadiboys, mas eles pareciam imunes a quaquer tipo de técnicas de interrogatório, e pareciam até gostar delas.
Quando chegaram ao fim do caminho, deram de cara com uma porta de madeira, à esquerda, e mais dois corredores, à frente e à direita. Como precisavam de um lugar para discutir os próximos movimentos, entraram na porta.No recinto não havia ninguém, apenas um monte de bugigangas. Muitas bugigangas. Bastante mesmo. E das mais variadas espécies.
- Ok - cochichou Roy - temos de dar o fora daqui.
- Beleza... - mas como? - indagou Chutum Umammuranga.
- Já sei! - exclamou Sinsalabim - vamos nos disfarçar de guardas e sair desse covil subterrâneo numa boa!
- Mas aqui nesse muquifo não tem uniformes... - replicou Lê Proso - vamos ter que achar outra coisa.
- Bem, achei aqui uma roupa de cozinheiro...acho que vai servir... - disse Roy.
- Pffff...essa tua coisa aí não engana ninguém! - exclamou Sinsalabim - saca só essa roupa de um cavalo com pijama que eu achei aqui!! Isso sim que é disfarce foda!
- Como assim, seu idiota! - replicou Roy - Para começo de conversa, isso aí é uma fantasia de uma zebra. Depois, como tu pretende enganar alguém com esse treco?
- Até que é legal... - comentou Lê Proso.
- Tu que não sabe das coisas...por acaso você já leu algum livro sobre espionagem? - perguntou Sinsalabim.
-Não... - respondeu o eremita.
- Exato!! Pois saiba que eu já decorei um volume inteiro sobre as mais avançadas técnicas de espionagem!! E para mim fica óbvio que essa tua roupa de agricultor...
- Cozinheiro.
- ...Cozinheiro é muito fraca! Ela mostra a sua identidade, o seu rosto! Com o disfarce de cavalo de pijama eu encubro a minha identidade! HA!! - finalizou um Sinsalabim todo cheio de si e vitorioso.
- Faz sentido... - ressaltou Lê Proso.
- Que seja! Vocês dois vestem esse troço aí e eu vou de cozinheiro! E tu, Chutum, tu vai como?
- Bem...é meio difícil achar roupa para o meu tamanho...só achei essa fantasia aqui de peso de papel e essa outra aqui de uma lâmpada de óleo... acho que vai ter que ser essa... - resignou-se o gnomo.
Roy estava prestes a explodir, mas conteve seus nervos e prosseguiu.
- Agora...como vamos sair desse lugar?
- Acho que devíamos nos separar... - opinou Sinsalabim.
- Separar!? Você está louc...
- Eu sou o espião profissional aqui. Se nos separarmos em duplas, triplicamos as chances de achar a saída!!
- Primeiro: as chances são duplicadas. Depois, como você pretende que as duplas se comuniquem, caso uma ache a saída?
- Talvez a gente fizesse um telefone com aquelas latas de ervilha e aquele rolo de barbante - opinou Lê Proso.
- Ou a gente podia fazer sinais de fumaça! - interveio o gnomo.
Cansado de tanta asneira, Roy não se conteve e simplesmente determinou:
- Na hora a gente vê... vamos só cair fora desse buraco.
Assim, o quarteto aprisionou os seus captores, trancaram-nos na cela e, como não havia mais prisioneiros para libertar, seguiram o corredor que saía da prisão - eles até pensaram em extrair informações dos Sadiboys, mas eles pareciam imunes a quaquer tipo de técnicas de interrogatório, e pareciam até gostar delas.
Quando chegaram ao fim do caminho, deram de cara com uma porta de madeira, à esquerda, e mais dois corredores, à frente e à direita. Como precisavam de um lugar para discutir os próximos movimentos, entraram na porta.No recinto não havia ninguém, apenas um monte de bugigangas. Muitas bugigangas. Bastante mesmo. E das mais variadas espécies.
- Ok - cochichou Roy - temos de dar o fora daqui.
- Beleza... - mas como? - indagou Chutum Umammuranga.
- Já sei! - exclamou Sinsalabim - vamos nos disfarçar de guardas e sair desse covil subterrâneo numa boa!
- Mas aqui nesse muquifo não tem uniformes... - replicou Lê Proso - vamos ter que achar outra coisa.
- Bem, achei aqui uma roupa de cozinheiro...acho que vai servir... - disse Roy.
- Pffff...essa tua coisa aí não engana ninguém! - exclamou Sinsalabim - saca só essa roupa de um cavalo com pijama que eu achei aqui!! Isso sim que é disfarce foda!
- Como assim, seu idiota! - replicou Roy - Para começo de conversa, isso aí é uma fantasia de uma zebra. Depois, como tu pretende enganar alguém com esse treco?
- Até que é legal... - comentou Lê Proso.
- Tu que não sabe das coisas...por acaso você já leu algum livro sobre espionagem? - perguntou Sinsalabim.
-Não... - respondeu o eremita.
- Exato!! Pois saiba que eu já decorei um volume inteiro sobre as mais avançadas técnicas de espionagem!! E para mim fica óbvio que essa tua roupa de agricultor...
- Cozinheiro.
- ...Cozinheiro é muito fraca! Ela mostra a sua identidade, o seu rosto! Com o disfarce de cavalo de pijama eu encubro a minha identidade! HA!! - finalizou um Sinsalabim todo cheio de si e vitorioso.
- Faz sentido... - ressaltou Lê Proso.
- Que seja! Vocês dois vestem esse troço aí e eu vou de cozinheiro! E tu, Chutum, tu vai como?
- Bem...é meio difícil achar roupa para o meu tamanho...só achei essa fantasia aqui de peso de papel e essa outra aqui de uma lâmpada de óleo... acho que vai ter que ser essa... - resignou-se o gnomo.
Roy estava prestes a explodir, mas conteve seus nervos e prosseguiu.
- Agora...como vamos sair desse lugar?
- Acho que devíamos nos separar... - opinou Sinsalabim.
- Separar!? Você está louc...
- Eu sou o espião profissional aqui. Se nos separarmos em duplas, triplicamos as chances de achar a saída!!
- Primeiro: as chances são duplicadas. Depois, como você pretende que as duplas se comuniquem, caso uma ache a saída?
- Talvez a gente fizesse um telefone com aquelas latas de ervilha e aquele rolo de barbante - opinou Lê Proso.
- Ou a gente podia fazer sinais de fumaça! - interveio o gnomo.
Cansado de tanta asneira, Roy não se conteve e simplesmente determinou:
- Na hora a gente vê... vamos só cair fora desse buraco.
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Após ter arrancado as informações que precisava dos arautos da seita Bamboonocoo, Lady Pena D'Morte se dirigiu imediatamente à casa de Pira Nha'pelo Rosa. E que casa. Uma mansão na realidade, situada no bairro nobre da cidade. Lady entrou no enorme terreno e bateu na porta e, segundos depois, uma mulher muito bem vestida atendeu:
- Oi...você é Pira Nha'pelo Rosa?
- Não, sou apenas a governanta...a madame está lá nos fundos da casa - respondeu a senhora.
- Eu gostaria de falar com ela...é muito importante. Pah Pai Mei me enviou. - anunciou Pena D'Morte.
A governanta corou imediatamente ao ouvir o nome do velho mestre, como se pensamentos que já haviam sido esquecidos voltassem à tona, mas se recompôs e por fim disse:
- Siga-me por favor. Levarei você até a madame.
Depois de um tempo caminhando entre os corredores grandiosamente decorados da mansão, a governanta apontou para uma velha senhora, sentada numa cadeira e jogando paciência.
- Pira Nha'pelo Rosa? - indagou Lady Pena D'Morte.
- Não...essa ali é a minha mãe... - só queria cumprimentá-la.
Meia hora depois, avançando pelos quartos do palacete, as duas encontraram uma senhora de uns 40 e poucos anos, que estava jogando bilhar em uma sala.
- Pira Nha'pelo Rosa? - perguntou novamente Lady Pena D'Morte.
- Não... essa é a cozinheira....
Mais alguns minuto depois, novamente as duas avistaram uma outra mulher, sorridente, que estava se dirigindo para os jardins da mansão.
- Pira Nha'pelo Rosa? - indagou Lady.
- Não... essa é a jardineira...
Lady Pena D'Morte já estava de irritada, mas ela ficaria preocupada se soubesse a gravidade de sua situação. Pois ela estava sendo observada. Sim. Juli Fog’Onorabo estava tramando algo para vingar-se. Pelo menos era isso que ela queria. Pois a situação dela não era das mais fáceis. Ela tinha que trabalhar...trabalhar muito... Só-Tem-Pedreira é um lugar cruel, é sempre bom frisar, e assim a aprendiz de ceifador é muitas vezes requisitada...
- Oi...você é Pira Nha'pelo Rosa?
- Não, sou apenas a governanta...a madame está lá nos fundos da casa - respondeu a senhora.
- Eu gostaria de falar com ela...é muito importante. Pah Pai Mei me enviou. - anunciou Pena D'Morte.
A governanta corou imediatamente ao ouvir o nome do velho mestre, como se pensamentos que já haviam sido esquecidos voltassem à tona, mas se recompôs e por fim disse:
- Siga-me por favor. Levarei você até a madame.
Depois de um tempo caminhando entre os corredores grandiosamente decorados da mansão, a governanta apontou para uma velha senhora, sentada numa cadeira e jogando paciência.
- Pira Nha'pelo Rosa? - indagou Lady Pena D'Morte.
- Não...essa ali é a minha mãe... - só queria cumprimentá-la.
Meia hora depois, avançando pelos quartos do palacete, as duas encontraram uma senhora de uns 40 e poucos anos, que estava jogando bilhar em uma sala.
- Pira Nha'pelo Rosa? - perguntou novamente Lady Pena D'Morte.
- Não... essa é a cozinheira....
Mais alguns minuto depois, novamente as duas avistaram uma outra mulher, sorridente, que estava se dirigindo para os jardins da mansão.
- Pira Nha'pelo Rosa? - indagou Lady.
- Não... essa é a jardineira...
Lady Pena D'Morte já estava de irritada, mas ela ficaria preocupada se soubesse a gravidade de sua situação. Pois ela estava sendo observada. Sim. Juli Fog’Onorabo estava tramando algo para vingar-se. Pelo menos era isso que ela queria. Pois a situação dela não era das mais fáceis. Ela tinha que trabalhar...trabalhar muito... Só-Tem-Pedreira é um lugar cruel, é sempre bom frisar, e assim a aprendiz de ceifador é muitas vezes requisitada...
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Roy e Chutum Umammuranga foram pelo corredor central e não encontraram resistência. O único problema foi quando um guarda pediu para acender a lâmpada para que ele conseguisse ler um pergaminho qualquer, mas um dia os cabelos de Chutum voltarão a crescer...
Enfim, logo depois desse imprevisto os dois acharam uma enorme escadaria circular, e subiram com grande afobação e euforia. Depois de subirem muito - mais que o necessário para chegar na superfície - a dupla se deparou com uma porta. Roy não demorou para derrubá-la com umas voadoras - o eremita sabe lutar particularmente bem - mas não foi a luz do dia que os dois encontraram.
Eles se depararam com uma pequena sala circular, com o limo tomando conta das paredes de pedra e, acorrentado na parede, um sujeito de cabelos e barba grisalhos.
- Quem é você - indagou a lâmpada falante.
- Simsalabutz- respondeu o sujeito.
Enfim, logo depois desse imprevisto os dois acharam uma enorme escadaria circular, e subiram com grande afobação e euforia. Depois de subirem muito - mais que o necessário para chegar na superfície - a dupla se deparou com uma porta. Roy não demorou para derrubá-la com umas voadoras - o eremita sabe lutar particularmente bem - mas não foi a luz do dia que os dois encontraram.
Eles se depararam com uma pequena sala circular, com o limo tomando conta das paredes de pedra e, acorrentado na parede, um sujeito de cabelos e barba grisalhos.
- Quem é você - indagou a lâmpada falante.
- Simsalabutz- respondeu o sujeito.
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A vida de Sinsalabim e Lê Proso não foi tão fácil. Primeiro que no interior da fantasia de zebra havia um fudum violento, já que não havia muito espaço para entrar ar - Lê Proso já estava acostumado, mas Sinsalabim sentia náuseas. E ainda, Cinco minutos depois de terem percorrido o corredor da direita eles se depararam com um guarda defendendo uma porta de ferro. Felizmente o soldado parecia ter tomado todas, mas o seu estado não o impediu de avistar os valentes heróis.
- Ic! Quiquié issu! Um...umi...uma...uma antílope!! - exclamou o guarda.
- Imita uma zebra aí!! - cochichou Lê Proso, que estava com a parte de trás da fantasia.
- Hmmmmm... BÉÉÉÉÉ!! - bradou Sinsalabim.
- Putz!! Issu aí num é barulhu di antílope não! - estranhou o bebum.
- Fazer o quê! Eu não sei imitar uma zebra! Além do mais eu queria ser um cavalo de pijama! - redarguiu Sinsalabim.
- O que você fez, seu animal! Não era para falar!! - berrou Lê.
- Ihhhh! Até a bunda du bicho fala!!IIICC!! - espantou-se o vigia.
- Não é o que parece... - tentou explicar-se Sinsalabim, sofrendo de forte enjoo.
- Não tem prubrema... eu volta e meia converso comigo mesmo também...é normal... - tranquilizou o sentinela.
- Ceeeerto... - respondeu a parte de trás da zebra, em tom sarcástico.
- Mas, me diz aí...que papo é esse di pilami...pijami...pizza...isso aí... - perguntou o soldado.
- Sabe como é - respondeu a zebra - as pessoas ficam impondo certos parâmetros e a gente tem que concordar... a sociedade não sabe compreender as nossas vontades, as nossas ambições, os nossos desejos.
- Cuncordo! Si tu qué ser um antílope feitu de pizza, tudo bem!! Salve!! - urrou o alcoolizado guarda.
- Salve!! - esbravejou o trazeiro da zebra.
- Salv-UUUAAAAAAAARRRRRGGGGG!!! - gorfou a zebra, claramente enjoada.
- Vamu tomá um drinki para celebrar a nossa liberdade!! Só não sei como eu faço com a bunda alí... eu boto a cerveja naquele buraquinho ali ou...
- Não temos tempo... - interrompeu a zebra - temos que passar por essa porta de qualquer jeito.
- Sem pubrema - falou o sentinela - eu não me importo... isso aqui é só um bico mesmo... na real eu trabalho numa taverna chamada Barril de Bó Stah.
- Então, adeus!! - relinchou a zebra.
- Até a vista!! - bramiu o traseiro da zebra.
- Fal...UUUUUAAAAAARRRRRGGGGGG!! - disse o guarda, emporcalhando toda o cavalo de pij...digo, zebra.
Depois de passarem pela porta, Sinsalabim e Lê Proso tiraram a fantasia - que estava fedendo - e deram de cara com mais dois corredores. Seguiram pelo da direita novamente e de repente entraram numa grande sala e ficaram estáticos de espanto. Pois ali naquele recinto encontraram, igualmente estáticos, o seu tio Sensaladim e mais um punhado de capangas. Todos ficaram se olhando por um tempo até que Sensaladim controlou o seu susto:
- Sobrinho... que agradável surpresa... - comentou.
- Cadê a Hera Ben' Sadik? - berrou o herói, se recompondo.
- Cativa num lugar secreto... - respondeu o velho - mas isso não importa! Nem quero saber como chegou aqui! O que me interessa é que você tem doze tarefas para cumprir e faltam dez!! Se não, nunca vera Hera novamente!! HAHAHAHAHAHA!!!
Sinsalabim nada fez, apenas ficou furioso porque sabia a verdade. Já Lê Proso também não fez nada, pois não sabia o que estava acontecendo.
- Mas vamos cortar o papo e ir direto para o que interessa: a terceira tarefa. - disse calmamente o eremita de araque - Na sua próxima missão, você terá que capturar Narisdito Mada, o porco selvagem gigante.
- Não parece grande coisa... - comentou o destemido aventureiro, tentando parecer corajoso.
- Veremos...BWAHAHAHAHAHAH!! - riu Sensaladim.
- Ic! Quiquié issu! Um...umi...uma...uma antílope!! - exclamou o guarda.
- Imita uma zebra aí!! - cochichou Lê Proso, que estava com a parte de trás da fantasia.
- Hmmmmm... BÉÉÉÉÉ!! - bradou Sinsalabim.
- Putz!! Issu aí num é barulhu di antílope não! - estranhou o bebum.
- Fazer o quê! Eu não sei imitar uma zebra! Além do mais eu queria ser um cavalo de pijama! - redarguiu Sinsalabim.
- O que você fez, seu animal! Não era para falar!! - berrou Lê.
- Ihhhh! Até a bunda du bicho fala!!IIICC!! - espantou-se o vigia.
- Não é o que parece... - tentou explicar-se Sinsalabim, sofrendo de forte enjoo.
- Não tem prubrema... eu volta e meia converso comigo mesmo também...é normal... - tranquilizou o sentinela.
- Ceeeerto... - respondeu a parte de trás da zebra, em tom sarcástico.
- Mas, me diz aí...que papo é esse di pilami...pijami...pizza...isso aí... - perguntou o soldado.
- Sabe como é - respondeu a zebra - as pessoas ficam impondo certos parâmetros e a gente tem que concordar... a sociedade não sabe compreender as nossas vontades, as nossas ambições, os nossos desejos.
- Cuncordo! Si tu qué ser um antílope feitu de pizza, tudo bem!! Salve!! - urrou o alcoolizado guarda.
- Salve!! - esbravejou o trazeiro da zebra.
- Salv-UUUAAAAAAAARRRRRGGGGG!!! - gorfou a zebra, claramente enjoada.
- Vamu tomá um drinki para celebrar a nossa liberdade!! Só não sei como eu faço com a bunda alí... eu boto a cerveja naquele buraquinho ali ou...
- Não temos tempo... - interrompeu a zebra - temos que passar por essa porta de qualquer jeito.
- Sem pubrema - falou o sentinela - eu não me importo... isso aqui é só um bico mesmo... na real eu trabalho numa taverna chamada Barril de Bó Stah.
- Então, adeus!! - relinchou a zebra.
- Até a vista!! - bramiu o traseiro da zebra.
- Fal...UUUUUAAAAAARRRRRGGGGGG!! - disse o guarda, emporcalhando toda o cavalo de pij...digo, zebra.
Depois de passarem pela porta, Sinsalabim e Lê Proso tiraram a fantasia - que estava fedendo - e deram de cara com mais dois corredores. Seguiram pelo da direita novamente e de repente entraram numa grande sala e ficaram estáticos de espanto. Pois ali naquele recinto encontraram, igualmente estáticos, o seu tio Sensaladim e mais um punhado de capangas. Todos ficaram se olhando por um tempo até que Sensaladim controlou o seu susto:
- Sobrinho... que agradável surpresa... - comentou.
- Cadê a Hera Ben' Sadik? - berrou o herói, se recompondo.
- Cativa num lugar secreto... - respondeu o velho - mas isso não importa! Nem quero saber como chegou aqui! O que me interessa é que você tem doze tarefas para cumprir e faltam dez!! Se não, nunca vera Hera novamente!! HAHAHAHAHAHA!!!
Sinsalabim nada fez, apenas ficou furioso porque sabia a verdade. Já Lê Proso também não fez nada, pois não sabia o que estava acontecendo.
- Mas vamos cortar o papo e ir direto para o que interessa: a terceira tarefa. - disse calmamente o eremita de araque - Na sua próxima missão, você terá que capturar Narisdito Mada, o porco selvagem gigante.
- Não parece grande coisa... - comentou o destemido aventureiro, tentando parecer corajoso.
- Veremos...BWAHAHAHAHAHAH!! - riu Sensaladim.
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E aí está a terceira tarefa. Será que Sinsalabim conseguirá escapar dessa? Será que o tio de Sinsalabim saíra vitorioso? Quem será Simsalabutz? E agora que Lady Pena D'Morte está prestes a encontrar Pira Nha'pelo Rosa, será que Juli Fog'Onorabo conseguirá efetuar a sua vingança? Continue ligado.
terça-feira, 3 de março de 2009
Os 12 Trabalhos de Sinsalabim - Capítulo 8: Do aprendiz de Ceifador
"A vida não passa de uma oportunidade de encontro; só depois da morte se dá a junção; os corpos apenas têm o abraço, as almas têm o enlace"
Victor Hugo
- Aquela vadia, sem consideração, eu tentando ajudar ela e como que me agradece?!?!?! Me decapita sem mais nem menos. Olha ali minha pobre cabeça separada do corpo. Ai...ai, isto não te incomoda muito?
- Nossa, cof...cof..., quase não iria dormir a noite, se por acaso eu dormisse, mas vamos lá você já se lamuriu o suficiente, tem outras almas que eu preciso buscar.
- Mas você não percebe que fim trágico eu tive?!?!?!? Ela...
- ...ela te matou sem mais nem menos, já sei, já sei você está me contando esta história a praticamente duas horas, cof...cof, mas fazer o que se já está morta e estão esperando sua alma lá e além do mais, você me prometeu que se eu ouvisse uma última vez seus lamúrios iria me acompanhar, não foi senhora.... (começou a consultar uma extensa lista que tirou da túnica preta) Juli Fog’Onorabo.
- Tá foi isso que eu prometi, mas aquela vaca merece o mesm....
- Sim, sim, como eu ia dizendo começamos o ritos fúnebres de Juli Fog’Onorabo, assassinada por Lady Pena D’Morte, causa mortis...(olhou para o corpo a sua frente) separação abrupta da massa encefálica do resto do corpo, agora por fim...
- NÃO!!!!! Eu faço qualquer coisa mas me de uma nova chance, não me deixe desaparecer.
- Por fim devemos dar o descanso eterno a esta pobre alma...
- Seu puto cê está me ouvindo!!!! QUALQUER COISA!!!!!!
- Ahn bem...qualquer coisa mesmo eu sendo um velho de 125678435677 anos? Heheheh
- Qualquer coisa.
- Heheheheh
- Vamos logo.
- Hhehehehhe
- Tah chega com as risadas.
- Ok.
Nisto o velho chega bem juntinho de Juli, que estava pronta para tudo menos o que iria acontecer. Ela achou melhor fechar os olhos. Logo sentiu que ele estava colado nela e sentiu algo duro e grosso em sua mão. E de repente sentiu a voz do velho sussurrando no seu ouvido:
-Me substitua.
-AHN?!?!?
- Exatamente o que você escutou, já passou a hora de me aposentar e preciso de alguém pra continuar a recolher as almas.
Juli olhou para o objeto na sua mão e reparou que a foice que o velho carregava estava agora na sua mão.
-Viu até mesmo a foice a aceitou, você pode mesmo me substituir.
Nisto a foice foi se transformando lentamente na mão de Juli, até que assumiu um formato estranho, algo que ela nunca tinha visto, mas inconsientemente sabia bem como funcionava. O objeto era de um rosa chocante (e para as mentes poluidas, não, não era um vibrador) com uma lâmina extremamente afiada, e logo que Juli deu a partida a lâmina começou a girar rapidamente.
- Que nome vai dar a ela? A minha antiga tinha o belo nome de A FOICE. Bom já que estamos acertados me acompanhe para começarmos o seu treinamento Juli Fog’Onorabo, aprendiz de Ceifador.
- SERRA ELÉTRICA.
- O quê?
- O nome do meu instrumento. SERRA ELÉTRICA. Hahhahaahhahah.
- É um nome interessante, creio que fiz uma ótima escolha pra sucessora. Heheheheheheh
- Hahahahahahahhahahahaha.
- Hehehehehehehhehehehehe.
- Hehehehehehhahahahahhahehehehehehehahhahahahahe;
---
- No três, a gente pega eles e começa a operação "Massagem Sensual nos Sadiboys"!- explicou Chutum Umamuranga que ficou responsável pelo plano.
- "Massagem Sensual nos Sadiboys"! Que porra de nome é esse? - exclamou Roy
- "Massagem do Mal nos Sadiboys", DO MAL, este é o nome correto, é que acho que meu cérebro ainda está meio fragilizado pela atuação deles.
- Sei...sei... - diz Roy com aquela cara de quem quer dizer "seu viadinho".
Mas num lampejo de inteligencia Sinsalabam deixa claro a sua dúvida:
- No já?
-Ahn?
- Vai ser no um, dois, três, já? Ou sem já? Tipo, só um, dois, três.
- Olha sinceramente eu não pensei nisto então do fundo do meu coração, vai se foder Sinsalabim com uma pergunta idiota destas.
- Tá eu vou me foder, mas vai ser no um, dois, três, já? Ou sem já?
Chutum Umamuranga estava pronto pra jogar um pedaço de carne estragada na cara de Sinsalabim, quando percebeu que aquela era a perna de Lê Proso, e achou melhor deixar pra lá.
Nisto logo chegaram os temido Sadiboys, prontos para a ação e logo que entraram na sala para escolher suas novas vítimas ouviu-se a contagem:
- Um, dois, três.
Nisto Roy e Chutum dominaram seus oponentes e lhes aplicaram a técnica de U-hu de massagem, Lê, agarrou-se a pernas de outro guarda e aplicou sua técnica de submission, Super Massagem no Dedão do Pé por Trás, e nisto Sinsalabim ficou paradão escorado na parede, enquanto o último Sadiboy, tentava desesperandamente fugir da cela para buscar reforços, nisto Chutum gritou desesperado pra Sinsalabim.
- JÁ, JÁ, JÁ!!!!!
Rapidamente Sinsalabim acordou de seu transe e foi em direção ao Sadiboy, mas infelizmente era tarde pois o Sadi jah tinha conseguido fugir da cela e corria desesperadamente, mas Sinsalabim não poderia desistir e correu com todas suas forças atrás da bunda de fora do Sadiboy.
---
- Vocês são os adoradores do Peru não são?!?!?!? - exclamava Lady Pena D'Morte, enquanto estrangulava com os braços um dos homens besuntados de sunga, que chegava no Barril de Bó Stah.
- Você acreditaria se dissessemos que somos surfistas, vindos de uma praia de nudismo, besuntados de óleo bronzeador?
- Ahn....deixa eu ver.......NÃO definitivamente não, aliás que droga é esta de surfista e nudismo, parece bom....ahn deixa pra lá o importante eh que não me enganam principalmente com estes naquinho de porco selvagem nas tanguinhas minusculas de vocês.
Nessa hora o pobre adorador se sentiu ofendido, mas achou melhor não prolongar a discussão:
- Ok, pode ser que eu tenha algo a ver com a seita Bamboonocoo, então o que você quer comigo?
- Contigo nada, eu apenas fiquei sabendo que vocês tiveram alguins problemas com uma pessoa chamada Pira Nha'pelo Rosa, e gostaria que me dissesse onde posso encontra-lá.
Achando que ia dar uma de esperto o pobre besuntado soltou uma piadinha;
- Não sei pergunta pra outro.
- Ok - disse lady enquanto quebrava o pescoço dele e se dirigia a outro besuntado que estava nocauteado por ali.
- Então quem vai começar a falar?
Rapidamente os outroos três disseram tudo que sabiam sobre a afamada Pira Nha'pelo Rosa.
---
- Aquela vadia, me espancou só por eu tentar dar uma descontraida.
- Na realidade mesmo, se você prestar bem atenção vai ver seu corpo parado ali em baixo, com a cabeça virada pra trás.
- Isto significa que eu morri?
- Muito espertinho da sua parte, mas não se preocupe eu sem bem como se sente, sei como é morrer para aquela vadia, mas não se preocupe eu ainda terei a minha vingança.
- E quanto a mim?
- Você pode me acompanhar, pro descanso eterno ou sejá o lá o que te aguarda. HAHAHHHAHAHAHAHAHAHHAHAHAHA
(som de uma serra elétrica ligando)
Meu Deus que loucura?!?!?! Será que Sinsalabim vai conseguir pegar a bunda de fora por trás?!?!?!? Será que Lady finalmente encontrará a afamada Pira Nha'pelo Rosa?!?!?!? Será que Juli Fog’Onorabo, aprendiz de Ceifador, vai conseguir sua vingança?!?!?!?!? Quantos deste persongagens sobreviverão ao post do Hellequin?!?!?!!?!?!? (desculpa mas eu não resisti a esta piada)
Victor Hugo
- Aquela vadia, sem consideração, eu tentando ajudar ela e como que me agradece?!?!?! Me decapita sem mais nem menos. Olha ali minha pobre cabeça separada do corpo. Ai...ai, isto não te incomoda muito?
- Nossa, cof...cof..., quase não iria dormir a noite, se por acaso eu dormisse, mas vamos lá você já se lamuriu o suficiente, tem outras almas que eu preciso buscar.
- Mas você não percebe que fim trágico eu tive?!?!?!? Ela...
- ...ela te matou sem mais nem menos, já sei, já sei você está me contando esta história a praticamente duas horas, cof...cof, mas fazer o que se já está morta e estão esperando sua alma lá e além do mais, você me prometeu que se eu ouvisse uma última vez seus lamúrios iria me acompanhar, não foi senhora.... (começou a consultar uma extensa lista que tirou da túnica preta) Juli Fog’Onorabo.
- Tá foi isso que eu prometi, mas aquela vaca merece o mesm....
- Sim, sim, como eu ia dizendo começamos o ritos fúnebres de Juli Fog’Onorabo, assassinada por Lady Pena D’Morte, causa mortis...(olhou para o corpo a sua frente) separação abrupta da massa encefálica do resto do corpo, agora por fim...
- NÃO!!!!! Eu faço qualquer coisa mas me de uma nova chance, não me deixe desaparecer.
- Por fim devemos dar o descanso eterno a esta pobre alma...
- Seu puto cê está me ouvindo!!!! QUALQUER COISA!!!!!!
- Ahn bem...qualquer coisa mesmo eu sendo um velho de 125678435677 anos? Heheheh
- Qualquer coisa.
- Heheheheh
- Vamos logo.
- Hhehehehhe
- Tah chega com as risadas.
- Ok.
Nisto o velho chega bem juntinho de Juli, que estava pronta para tudo menos o que iria acontecer. Ela achou melhor fechar os olhos. Logo sentiu que ele estava colado nela e sentiu algo duro e grosso em sua mão. E de repente sentiu a voz do velho sussurrando no seu ouvido:
-Me substitua.
-AHN?!?!?
- Exatamente o que você escutou, já passou a hora de me aposentar e preciso de alguém pra continuar a recolher as almas.
Juli olhou para o objeto na sua mão e reparou que a foice que o velho carregava estava agora na sua mão.
-Viu até mesmo a foice a aceitou, você pode mesmo me substituir.
Nisto a foice foi se transformando lentamente na mão de Juli, até que assumiu um formato estranho, algo que ela nunca tinha visto, mas inconsientemente sabia bem como funcionava. O objeto era de um rosa chocante (e para as mentes poluidas, não, não era um vibrador) com uma lâmina extremamente afiada, e logo que Juli deu a partida a lâmina começou a girar rapidamente.
- Que nome vai dar a ela? A minha antiga tinha o belo nome de A FOICE. Bom já que estamos acertados me acompanhe para começarmos o seu treinamento Juli Fog’Onorabo, aprendiz de Ceifador.
- SERRA ELÉTRICA.
- O quê?
- O nome do meu instrumento. SERRA ELÉTRICA. Hahhahaahhahah.
- É um nome interessante, creio que fiz uma ótima escolha pra sucessora. Heheheheheheh
- Hahahahahahahhahahahaha.
- Hehehehehehehhehehehehe.
- Hehehehehehhahahahahhahehehehehehehahhahahahahe;
---
- No três, a gente pega eles e começa a operação "Massagem Sensual nos Sadiboys"!- explicou Chutum Umamuranga que ficou responsável pelo plano.
- "Massagem Sensual nos Sadiboys"! Que porra de nome é esse? - exclamou Roy
- "Massagem do Mal nos Sadiboys", DO MAL, este é o nome correto, é que acho que meu cérebro ainda está meio fragilizado pela atuação deles.
- Sei...sei... - diz Roy com aquela cara de quem quer dizer "seu viadinho".
Mas num lampejo de inteligencia Sinsalabam deixa claro a sua dúvida:
- No já?
-Ahn?
- Vai ser no um, dois, três, já? Ou sem já? Tipo, só um, dois, três.
- Olha sinceramente eu não pensei nisto então do fundo do meu coração, vai se foder Sinsalabim com uma pergunta idiota destas.
- Tá eu vou me foder, mas vai ser no um, dois, três, já? Ou sem já?
Chutum Umamuranga estava pronto pra jogar um pedaço de carne estragada na cara de Sinsalabim, quando percebeu que aquela era a perna de Lê Proso, e achou melhor deixar pra lá.
Nisto logo chegaram os temido Sadiboys, prontos para a ação e logo que entraram na sala para escolher suas novas vítimas ouviu-se a contagem:
- Um, dois, três.
Nisto Roy e Chutum dominaram seus oponentes e lhes aplicaram a técnica de U-hu de massagem, Lê, agarrou-se a pernas de outro guarda e aplicou sua técnica de submission, Super Massagem no Dedão do Pé por Trás, e nisto Sinsalabim ficou paradão escorado na parede, enquanto o último Sadiboy, tentava desesperandamente fugir da cela para buscar reforços, nisto Chutum gritou desesperado pra Sinsalabim.
- JÁ, JÁ, JÁ!!!!!
Rapidamente Sinsalabim acordou de seu transe e foi em direção ao Sadiboy, mas infelizmente era tarde pois o Sadi jah tinha conseguido fugir da cela e corria desesperadamente, mas Sinsalabim não poderia desistir e correu com todas suas forças atrás da bunda de fora do Sadiboy.
---
- Vocês são os adoradores do Peru não são?!?!?!? - exclamava Lady Pena D'Morte, enquanto estrangulava com os braços um dos homens besuntados de sunga, que chegava no Barril de Bó Stah.
- Você acreditaria se dissessemos que somos surfistas, vindos de uma praia de nudismo, besuntados de óleo bronzeador?
- Ahn....deixa eu ver.......NÃO definitivamente não, aliás que droga é esta de surfista e nudismo, parece bom....ahn deixa pra lá o importante eh que não me enganam principalmente com estes naquinho de porco selvagem nas tanguinhas minusculas de vocês.
Nessa hora o pobre adorador se sentiu ofendido, mas achou melhor não prolongar a discussão:
- Ok, pode ser que eu tenha algo a ver com a seita Bamboonocoo, então o que você quer comigo?
- Contigo nada, eu apenas fiquei sabendo que vocês tiveram alguins problemas com uma pessoa chamada Pira Nha'pelo Rosa, e gostaria que me dissesse onde posso encontra-lá.
Achando que ia dar uma de esperto o pobre besuntado soltou uma piadinha;
- Não sei pergunta pra outro.
- Ok - disse lady enquanto quebrava o pescoço dele e se dirigia a outro besuntado que estava nocauteado por ali.
- Então quem vai começar a falar?
Rapidamente os outroos três disseram tudo que sabiam sobre a afamada Pira Nha'pelo Rosa.
---
- Aquela vadia, me espancou só por eu tentar dar uma descontraida.
- Na realidade mesmo, se você prestar bem atenção vai ver seu corpo parado ali em baixo, com a cabeça virada pra trás.
- Isto significa que eu morri?
- Muito espertinho da sua parte, mas não se preocupe eu sem bem como se sente, sei como é morrer para aquela vadia, mas não se preocupe eu ainda terei a minha vingança.
- E quanto a mim?
- Você pode me acompanhar, pro descanso eterno ou sejá o lá o que te aguarda. HAHAHHHAHAHAHAHAHAHHAHAHAHA
(som de uma serra elétrica ligando)
Meu Deus que loucura?!?!?! Será que Sinsalabim vai conseguir pegar a bunda de fora por trás?!?!?!? Será que Lady finalmente encontrará a afamada Pira Nha'pelo Rosa?!?!?!? Será que Juli Fog’Onorabo, aprendiz de Ceifador, vai conseguir sua vingança?!?!?!?!? Quantos deste persongagens sobreviverão ao post do Hellequin?!?!?!!?!?!? (desculpa mas eu não resisti a esta piada)
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009
Os 12 Trabalhos de Sinsalabim Cap. 7: Da Tragédia de Sinsalabim nos Antros Obscuros e Nefastos da Escuridão Mortal e Fétida dos Erros de Programação
"Na vingança e no amor a mulher é mais bárbara do que o homem." Friedrich Nietzsche
"- É uma longa história - Começou Roy – Quando tu saíste da Pedra da Picadura, eu tive que..."
- Não há... tempo, Roy... - Interrompeu Lê Proso, numa voz ainda mais desanimada e desanimadora - agora que temos mais gente... precisamos preparar uma rebelião e fugir daqui o mais rápido... possível.
Porém não foi Lê Proso que interrompeu Roy. Foi sua própria náusea. Lhe parecia que estavam pra subir pelo seu esôfago e serem vomitadas sua última refeição, os naquinhos de porco selvagem que teve como lanche, o seu coração, o seu próprio intestino que parecia estar virando do avesso, um Pé-de-Mesa, entre outras coisas...
Notando o estado lamentável de Roy e de Lê Proso, Sinsalabim prontamente ajudou Roy a recuperar-se. Lê Proso logo relaxou um pouco e evitou excitar-se mais para não provocar um possível enjôo. Roy recuperou-se após alguns minutos, e com calma disse:
- Nós temos tempo Lê Proso... poderemos escapar... hoje de noite...
E então Roy faz a sua enorme, longa narração sobre como chegou ali:
- Bom, eu tive que vir pra Metendo Ferro pois nós soubemos de alguém que estava ameaçando a Ordem de Malanderson... então os manda-chuvas me mandaram... aparentemente, os Porcos Selvagens são apenas equiparados em consumo e gosto do povão pelo Peru de Natal... e uma certa ordem, chefiada por um tal de Poderoso Peru, está incentivando o consumo de Porcos Selvagens para reduzir o consumo do Peru de Natal... um plano maquiavélico, e também uma afronta direta à Ordem de Malanderson!
-Então eles que te prenderam aqui??? Eu enf... eu vi enfrentarem esses caras, eles parecem perigosos (Sinsalabim ainda estava com a memória obscura, mas lembrava-se sobre não comentar qualquer coisa por algum motivo).
- Hã, não. Eu acabei encontrando um amigo pro qual tava devendo dinheiro faz um tempão e tinha me esquecido. Ele contratou uns caras, me pegaram pelas costas com um porrete (ih...) e acordei aqui. Ué, e tu? - Pergunta Roy.
- Que coincidência! Acho que fizeram o mesmo comigo... - responde Sinsalabim.
Ainda curioso em relação às companhias maquiavélicas de Roy, eles são interrompidos por um grupo do que aparentavam serem os carcereiros marchando em sua direção.
- OH NÃO! ELE NÃO ESTÁ PREPARADO, NÃO FAÇAM AQUILO COM ELE!!!!
- Pelo menos um deles acordou, submetam ele ao "tratamento" agora.
Quatro guardas bem treinados dominam Sinsalabim com armas no pescoço do pobre garotinho inocente e desarmado, que não entendia o que estava acontecendo.
Roy gritava e chorava por Sinsalabim, como uma mãe que tem seu filhote arrancado de si, avisando Sinsalabim:
-NÃO OLHE!!! NÃO OUÇA!!! NÃO IMAGINE!!! SALVE-SE SINSALABIM!!!!
Mas era tarde... Sinsalabim já estava curioso quando os guardas lhe contaram, como se estivessem ludibriando um pequeno bebê, que iam lhe demonstrar uma encenação de uma lenda esquecida... sobre duas mulheres (o que já deixou Sinsalabim excitado) e... um copo.
A cena fora censurada para a sanidade psicológica dos leitores.
Sinsalabim fora obrigado a assistir tudo. Vomitara não uma, nem duas, mas várias vezes. E o próprio vômito de Sinsalabim fora usado na encenação. Após isso fora levado de volta à sua cela, inconsciente.
Enquanto isso, na sala da liga da jus-... digo, enquanto isso, no Barril de Bó Stah...
Zéma Lockeiro adentrou o Barril de Bó Stah juntamente de Barri GaD'Cer Vejah, fulo da vida pelo fato deste último deixar sua melhor cortesã deixar o Barril D'Ouro (filial de Metendo Ferro). Queria ela de volta, pois sem Juli as rendas do Barril D'Ouro (filial de Metendo Ferro) cairiam pelo menos 20%. Lhe encaminharam até Bó Stah, que estava no jardim cuidando de suas plantas.
E Zéma, já em tom ameaçador, interroga:
- Onde está Juli Fog'Onorabo?! Eu fiquei sabendo que ela veio pra cá, quero falar com ela agora!
Ao que Bó Stah, lenta e calmamente, como se estivesse entupido na privada e não estivesse saindo de lá tão cedo, responde:
- Ela saiu com uma amiga... mas ela não mais será uma meretriz. Me desculpe Zéma, mas aparentemente ela achou o grande amor da vida dela. E você sabe como são esses jovens...
-Que beleza... ela estava radiante quando saiu da taverna, eu concordo com você Bó..-
concordou Barri.
-DIACHO! BELEZA O ESCAMBAU SEUS PUTOS! A renda do Barril D'Ouro (filial de Metendo Ferro) vai cair em pelo menos 20% sem a Juli! Nesses tempos de crise, assim não pode! Assim não dá!
- Ora Zéma, não lembra de quando nós éramos jovens e nos aventurávamos por ai? Não tem como segurar, deixa eles aproveitarem o momento! - argumenta Bó.
-Eu só queria saber quem é o viadinho pelo qual ela se apaixonou... é só matar um que eu tenho ela trabalhando pra mim de novo! - replica Zéma.
-Pois eu me lembro quem era o garotinho apaixonado pelo qual a gente percorreu meio mundo pra achar a amada - interpela Barri, ao que Zéma fica meio embaraçado.
-Pessoal, se acalmem e acomodem-se que ela deve voltar logo com aquela amiga dela...- encerra Bó.
Lady Pena D'Morte, sentindo cansaço e o peso no seu corpo por ter usado sua poderosa técnica, decidiu voltar ao lugar onde estava hospedando-se para refestelar-se novamente com a deliciosa papinha de Bo Stah. Ao chegar pelo jardim frontal, nota três roliços sentados em uma pequena mesa de madeira rústica, lhe observando. E então começa a escutar passos. Uma marcha. Alguns homens vestindo apenas tanguinhas vinham pelas suas costas (hmm!) em direção ao Barril de Bó Stah.
Sinsalabim havia acordado. Não sabia se era melhor ficar dormindo e ter possíveis pesadelos com o que acabara de ver, ou estar acordado para se lembrar constantemente. Agora entendia o que havia ocorrido com Roy e Lê Proso.
- Mas, quem são esses caras que nos prenderam??? E por que fizeram isso conosco???
- *cough cough*... são o Bando dos Sadiboys... eles fazem isso por prazer... eu temo que talvez torturas mais grotescas venham a seguir.. - explicou Roy.
-Malditos sadomasoquistas pervertidos! - exclama Lê Proso.
-Mas porra Batm-, digo, porra Roy, o que faremos pra sair daqui??? - pergunta Sinsalabim.
- Quando vierem pegar seu amigo pra tortura.. vamos aproveitar a chance... ao invés de machucá-los, eu creio que massageá-los machucará eles.. afinal, machucar nós já vimos que não adianta, eles gostam...
E agora? Será que o plano ridículo, imbecil e estapafúrdio de Roy irá funcionar??
Ou estará Sinsalabim condenado para o resto de sua vida??? E o Barril de Bó Stah???? Sobreviverá ao ataque dos comparsas do Poderoso Peru????? E Lady?????? Sobreviverá ela ao combate épico que está para ser travado no Barril de Bó Stah??????? E os erros de programação escrotos???????? Voltarão????????? E o número crescente de pontos de interrogação?????????? Continuará crescendo??????????? Provavelmente NÃO pra todas as perguntas acima, mas você JAMAIS saberá se não continuar lendo, concorda????????????
"- É uma longa história - Começou Roy – Quando tu saíste da Pedra da Picadura, eu tive que..."
- Não há... tempo, Roy... - Interrompeu Lê Proso, numa voz ainda mais desanimada e desanimadora - agora que temos mais gente... precisamos preparar uma rebelião e fugir daqui o mais rápido... possível.
Porém não foi Lê Proso que interrompeu Roy. Foi sua própria náusea. Lhe parecia que estavam pra subir pelo seu esôfago e serem vomitadas sua última refeição, os naquinhos de porco selvagem que teve como lanche, o seu coração, o seu próprio intestino que parecia estar virando do avesso, um Pé-de-Mesa, entre outras coisas...
Notando o estado lamentável de Roy e de Lê Proso, Sinsalabim prontamente ajudou Roy a recuperar-se. Lê Proso logo relaxou um pouco e evitou excitar-se mais para não provocar um possível enjôo. Roy recuperou-se após alguns minutos, e com calma disse:
- Nós temos tempo Lê Proso... poderemos escapar... hoje de noite...
E então Roy faz a sua enorme, longa narração sobre como chegou ali:
- Bom, eu tive que vir pra Metendo Ferro pois nós soubemos de alguém que estava ameaçando a Ordem de Malanderson... então os manda-chuvas me mandaram... aparentemente, os Porcos Selvagens são apenas equiparados em consumo e gosto do povão pelo Peru de Natal... e uma certa ordem, chefiada por um tal de Poderoso Peru, está incentivando o consumo de Porcos Selvagens para reduzir o consumo do Peru de Natal... um plano maquiavélico, e também uma afronta direta à Ordem de Malanderson!
-Então eles que te prenderam aqui??? Eu enf... eu vi enfrentarem esses caras, eles parecem perigosos (Sinsalabim ainda estava com a memória obscura, mas lembrava-se sobre não comentar qualquer coisa por algum motivo).
- Hã, não. Eu acabei encontrando um amigo pro qual tava devendo dinheiro faz um tempão e tinha me esquecido. Ele contratou uns caras, me pegaram pelas costas com um porrete (ih...) e acordei aqui. Ué, e tu? - Pergunta Roy.
- Que coincidência! Acho que fizeram o mesmo comigo... - responde Sinsalabim.
Ainda curioso em relação às companhias maquiavélicas de Roy, eles são interrompidos por um grupo do que aparentavam serem os carcereiros marchando em sua direção.
- OH NÃO! ELE NÃO ESTÁ PREPARADO, NÃO FAÇAM AQUILO COM ELE!!!!
- Pelo menos um deles acordou, submetam ele ao "tratamento" agora.
Quatro guardas bem treinados dominam Sinsalabim com armas no pescoço do pobre garotinho inocente e desarmado, que não entendia o que estava acontecendo.
Roy gritava e chorava por Sinsalabim, como uma mãe que tem seu filhote arrancado de si, avisando Sinsalabim:
-NÃO OLHE!!! NÃO OUÇA!!! NÃO IMAGINE!!! SALVE-SE SINSALABIM!!!!
Mas era tarde... Sinsalabim já estava curioso quando os guardas lhe contaram, como se estivessem ludibriando um pequeno bebê, que iam lhe demonstrar uma encenação de uma lenda esquecida... sobre duas mulheres (o que já deixou Sinsalabim excitado) e... um copo.
A cena fora censurada para a sanidade psicológica dos leitores.
Sinsalabim fora obrigado a assistir tudo. Vomitara não uma, nem duas, mas várias vezes. E o próprio vômito de Sinsalabim fora usado na encenação. Após isso fora levado de volta à sua cela, inconsciente.
Enquanto isso, na sala da liga da jus-... digo, enquanto isso, no Barril de Bó Stah...
Zéma Lockeiro adentrou o Barril de Bó Stah juntamente de Barri GaD'Cer Vejah, fulo da vida pelo fato deste último deixar sua melhor cortesã deixar o Barril D'Ouro (filial de Metendo Ferro). Queria ela de volta, pois sem Juli as rendas do Barril D'Ouro (filial de Metendo Ferro) cairiam pelo menos 20%. Lhe encaminharam até Bó Stah, que estava no jardim cuidando de suas plantas.
E Zéma, já em tom ameaçador, interroga:
- Onde está Juli Fog'Onorabo?! Eu fiquei sabendo que ela veio pra cá, quero falar com ela agora!
Ao que Bó Stah, lenta e calmamente, como se estivesse entupido na privada e não estivesse saindo de lá tão cedo, responde:
- Ela saiu com uma amiga... mas ela não mais será uma meretriz. Me desculpe Zéma, mas aparentemente ela achou o grande amor da vida dela. E você sabe como são esses jovens...
-Que beleza... ela estava radiante quando saiu da taverna, eu concordo com você Bó..-
concordou Barri.
-DIACHO! BELEZA O ESCAMBAU SEUS PUTOS! A renda do Barril D'Ouro (filial de Metendo Ferro) vai cair em pelo menos 20% sem a Juli! Nesses tempos de crise, assim não pode! Assim não dá!
- Ora Zéma, não lembra de quando nós éramos jovens e nos aventurávamos por ai? Não tem como segurar, deixa eles aproveitarem o momento! - argumenta Bó.
-Eu só queria saber quem é o viadinho pelo qual ela se apaixonou... é só matar um que eu tenho ela trabalhando pra mim de novo! - replica Zéma.
-Pois eu me lembro quem era o garotinho apaixonado pelo qual a gente percorreu meio mundo pra achar a amada - interpela Barri, ao que Zéma fica meio embaraçado.
-Pessoal, se acalmem e acomodem-se que ela deve voltar logo com aquela amiga dela...- encerra Bó.
Lady Pena D'Morte, sentindo cansaço e o peso no seu corpo por ter usado sua poderosa técnica, decidiu voltar ao lugar onde estava hospedando-se para refestelar-se novamente com a deliciosa papinha de Bo Stah. Ao chegar pelo jardim frontal, nota três roliços sentados em uma pequena mesa de madeira rústica, lhe observando. E então começa a escutar passos. Uma marcha. Alguns homens vestindo apenas tanguinhas vinham pelas suas costas (hmm!) em direção ao Barril de Bó Stah.
Sinsalabim havia acordado. Não sabia se era melhor ficar dormindo e ter possíveis pesadelos com o que acabara de ver, ou estar acordado para se lembrar constantemente. Agora entendia o que havia ocorrido com Roy e Lê Proso.
- Mas, quem são esses caras que nos prenderam??? E por que fizeram isso conosco???
- *cough cough*... são o Bando dos Sadiboys... eles fazem isso por prazer... eu temo que talvez torturas mais grotescas venham a seguir.. - explicou Roy.
-Malditos sadomasoquistas pervertidos! - exclama Lê Proso.
-Mas porra Batm-, digo, porra Roy, o que faremos pra sair daqui??? - pergunta Sinsalabim.
- Quando vierem pegar seu amigo pra tortura.. vamos aproveitar a chance... ao invés de machucá-los, eu creio que massageá-los machucará eles.. afinal, machucar nós já vimos que não adianta, eles gostam...
E agora? Será que o plano ridículo, imbecil e estapafúrdio de Roy irá funcionar??
Ou estará Sinsalabim condenado para o resto de sua vida??? E o Barril de Bó Stah???? Sobreviverá ao ataque dos comparsas do Poderoso Peru????? E Lady?????? Sobreviverá ela ao combate épico que está para ser travado no Barril de Bó Stah??????? E os erros de programação escrotos???????? Voltarão????????? E o número crescente de pontos de interrogação?????????? Continuará crescendo??????????? Provavelmente NÃO pra todas as perguntas acima, mas você JAMAIS saberá se não continuar lendo, concorda????????????
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
Sobre a falha na programação
Devido a uma pequena falha na programação, chamamos dois de nossos autores para esclarecem aos leitores as possíveis causas do problema:
Hellequin: Olha eu não sei o que aconteceu estava chegando numa parte muito importante da história onde Sinsalabim ia fazer (CENSURADO), dae Lady ia (CENSURADO) e ia acabar aparecendo (CENSURADO). Mas do nada a transmissão de dados acabou, e perdi minha vez de postar.
Kamikaze: Mas você tem que admitir que seu post estava meio sanguinolento demais, nossos leitores infantis poderiam ficar traumatizados.
Hellequin: Mas esta violência era necessária para o bom andamento da história.
Kamikaze: Bom andamento?!?!?!? Você matou sem a menor piedade a pobre da Juli Fog’Onorabo, você sabe quantos planos eu tinha para ela?!?!?!?!?
Hellequin: Cara, mas foi por uma boa causa.
Kamikaze: BOA CAUSA você diz, mas não bastasse lacerar minha querida personagem, você transtornou toda a personalidade da reformulada Lady Pena D'Morte.
Hellequin: Mas agora ela está uma personagem mais legal, parecida com a que eu criei.
Kamikaze: Que seja. Mas você podia ter parado por aí. Mas não...tu ainda não estava contente com isso...eu que dei toda uma atenção a pobre da CARVÃO (a espada), que você além de errar o nome dela, fez com que ela não servisse para nada, e pra finalizar com chave de ouro, a destruiu (ela mal durou 6 posts).
Hellequin: Mas então você não gostou do meu post?!?!?!?
Kamikaze: Se eu gostei?!!?!?!? Quem você acha que cortou a transmissão?
Hellequin: HA então foi você!!!!
Kamikaze: Droga!!! Fui manipulado.... Mas sim fui eu mesmo, eu acabei com a transmissão antes que ela acabasse com tudo que eu havia planejado. No fundo eu sei que o que fiz foi errado, prometo não fazer de novo. Você me desculpa?
Hellequin: Ok, desta vez passa.
Kamikaze: Já que estamos "numa tranquila", me diga, você gosta mesmo de escrever das alucinações da Lady e principalmente da maldade de Só-Tem-Pedreira, não?
Hellequin: Ahh gosto sim, mas porquê?
Kamikaze: Nada, nada, só curiosidade meu amigo. (olhar maligno, seguido de risada mais maligna ainda)
Com isso terminamos a explicação do misterioso problema, fiquem atentos nos próximos posts.
HUAHUHAUHAUHAHUAHUHAUHAUHAUUAHUAHUAH.
Hellequin: Olha eu não sei o que aconteceu estava chegando numa parte muito importante da história onde Sinsalabim ia fazer (CENSURADO), dae Lady ia (CENSURADO) e ia acabar aparecendo (CENSURADO). Mas do nada a transmissão de dados acabou, e perdi minha vez de postar.
Kamikaze: Mas você tem que admitir que seu post estava meio sanguinolento demais, nossos leitores infantis poderiam ficar traumatizados.
Hellequin: Mas esta violência era necessária para o bom andamento da história.
Kamikaze: Bom andamento?!?!?!? Você matou sem a menor piedade a pobre da Juli Fog’Onorabo, você sabe quantos planos eu tinha para ela?!?!?!?!?
Hellequin: Cara, mas foi por uma boa causa.
Kamikaze: BOA CAUSA você diz, mas não bastasse lacerar minha querida personagem, você transtornou toda a personalidade da reformulada Lady Pena D'Morte.
Hellequin: Mas agora ela está uma personagem mais legal, parecida com a que eu criei.
Kamikaze: Que seja. Mas você podia ter parado por aí. Mas não...tu ainda não estava contente com isso...eu que dei toda uma atenção a pobre da CARVÃO (a espada), que você além de errar o nome dela, fez com que ela não servisse para nada, e pra finalizar com chave de ouro, a destruiu (ela mal durou 6 posts).
Hellequin: Mas então você não gostou do meu post?!?!?!?
Kamikaze: Se eu gostei?!!?!?!? Quem você acha que cortou a transmissão?
Hellequin: HA então foi você!!!!
Kamikaze: Droga!!! Fui manipulado.... Mas sim fui eu mesmo, eu acabei com a transmissão antes que ela acabasse com tudo que eu havia planejado. No fundo eu sei que o que fiz foi errado, prometo não fazer de novo. Você me desculpa?
Hellequin: Ok, desta vez passa.
Kamikaze: Já que estamos "numa tranquila", me diga, você gosta mesmo de escrever das alucinações da Lady e principalmente da maldade de Só-Tem-Pedreira, não?
Hellequin: Ahh gosto sim, mas porquê?
Kamikaze: Nada, nada, só curiosidade meu amigo. (olhar maligno, seguido de risada mais maligna ainda)
Com isso terminamos a explicação do misterioso problema, fiquem atentos nos próximos posts.
HUAHUHAUHAUHAHUAHUHAUHAUHAUUAHUAHUAH.
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
Os 12 Trabalhos de Sinsalabim - Capítulo 6: Particularidades
... No dia anterior.
Uma nesga de luz atravessava as lonas das arestas superiores, descobrindo o anfiteatro em meia penumbra. Era uma Casa da Alta Aristocracia, com várias cadeiras, que terminava em um estrado com duas cortinas vermelhas.
À noite, os cadafalsos estariam cheio de pessoas correndo de um lado para outro, cantando coisas bizarras em forma de melodias e encenando histórias pitorescas. Mas, por ora, Lady Pena D’Morte se encontrava neste estrado, bastante ocupada - pensando se aquilo seria algum tipo de pelourinho para àqueles que tinham dinheiro demais para saber aonde investir, e que se reuniam para jogar uma rodada de chicotadas na conta de algum figurão rico e “joiado”. Descartou essa hipótese, quase a tempo de perceber sete indivíduos sentados nos balaústres do hangar superior da Casa de Ópera:
- ‘Ma Che! Ce incontramo dinovo, é?’ - Perguntou um velho no camarote central
- Que está acontecendo? - Indagou Lady, já temendo a resposta.
- ‘Brutta bestia! Non ve che noi siamo tutti tuoi Conseglieri?!’ - Exclamou uma segunda voz.
- ‘Tutti’ o quê?! - Disse Pena D’Morte, sem entender nada.
- ‘Caspita! Io vado a ti explicare:
- ‘Questo é Giurbbo Sale, di Venezza’;
- ‘Questa é Zudia di Mine, di Campi da Concientrazione’;
- ‘Questo é Seucen Todoy, il Orientale Maldito’;
- ‘Quello é Il Cattário, di Milano’;
- ‘Quella é Vercagnone, la Porca Puttana;
- Quell é Unnabai Tabbicciona, una baita bicciona;
- E noi siamo Chiuppe and Paullsen. – Finalizaram os dois irmãos.
- Ahh! – compreendeu Lady – É tipo aquela vez no Japão?
- Si! Che nem quella vez nel Giappone! – Exclamou Il Cattário.
- Siamo tua concsienza! – Completou Zudia di Mine.
Lady Pena D’Morte, entendia, mas não compreendia o porquê de ter sido convocada novamente pelo conselho, entretanto resolveu verbalizar seu turbilhão complexo de pensamentos:
- Mas por que eu fui chamada? - Apelou nossa heroína.
- Perché Cinsalabinno corre perigo! Deve, segui-lo e salvá-lo di tutti il Male del Mondo. – Explicou Vercagnone.
- Como assim, perigo? – Estupefez-se Lady.
- Mantegna Salabinno Proteggido, questa é tua missione. – retumbaram Chiuppe and Paullsen.
- Mas o que devo fazer? – D’Morte começava achar que iria acabar fazendo perguntas demais para as respostas de menos que iria ter, então resolveu esperar para ver o que iria acontecer.
Mas, ao invés de explicações, Pena se viu submersa em uma interminável quantidade de perguntas e dúvidas, porque a cena ia ficando enevoada, enquanto uma voz agredia sua cabeça, como um tenor em seus tempos áureos:
- Vinceròòò.... VIN - CE – RÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒ!!!
Lady Pena D’Morte, acordou na cama do que parecia ser um complexo prostibulesco. A cena lhe parecia vagamente familiar, pois lhe estavam dando a papinha de uma cambuca de madeira. Claro que a papinha estava muito mais apetitosa que da última vez, e nossa protagonista se refestelava sempre que o conteúdo aquecido do caldo encontrava suas papilas gustativas. E no lugar de um fétido Pah Pai Mei, havia uma mulher esbelta e muito prestativa segurando a colher:
- Aonde estou? – Perguntou uma atônita Lady Pena D’Morte.
- No Barril de Bó Stah. – Respondeu a exuberante criatura.
- O maior prostíbulo de Metendo Ferro? – Perguntou D’Morte.
- Isto. Mas é também a melhor taberna-hospedaria, pena que a sua fama de casa noturna se espalhe mais facilmente do que a de tabernáculo.
- Por que será? – ironizou Lady, não sentindo muito interesse na conversa vindoura.
- O dono andava me devendo uns favores, por isso estou hospedada aqui até achar um lugar para morar. Deixei meu trabalho recentemente, sabe.
- Bah! Que papinha mais deliciosa, essa! – Exclamou Lady, sem dar a mínima para a história da moça.
- E é. Feita de Porco Selvagem! – Empenhou-se a explicar – Entre nós aqui: parece que o dono andou surrupiando a receita secreta de um taberneiro de uma vila do interior. Se fosse eu quem tivesse minha culinária roubada, daria uns bons murros no ladrão.
- Ahh, com certeza. – disse Lady, com o ânimo de uma velha que acaba de colocar um fim na conversa. Mas logo se apressou -...o que aconteceu? Por que estou aqui?
- Foi este saquinho de polvilhos estragados que tu comeste, sabe, a mandioca tem propriedades tóxicas e, se não for moída direito, o polvilho pode ser venenoso.
- Certo... – Falou Lady, sem demonstrar o mínimo de entusiasmo. – De qualquer forma, obrigada por cuidar de mim, mas preciso encontrar meu amado, preciso salvá-lo!
- Jura?! Que coincidência, eu também procuro meu prometido! Como é bom estar apaixonada, não é mesmo? Parece até que tenho lombrigas no meu estômago! – Deleitou-se a jovem.
- Hmm... não seriam “borboletas no estômago?” – Corrigiu D’Morte.
- É. Pode ser. Acho que essas solitárias estão me subindo à cabeça – disse mulher, na medida em que dava pequenas pancadinhas em sua barriga. - no bom sentido, é claro. – Apressou-se.
Lady ficou pensando em qual seria o bom sentido de solitárias lhe subindo à cabeça, mas reservou esse pensamento, e, ao invés disso, disparou:
- Mas então! Ainda não nos apresentamos! Sou Lady Pena D’Morte – Sorriu.
- Prazer – Respondeu, de pronto - sou Juli Fog’Onorabo.
Seria interessante, agora, se o sorriso estampado à pouco no rosto de Lady fosse lentamente se azedando até chegar a uma expressão amarelada e retorcida na face da bela personagem. Mas como ela não tinha conhecimento da história de Juli e Salabim, manteve debilmente o sorriso na cara.
- Vamos dar uma volta. – Sugeriu Onorabo.
D’Morte assentiu.
Já era noite em Só-Tem-Pedreira. E assim lá se foram, ambas, atravessar os jardins floridos de Barril de Bó Stah. O próprio Bó Stah, que estava rastelando a grama, parou para olhar aquelas duas beldades enquanto saíam pelos portões para ir, desavisadas, passear nos becos escuros de Metendo Ferro.
- Me fale de seu amado. – Continuou D’Morte, agora já sentindo uma certa simpatia pela moça.
- Ai, ai.- suspirou Juli - Tantas coisas. Ele me presenteou com a melhor noite da minha vida. E me salvou de brutamontes deliciosos, digo, musculosos, acredita?
- Sei bem como é. – Assentiu Lady. Mas na realidade ela não sabia como era. Não tinha a menor idéia, porque até agora, o máximo que Salabim fizera por ela fora jogá-la de um precipício. Duas vezes. Mas, ainda assim, ela amava aquele bastardo.
- Qual o nome dele? – Perguntou D’Morte.
- Ah, é um nome bobinho. Tu vais até rir. Quero dizer, ele é meio tímido, mas eu realmente faria qualquer coisa para reencontrar Sinsalabim.
“.S-I-N-S-A-L-A-B-I-M.”
Essa simples combinação grotesca de letras atingiu Lady Pena D’Morte como um ferro em brasas. E no breu dos becos da capital, algo latente despertou em Lady, suscitando, por um instante, seus instintos mais enfadonhos. Algo inerente à sua antiga personalidade.
Sem hesitar, Desembainhou Pé-de-Mesa e caminhou lentamente em direção à jovem, que agora lançava olhares nervosos para o tarugo em suas mãos. Deu dois passos à frente, ergueu o toco de madeira, girou-o no ar, e, ignorando os gritos de terror da moçoila tão bem quanto as leis da física, projetou o tacape em um pranchaço certeiro, lambendo de fora a fora, a traquéia de Juli Fog’Onorabo. O Barulho seco da madeira encontrando osso e cartilagem ecoou no beco, e a única coisa que se distinguia em meio ao sangue que esguichava do corpo, era a cabeça voadora de Juli, que descreveu um arco comprido, até aterrissar no tanque de lavagem dos porcos de um taverneiro qualquer.
Lady fez um muxoxo.
- Acho que vou rebatizá-lo de Decapitator 3000! Hahahaha...Hahahaha - regozijou-se D’Morte, olhando para o Pé-de-Mesa, enquanto banhava-se no sangue inocente da moça.
Assim a figura de Lady Pena D’Morte fugiu, correndo pela noite escura da Capital. E em sua fuga, percebera que não estava arrependida de seus atos hediondos e sua consciência não a atormentava por ter assassinado tão vil e impiedosamente uma jovem do qual seu único crime fora amar. Não. Tampouco estava pesarosa ou palpitando em remorso, pois, de agora em diante, qualquer coisa que ficasse entre ela e seu amado encontraria nada senão o oblívio. E nesse dia, Lady Pena D’Morte descobriu que era ciumenta.
Sexta-Feira – 13h 45min
Desespero. É o que veria qualquer um que tivesse a chance de espiar a expressão de Sinsalabim no momento em que Paula Tejando, a verduga mais eficaz das Loucas Fornicadoras, acabava de soprar bolhinhas de sabão no rosto de Sinsalabim
E deus sabe, fazia tempo que Sinsalabim não presenteava suas pregas vocais com um grito tão estridente, lacerante e agonizante como o que acabara de soltar:
- SANTO ANTÔNIO DA PATRULHA! – Urrou Salabim com os olhos cheios de lágrimas e sabão - ISSO ARDE PRA DEDÉU!
- HAHAHA! Essa argolinha de sabão que tu tinhas, é realmente eficiente, meu jovem, realmente eficiente! – Exclamou maquiavelicamente Paula Tejando, antes de completar – e então... vai colaborar conosco?
Sinsalabim estava prestes a começar ser um bom garoto, mas antes que pudesse falar alguma coisa, a voz de Chutum Umamuranga, pode ser ouvida detrás de uma dúzia velhas que o prendiam e riam de modo um tanto suspeito:
- Não! Não me diga que... – Começou Umamuranga antevendo seu destino - ...não...não...a paçoquinha não...NÃÃÃOO!!!
Sinsalabim engoliu em seco, antes de disparar:
- O que vocês querem de mim? Eu não tenho nada a oferecer! Sou um pé-rapado, sem dinheiro nem pertences! – defendeu-se nosso herói.
- Tens razão – ponderou Paula, e percebeu que realmente nosso valente herói não tinha nada para oferecer – Acho que é melhor matá-lo de uma vez, pelo menos suas tripas terão alguma serventia, BWAHUAHUA!!!
E concluindo suas palavras, aproximou-se de Sinsalabim com uma já conhecida tesoura de circuncisão:
- Ha! É impossível cortar o que já foi torado! - Refestelou-se Salabim.
- Calado! – ordenou Tejando - Isso vai ser mais divertido do que aparenta.
Mas Paula nunca teve a oportunidade de mostrar seus dotes crudelísticos, pois, no exato instante em que se preparava para usar a tesourinha, ouviu-se um estrondo vindo da porta.
Era ela, Lady Pena D’Morte. Havia chegado para trazer a mais pura desgraça aos fracos e oprimidos. Sinsalabim não conseguia ver nada, pois sua cabeça estava sendo segurada à mesa por Paula. E, antes que os reflexos retardados da velha pudessem fazer alguma coisa, Lady começou a dançar algo que lembrava muito o “Passo do Elefantinho”, e então, com voracidade lançou sua técnica mais implacável: o Golpe dos Cinco-Pontos-Que-Explodem-Cinquenta-Coisas Aleatóriamente.
Antes que Salabim pudesse sequer fechar os olhos, houve um clarão, e após disso, restou somente a contagem das baixas.
O golpe foi sagaz, cortando, esmagando e partindo as primeiras coisas que via pelo caminho: os primeiros a sentir a força dos Cinco-Pontos foi uma família de ratazanas que tentavam filar um rango ali por perto, e sem dó nem piedade os 4 roedores foram reto ao chão. Dentre outras coisas estavam:
- 5 Baratas;
- Meia dúzia de piolhos;
- A coleção completa de álbuns do Bon Jovi que estava em uma caixa ao lado do aparelho de som;
- O próprio aparelho de som
- A Cabeça de Paula Tejando;
- O novo Aparato das Velhas;
- três brinquedinhos muito suspeitos de uma prateleira;
- a prateleira;
- os bracinhos de Paula Tejando;
- um chinelo velho;
- um engradado de SchinCola;
- um tijolo da parede;
- a tesourinha de circuncisão;
- as perninhas de Paula Tejando;
- uma lingerie;
- as 4 mulheres gordas e velhas que estavam na sala;
- um pênis de borracha.
Então, muito inesperadamente, a energia que o golpe usaria para acabar com a existência de uma dúzia de outros objetos e/ou seres vivos, foi canalizada para um objeto em especial. E, como varejeiras atraídas pelo estrume fresco, um último raio de energia acertou em cheio o Pé-de-Mesa, desintegrando-se nas mãos de Lady, que agiu como se acabasse de perder sua caneta:
- Droga, com mais alguns ajustes e ele daria um bom coçador de costas – Lamentou-se – Mas e agora, aonde irei encontrar outro desses? – Perguntou, ignorando a existência da mesa de madeira que estava a dois passos de distância. Então, em um passe, superou a perda de sua arma e desviou o foco de seus pensamentos:
“Mesmo assim, isso é muito divertido – pensou D’Morte – Tenho que usar esse golpe mais vezes!” Mas mudou logo de idéia quando viu os corpos estendidos no chão, e lembrou-se de que aleatoriamente não era uma condição muito favorável para a sua segurança, ou a de Sinsalabim.
Nosso valente herói tivera a impressão de que vira alguém no recinto, mas ainda estava atordoado pela força do golpe, e quando se levantou, viu apenas um estupefato Chutum Umamuranga com os olhos arregalados e, no mesmo instante, a expressão de surpresa passou a tomar conta do semblante de Salabim, também.
- Uau! Cara, foi tu? – Admirou-se Salabim.
Umamuranga parecia espantado demais para responder, mas antes que deixasse seus sentimentos lhe enganarem, adiantou-se:
- Eu disse que não queria a porcaria da paçoquinha, diacho!
- Do caneco esse teu Raduken! - Exclamou Sinsalabim.
- E é. Então elas te pegaram também?
- Pois é, eu estava vindo te socorrer.
- Ah! Então tu não está aqui por ter dado uns ‘pega’ na irmã caçula da Paula, eh?
- Irmã caçula? – Perguntou Sinsalabim.
- Isso mesmo, era aquela ali ó – Apontou Chutum para uma velha moribunda no chão.
- Como assim? – Exitou Salabim (Rimou!)
- Ela mesmo – respondeu Umamuranga cheio de si – dois aninhos mais nova e um ‘corpitcho’ que é uma tetéia, que achas?
Nosso herói resolveu ignorar o gosto peculiar de Chutum, e lembrou-se de que deveria estar de volta na espelunca de sua taberna até o anoitecer, posto que hoje era dia do “tiro à cereja”. Mas antes, iria visitar Véiues Croto e Curoal Oprada para saber de seu próximo trabalho.
Mas Só-Tem-Pedreira é um lugar Cruel.
Muitos dizem que o Mal não dorme à noite, pois está sempre na espreita, vigilante como um corvo à carnificina. Ledo engano. Os seres mais perigosos são aqueles que têm uma boa e farta noite de sono: Átila, o Huno hibernava durante o inverno; Saladino dormia maravilhosamente bem com suas 160 mulheres, e Júlio Cesar acordava às 11. Pois é nas noites tranqüilas que os sonhos mais criativos surgem. E com certeza, os sonhos de Só-Tem-Pedreira não remetem a coelhinhos saltitantes. Não, eles são a encarnação da mais pura maldade.
Sinsalabim chegou ao pardieiro do Círculo de Sábios, levando Umamuranga, que insistiu em conhecer os sábios Anciões. Mas chegando lá, encontraram apenas um bilhete fixo à porta trancada:
“Meninu qui içquecemu u nomi,
Incontri arguém qui póça, pruquê, infilismenti num pudêmu maiz ajudá ocê cum us trabáio.
Us homi tão atráiz di nóiz. Nunca maiz nus prucuri.
Mas antis vamu fazê uma urtima prufeçia procê:
‘Córri pruquê elis tão atrais di tu também’ ”
- Mas que f... – começou Sinsalabim, já xingando os velhos em pensamento, entretanto, nunca teve tempo de concluir seus maldizeres, pois, uma voz vinda de suas costas o fez girar nos calcanhares, só para perceber Chutum Umamuranga imobilizado por 4 capangas enquanto outros 3 vinham em sua direção com o maior porrete que já vira na vida.
Então tudo ficou escuro.
Uma nesga de luz atravessava as lonas das arestas superiores, descobrindo o anfiteatro em meia penumbra. Era uma Casa da Alta Aristocracia, com várias cadeiras, que terminava em um estrado com duas cortinas vermelhas.
À noite, os cadafalsos estariam cheio de pessoas correndo de um lado para outro, cantando coisas bizarras em forma de melodias e encenando histórias pitorescas. Mas, por ora, Lady Pena D’Morte se encontrava neste estrado, bastante ocupada - pensando se aquilo seria algum tipo de pelourinho para àqueles que tinham dinheiro demais para saber aonde investir, e que se reuniam para jogar uma rodada de chicotadas na conta de algum figurão rico e “joiado”. Descartou essa hipótese, quase a tempo de perceber sete indivíduos sentados nos balaústres do hangar superior da Casa de Ópera:
- ‘Ma Che! Ce incontramo dinovo, é?’ - Perguntou um velho no camarote central
- Que está acontecendo? - Indagou Lady, já temendo a resposta.
- ‘Brutta bestia! Non ve che noi siamo tutti tuoi Conseglieri?!’ - Exclamou uma segunda voz.
- ‘Tutti’ o quê?! - Disse Pena D’Morte, sem entender nada.
- ‘Caspita! Io vado a ti explicare:
- ‘Questo é Giurbbo Sale, di Venezza’;
- ‘Questa é Zudia di Mine, di Campi da Concientrazione’;
- ‘Questo é Seucen Todoy, il Orientale Maldito’;
- ‘Quello é Il Cattário, di Milano’;
- ‘Quella é Vercagnone, la Porca Puttana;
- Quell é Unnabai Tabbicciona, una baita bicciona;
- E noi siamo Chiuppe and Paullsen. – Finalizaram os dois irmãos.
- Ahh! – compreendeu Lady – É tipo aquela vez no Japão?
- Si! Che nem quella vez nel Giappone! – Exclamou Il Cattário.
- Siamo tua concsienza! – Completou Zudia di Mine.
Lady Pena D’Morte, entendia, mas não compreendia o porquê de ter sido convocada novamente pelo conselho, entretanto resolveu verbalizar seu turbilhão complexo de pensamentos:
- Mas por que eu fui chamada? - Apelou nossa heroína.
- Perché Cinsalabinno corre perigo! Deve, segui-lo e salvá-lo di tutti il Male del Mondo. – Explicou Vercagnone.
- Como assim, perigo? – Estupefez-se Lady.
- Mantegna Salabinno Proteggido, questa é tua missione. – retumbaram Chiuppe and Paullsen.
- Mas o que devo fazer? – D’Morte começava achar que iria acabar fazendo perguntas demais para as respostas de menos que iria ter, então resolveu esperar para ver o que iria acontecer.
Mas, ao invés de explicações, Pena se viu submersa em uma interminável quantidade de perguntas e dúvidas, porque a cena ia ficando enevoada, enquanto uma voz agredia sua cabeça, como um tenor em seus tempos áureos:
- Vinceròòò.... VIN - CE – RÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒÒ!!!
Lady Pena D’Morte, acordou na cama do que parecia ser um complexo prostibulesco. A cena lhe parecia vagamente familiar, pois lhe estavam dando a papinha de uma cambuca de madeira. Claro que a papinha estava muito mais apetitosa que da última vez, e nossa protagonista se refestelava sempre que o conteúdo aquecido do caldo encontrava suas papilas gustativas. E no lugar de um fétido Pah Pai Mei, havia uma mulher esbelta e muito prestativa segurando a colher:
- Aonde estou? – Perguntou uma atônita Lady Pena D’Morte.
- No Barril de Bó Stah. – Respondeu a exuberante criatura.
- O maior prostíbulo de Metendo Ferro? – Perguntou D’Morte.
- Isto. Mas é também a melhor taberna-hospedaria, pena que a sua fama de casa noturna se espalhe mais facilmente do que a de tabernáculo.
- Por que será? – ironizou Lady, não sentindo muito interesse na conversa vindoura.
- O dono andava me devendo uns favores, por isso estou hospedada aqui até achar um lugar para morar. Deixei meu trabalho recentemente, sabe.
- Bah! Que papinha mais deliciosa, essa! – Exclamou Lady, sem dar a mínima para a história da moça.
- E é. Feita de Porco Selvagem! – Empenhou-se a explicar – Entre nós aqui: parece que o dono andou surrupiando a receita secreta de um taberneiro de uma vila do interior. Se fosse eu quem tivesse minha culinária roubada, daria uns bons murros no ladrão.
- Ahh, com certeza. – disse Lady, com o ânimo de uma velha que acaba de colocar um fim na conversa. Mas logo se apressou -...o que aconteceu? Por que estou aqui?
- Foi este saquinho de polvilhos estragados que tu comeste, sabe, a mandioca tem propriedades tóxicas e, se não for moída direito, o polvilho pode ser venenoso.
- Certo... – Falou Lady, sem demonstrar o mínimo de entusiasmo. – De qualquer forma, obrigada por cuidar de mim, mas preciso encontrar meu amado, preciso salvá-lo!
- Jura?! Que coincidência, eu também procuro meu prometido! Como é bom estar apaixonada, não é mesmo? Parece até que tenho lombrigas no meu estômago! – Deleitou-se a jovem.
- Hmm... não seriam “borboletas no estômago?” – Corrigiu D’Morte.
- É. Pode ser. Acho que essas solitárias estão me subindo à cabeça – disse mulher, na medida em que dava pequenas pancadinhas em sua barriga. - no bom sentido, é claro. – Apressou-se.
Lady ficou pensando em qual seria o bom sentido de solitárias lhe subindo à cabeça, mas reservou esse pensamento, e, ao invés disso, disparou:
- Mas então! Ainda não nos apresentamos! Sou Lady Pena D’Morte – Sorriu.
- Prazer – Respondeu, de pronto - sou Juli Fog’Onorabo.
Seria interessante, agora, se o sorriso estampado à pouco no rosto de Lady fosse lentamente se azedando até chegar a uma expressão amarelada e retorcida na face da bela personagem. Mas como ela não tinha conhecimento da história de Juli e Salabim, manteve debilmente o sorriso na cara.
- Vamos dar uma volta. – Sugeriu Onorabo.
D’Morte assentiu.
Já era noite em Só-Tem-Pedreira. E assim lá se foram, ambas, atravessar os jardins floridos de Barril de Bó Stah. O próprio Bó Stah, que estava rastelando a grama, parou para olhar aquelas duas beldades enquanto saíam pelos portões para ir, desavisadas, passear nos becos escuros de Metendo Ferro.
- Me fale de seu amado. – Continuou D’Morte, agora já sentindo uma certa simpatia pela moça.
- Ai, ai.- suspirou Juli - Tantas coisas. Ele me presenteou com a melhor noite da minha vida. E me salvou de brutamontes deliciosos, digo, musculosos, acredita?
- Sei bem como é. – Assentiu Lady. Mas na realidade ela não sabia como era. Não tinha a menor idéia, porque até agora, o máximo que Salabim fizera por ela fora jogá-la de um precipício. Duas vezes. Mas, ainda assim, ela amava aquele bastardo.
- Qual o nome dele? – Perguntou D’Morte.
- Ah, é um nome bobinho. Tu vais até rir. Quero dizer, ele é meio tímido, mas eu realmente faria qualquer coisa para reencontrar Sinsalabim.
“.S-I-N-S-A-L-A-B-I-M.”
Essa simples combinação grotesca de letras atingiu Lady Pena D’Morte como um ferro em brasas. E no breu dos becos da capital, algo latente despertou em Lady, suscitando, por um instante, seus instintos mais enfadonhos. Algo inerente à sua antiga personalidade.
Sem hesitar, Desembainhou Pé-de-Mesa e caminhou lentamente em direção à jovem, que agora lançava olhares nervosos para o tarugo em suas mãos. Deu dois passos à frente, ergueu o toco de madeira, girou-o no ar, e, ignorando os gritos de terror da moçoila tão bem quanto as leis da física, projetou o tacape em um pranchaço certeiro, lambendo de fora a fora, a traquéia de Juli Fog’Onorabo. O Barulho seco da madeira encontrando osso e cartilagem ecoou no beco, e a única coisa que se distinguia em meio ao sangue que esguichava do corpo, era a cabeça voadora de Juli, que descreveu um arco comprido, até aterrissar no tanque de lavagem dos porcos de um taverneiro qualquer.
Lady fez um muxoxo.
- Acho que vou rebatizá-lo de Decapitator 3000! Hahahaha...Hahahaha - regozijou-se D’Morte, olhando para o Pé-de-Mesa, enquanto banhava-se no sangue inocente da moça.
Assim a figura de Lady Pena D’Morte fugiu, correndo pela noite escura da Capital. E em sua fuga, percebera que não estava arrependida de seus atos hediondos e sua consciência não a atormentava por ter assassinado tão vil e impiedosamente uma jovem do qual seu único crime fora amar. Não. Tampouco estava pesarosa ou palpitando em remorso, pois, de agora em diante, qualquer coisa que ficasse entre ela e seu amado encontraria nada senão o oblívio. E nesse dia, Lady Pena D’Morte descobriu que era ciumenta.
Sexta-Feira – 13h 45min
Desespero. É o que veria qualquer um que tivesse a chance de espiar a expressão de Sinsalabim no momento em que Paula Tejando, a verduga mais eficaz das Loucas Fornicadoras, acabava de soprar bolhinhas de sabão no rosto de Sinsalabim
E deus sabe, fazia tempo que Sinsalabim não presenteava suas pregas vocais com um grito tão estridente, lacerante e agonizante como o que acabara de soltar:
- SANTO ANTÔNIO DA PATRULHA! – Urrou Salabim com os olhos cheios de lágrimas e sabão - ISSO ARDE PRA DEDÉU!
- HAHAHA! Essa argolinha de sabão que tu tinhas, é realmente eficiente, meu jovem, realmente eficiente! – Exclamou maquiavelicamente Paula Tejando, antes de completar – e então... vai colaborar conosco?
Sinsalabim estava prestes a começar ser um bom garoto, mas antes que pudesse falar alguma coisa, a voz de Chutum Umamuranga, pode ser ouvida detrás de uma dúzia velhas que o prendiam e riam de modo um tanto suspeito:
- Não! Não me diga que... – Começou Umamuranga antevendo seu destino - ...não...não...a paçoquinha não...NÃÃÃOO!!!
Sinsalabim engoliu em seco, antes de disparar:
- O que vocês querem de mim? Eu não tenho nada a oferecer! Sou um pé-rapado, sem dinheiro nem pertences! – defendeu-se nosso herói.
- Tens razão – ponderou Paula, e percebeu que realmente nosso valente herói não tinha nada para oferecer – Acho que é melhor matá-lo de uma vez, pelo menos suas tripas terão alguma serventia, BWAHUAHUA!!!
E concluindo suas palavras, aproximou-se de Sinsalabim com uma já conhecida tesoura de circuncisão:
- Ha! É impossível cortar o que já foi torado! - Refestelou-se Salabim.
- Calado! – ordenou Tejando - Isso vai ser mais divertido do que aparenta.
Mas Paula nunca teve a oportunidade de mostrar seus dotes crudelísticos, pois, no exato instante em que se preparava para usar a tesourinha, ouviu-se um estrondo vindo da porta.
Era ela, Lady Pena D’Morte. Havia chegado para trazer a mais pura desgraça aos fracos e oprimidos. Sinsalabim não conseguia ver nada, pois sua cabeça estava sendo segurada à mesa por Paula. E, antes que os reflexos retardados da velha pudessem fazer alguma coisa, Lady começou a dançar algo que lembrava muito o “Passo do Elefantinho”, e então, com voracidade lançou sua técnica mais implacável: o Golpe dos Cinco-Pontos-Que-Explodem-Cinquenta-Coisas Aleatóriamente.
Antes que Salabim pudesse sequer fechar os olhos, houve um clarão, e após disso, restou somente a contagem das baixas.
O golpe foi sagaz, cortando, esmagando e partindo as primeiras coisas que via pelo caminho: os primeiros a sentir a força dos Cinco-Pontos foi uma família de ratazanas que tentavam filar um rango ali por perto, e sem dó nem piedade os 4 roedores foram reto ao chão. Dentre outras coisas estavam:
- 5 Baratas;
- Meia dúzia de piolhos;
- A coleção completa de álbuns do Bon Jovi que estava em uma caixa ao lado do aparelho de som;
- O próprio aparelho de som
- A Cabeça de Paula Tejando;
- O novo Aparato das Velhas;
- três brinquedinhos muito suspeitos de uma prateleira;
- a prateleira;
- os bracinhos de Paula Tejando;
- um chinelo velho;
- um engradado de SchinCola;
- um tijolo da parede;
- a tesourinha de circuncisão;
- as perninhas de Paula Tejando;
- uma lingerie;
- as 4 mulheres gordas e velhas que estavam na sala;
- um pênis de borracha.
Então, muito inesperadamente, a energia que o golpe usaria para acabar com a existência de uma dúzia de outros objetos e/ou seres vivos, foi canalizada para um objeto em especial. E, como varejeiras atraídas pelo estrume fresco, um último raio de energia acertou em cheio o Pé-de-Mesa, desintegrando-se nas mãos de Lady, que agiu como se acabasse de perder sua caneta:
- Droga, com mais alguns ajustes e ele daria um bom coçador de costas – Lamentou-se – Mas e agora, aonde irei encontrar outro desses? – Perguntou, ignorando a existência da mesa de madeira que estava a dois passos de distância. Então, em um passe, superou a perda de sua arma e desviou o foco de seus pensamentos:
“Mesmo assim, isso é muito divertido – pensou D’Morte – Tenho que usar esse golpe mais vezes!” Mas mudou logo de idéia quando viu os corpos estendidos no chão, e lembrou-se de que aleatoriamente não era uma condição muito favorável para a sua segurança, ou a de Sinsalabim.
Nosso valente herói tivera a impressão de que vira alguém no recinto, mas ainda estava atordoado pela força do golpe, e quando se levantou, viu apenas um estupefato Chutum Umamuranga com os olhos arregalados e, no mesmo instante, a expressão de surpresa passou a tomar conta do semblante de Salabim, também.
- Uau! Cara, foi tu? – Admirou-se Salabim.
Umamuranga parecia espantado demais para responder, mas antes que deixasse seus sentimentos lhe enganarem, adiantou-se:
- Eu disse que não queria a porcaria da paçoquinha, diacho!
- Do caneco esse teu Raduken! - Exclamou Sinsalabim.
- E é. Então elas te pegaram também?
- Pois é, eu estava vindo te socorrer.
- Ah! Então tu não está aqui por ter dado uns ‘pega’ na irmã caçula da Paula, eh?
- Irmã caçula? – Perguntou Sinsalabim.
- Isso mesmo, era aquela ali ó – Apontou Chutum para uma velha moribunda no chão.
- Como assim? – Exitou Salabim (Rimou!)
- Ela mesmo – respondeu Umamuranga cheio de si – dois aninhos mais nova e um ‘corpitcho’ que é uma tetéia, que achas?
Nosso herói resolveu ignorar o gosto peculiar de Chutum, e lembrou-se de que deveria estar de volta na espelunca de sua taberna até o anoitecer, posto que hoje era dia do “tiro à cereja”. Mas antes, iria visitar Véiues Croto e Curoal Oprada para saber de seu próximo trabalho.
Mas Só-Tem-Pedreira é um lugar Cruel.
Muitos dizem que o Mal não dorme à noite, pois está sempre na espreita, vigilante como um corvo à carnificina. Ledo engano. Os seres mais perigosos são aqueles que têm uma boa e farta noite de sono: Átila, o Huno hibernava durante o inverno; Saladino dormia maravilhosamente bem com suas 160 mulheres, e Júlio Cesar acordava às 11. Pois é nas noites tranqüilas que os sonhos mais criativos surgem. E com certeza, os sonhos de Só-Tem-Pedreira não remetem a coelhinhos saltitantes. Não, eles são a encarnação da mais pura maldade.
Sinsalabim chegou ao pardieiro do Círculo de Sábios, levando Umamuranga, que insistiu em conhecer os sábios Anciões. Mas chegando lá, encontraram apenas um bilhete fixo à porta trancada:
“Meninu qui içquecemu u nomi,
Incontri arguém qui póça, pruquê, infilismenti num pudêmu maiz ajudá ocê cum us trabáio.
Us homi tão atráiz di nóiz. Nunca maiz nus prucuri.
Mas antis vamu fazê uma urtima prufeçia procê:
‘Córri pruquê elis tão atrais di tu também’ ”
- Mas que f... – começou Sinsalabim, já xingando os velhos em pensamento, entretanto, nunca teve tempo de concluir seus maldizeres, pois, uma voz vinda de suas costas o fez girar nos calcanhares, só para perceber Chutum Umamuranga imobilizado por 4 capangas enquanto outros 3 vinham em sua direção com o maior porrete que já vira na vida.
Então tudo ficou escuro.
Sexta-Feira - Horário Indefinido
Salabim acordou com algo nojento pingando em sua cabeça. Chutum Umamuranga ainda se encontrava desmaiado num canto. Estava escuro, e a única coisa que percebeu foi que estava preso em uma cela nos subterrâneos. Escutava o barulho de carroças e pessoas passando em cima do teto da masmorra e assumiu que, pelo movimento, deveria estar embaixo de alguma feira ou mercado. O líquido escorria pelo teto e o cheiro nauseabundo do local fechado o deixava atordoado. Olhou em volta e percebeu que havia mais celas, mas não pode dizer se estavam ou não sendo ocupadas, porém, quando se virou, viu uma figura sentada devaneando em um banquinho no fundo do encarcere.
- Roy? – Exclamou Sinsalabim.
- ROY?! É VOCÊ? – perguntou novamente.
- Sinsalabim? – perguntou atônita a figura, voltando-se para a voz que acabara de lhe chamar – Como é que...- começou, mas fora interpelado por um outro sujeito:
- Porra Roy, é sempre assim, porque tu não me deixa dormir um pouco para variar? – e quando viu que Salabim estava de pé, acrescentou em uma voz nem um pouco animadora – Ah, então você acordou.
- E quem és tu, ó fétido dorminhoco? – Perguntou Salabim, tentando ser imponente.
- Sou Lê Proso – respondeu o homem, pondo-se de pé. Era um cara alto, com a barba por fazer, com o corte de cabelo a fazer e com as unhas também por fazer. As roupas do corpo não tinham sido costuradas direito, de modo que, pode se dizer, também estavam por fazer. Pensando bem, havia muito que ser feito com o pobre e coitado sujeito.
- Prazer, sou Sinsalabim. E aquele ali – Falou, apontando para a carcaça do gnomo – É Chutum Umamuranga. - Em seguida continuou:
- O que vocês fazem aqui?
- É uma longa história- Começou Roy – Quando tu saíste da Pedra da Picadura, eu tive quec c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c
(AVISO: PROGRAMAÇÃO INTERROMPIDA)
Desculpem-nos o transtorno. Devido uma falha técnica estaremos suspendendo temporariamente a continuação deste episódio.
Assim que o problema for resolvido, continuaremos a transmissão.
OBRIGADO PELA COMPREENSÃO.
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
Os 12 Trabahos de Sinsalabim - Capítulo 5: Meu Nome é Salabim, Simsalabim
Nosso destemido herói Sinsalabim estava em Alfa Centauro. Não porque estava entorpecido pelos chás de cogumelos de Véiues Croto e Curoal Oprada, mas porque finalmente estava seguro que teria uma missão fácil pela frente. Depois de ter penado para conseguir traçar Juli Fog' Onorabo no Barril de Ouro (filial, é sempre importante lembrar), a próxima tarefa para resolver seria resgatar Chutum Umamuranga da gangue das Loucas Fornicadoras. "Empreitada Fácil" pensava Sinsalabim. "Essas mulheres devem ser um bando de gostosas, e daí é só chegar lá, saciar elas e pronto!"
Com esse panorama fixado em sua mente, Sinsalabim foi consultar o chefe da milícia de Metendo Ferro, o capitão Porrad N'apinha, no forte central.
-Capitão...queria saber onde fica o reduto das Loucas Fornicadoras - perguntou o curioso aventureiro.
-E por quê você quer ir até lá? - perguntou o oficial.
-Eu tenho que resgatar um parceiro, e de quebra quero fazer uma orgia com elas...
-Tu tá loco meu guri?! - retrucou espantado o capitão - Aquelas velhas só tem pelanca, e são malvadas e impiedosas. Você não quer se meter com elas.
-Então elas não são gostosas?
-Claro que não!
-Sem peitos grandes?
-Hmmm...NÃO!
-E têm maldade no coração?
-Com Certeza! Tá vendo o sargento alí? - o capitão apontou para um sujeito sentado que tremia constantemente, e sua cara de terror era assustadora. - Bem...o sargento um dia foi fazer a ronda lá pelas bandas do reduto das Loucas Fornicadoras e voltou assim! Nem quero imaginar o que aquelas velhotas taradas fizeram com ele!!! Por isso, eu te aconselho a ficar longe daqueles dragões e suas roupas de couro!
Depois de seu encontro com o Capitão, Sinsalabim mudou drasticamente de comportamento. Estava depressivo, desiludido. O que fazer? Antes pensava que ia faturar legal....mas a realidade se mostrou diferente, e ele não estava a fim de enlouquecer, vítima das estripulias sexuais de um bando de coroas.
Mas então... suas esperanças voltaram. Sim. Ali no latão de lixo, no beco. Em meio à fraldas usadas e restos podres de comida, em meio ao fedor nauseabundo, ele encontrou uma saída. Uma saída na forma de um livro: "O livro lrarânja do agente secreto calouro, para idiotas".
Tudo bem que tinha um erro ortográfico...e que a capa do livro era verde, mas fora isso, ali estava a resposta para entrar no covil da gangue das Loucas Fornicadoras na maciota e salvar Chutum Umamuranga. Sinsalabim nem titubeou: já abriu o livro para mergulhar no mundo da espionagem. O volume começava assim:
"Você é um idiota?"
-Sim - respondeu Sinsalabim.
"Você quer ser uma agente secreto?"
-Sim!! - tornou a exclamar o herói.
"Então você está lendo a coisa certa!"
-Urra! - gritou Sinsalaba, espantado com a sua vocação para a espionagem.
"Ok! Agora que você está imantado com o espírito do agente secreto, vamos ao trabalho! A primeira coisa a fazer é vestir um terno maneiro e besuntar o cabelo com um gel de primeira."
E agora? Sinsalabim não tinha nenhum terno, e não sabia o que era "gel". Desesperado, o valente herói pensou em ir até um alfaiate, mas o problema é que não tinha dinheiro. Então, ele teve a brilhante idéia de consultar o livro novamente.
"Se você precisa de um terno, mas não tem dinheiro, aqui está um passo-a-passo ilustrativo para você fazer o seu próprio terno! É só seguir as instruções!"
Então, com muito esforço, Sinsalabim conseguiu fazer um terno com alguns sacos de lixo, bigode de vira-lata e esterco de mosca. Mas ainda precisava de gel. Porém o livro possuía uma lista de fornecedores de fundo-de-quintal que conseguiam um gel tarja-preta à prazo, e então esse obstáculo foi solucionado rapidamente.
"Agora o próximo passo é se armar! Todo agente secreto deve estar preparado para o pior! Então, aqui vai uma lista de armas que serão úteis em qualquer buraco em que você possa se meter! (para ver como a qualidade do livro não era das melhores, não havia na lista o item 'pé-de-mesa')."
Como Sinsalabim estava durango, ele teve que catar na rua alguns dos itens da lista, ou seja: uma faca no estilo Rambo (a que Sinsalabim pegou era uma espadinha do "Pula Pirata"), um nunchako (Sinsalabim conseguiu achar uma corda de pular surrada) e uma zarabatana dos Pigmeus da Floresta com dardos envenenados (no caso, aquelas argolinhas para fazer bolhas de sabão deram para o gasto).
No livro constava ainda uns capítulos sobre contatos orientais, Batcavernas e "companheiros que só servem para ser presos e/ou traírem você no meio da missão", mas não havia tempo, e então Sinsalabim foi direto para a parte do "invadir o local, matar todo mundo, pegar a mocinha e ir em direção ao pôr-do-sol".
Mas para fazer isso, Sinsalabim tinha que ir até o local do reduto da gangue das Loucas Fornicadoras, ou seja, um edifício condenado no norte de Metendo Ferro. Chegando lá, viu na entrada do local uma dupla de velhotas vestindo casacos de couro, munidas de correntes e acariciando de um modo digamos....estranho seus cavalos (que suavam frio e se entreolhavam assustados). Sinsalabim, sem saber o que fazer, folheou o livro.
"Se a base que você quer invadir é:
a) Uma mansão de alta segurança, com guardas e coisas do tipo, vá até a página 76.
b) Um castelo com bruxas, cavaleiros e masmorras, vá até a página 76.
c) Um edifício condenado com duas velhas na vigília, vá até a página 76.
d) Um covil subaquático, com tubarões, arpões e vilões mutantes, vá até a página 76."
Naturalmente, Sinsalabim foi até a página 76 (a folha seguinte). Lá só havia três linhas.
"Ache o tubo de ventilação ou o esgoto e entre. Se não houver tubo de ventilação ou esgoto....putz, sei lá... vai de catapulta!HAHAHAHAHAHA! Catapulta! Essa foi muito boa!"
Felizmente para o valente espião, havia um cano enorme de esgoto, e ele foi entrando. Depois de mergulhar no tolete, Sinsalabim saiu do túnel por uma patente, e de imediato foi consultar as páginas agora marrons do livro.
"Ok, agora que você entrou, está na hora de fazer o que você deve fazer, a hora da verdade chegou, mas antes é importante se prevenir com:
a) Capangas. Elimine-os com seus itens de alta tecnologia e com artes marciais.
b) O sub-vilão. Sempre há um. Normalmente é um sujeito bizarro, com alguma parte de seu corpo substituida por ferro animado e/ou superforça, etc.
c) O vilão. Esse é o mais foda, o mais inteligente. Veja adiante como derrotá-lo.
d) A dura realidade. Você será capturado. Isso mesmo. Uma hora ou outra vão prender você e te imobilizarão junto à algum aparelho de tortura exótico.
e) Prepare algumas frases de efeito maneiras, porque um agente sem classe não tem graça.
Sabendo o que ia enfrentar, Sinsalabim foi à luta. Seguindo pelos corredores do prédio, se deparou com uma velhota. Essa tentou agarrá-lo, urrando "Você é meu! Finalmente vou poder jogar o 'Joguinho da Cenoura e do Guarda-Chuva!!'. Mas Sinsalabim, astuto, conseguiu pegar sua corda de pular, e aplicou um golpe com um dos cabos de madeira bem na testa da coroa, que caiu com um estrondo no chão. Pena que o outro cabo bateu na sua própria nuca, e ele também tombou desacordado.
Quando acordou, Sinsalabim se viu numa mesa de madeira, com suas pernas e braços imobilizados. No fundo da sala, sentado e amarrado, viu Chutum Umamuranga, que salivava e parecia estar em outro Universo, pois murmurava "Eu já passei geléia! Eu já passei geléia!". Mas essa era apenas uma das preocupações de Sinsalabim, pois ele estava rodeado de mulheres gordas e de idade avançada, dentro de suas roupas de couro e com seus aparelhos sórdidos.
Uma delas, que se vestia de forma espalhafatosa (ao seu lado se encontrava uma velha gigante), se adiantou e falou:
-Você, jovem, irá cooperar? Se não fizer isso, utilizaremos nosso mais novo aparato em você!!!
Sinsalabim não sabia o que fazer. Não estava mais com seu livro, e nenhuma frase de efeito veio à sua mente.
E agora? Será que Sinsalabim conseguirá salvar Chutum Umamuranga e completar a tarefa? Quais são as sórdidas intenções da gangue das Loucas Fornicadoras? E o que Lady Pena D'Morte e Juli Fog' Onorabo farão se encontrarem o destemido herói?
Com esse panorama fixado em sua mente, Sinsalabim foi consultar o chefe da milícia de Metendo Ferro, o capitão Porrad N'apinha, no forte central.
-Capitão...queria saber onde fica o reduto das Loucas Fornicadoras - perguntou o curioso aventureiro.
-E por quê você quer ir até lá? - perguntou o oficial.
-Eu tenho que resgatar um parceiro, e de quebra quero fazer uma orgia com elas...
-Tu tá loco meu guri?! - retrucou espantado o capitão - Aquelas velhas só tem pelanca, e são malvadas e impiedosas. Você não quer se meter com elas.
-Então elas não são gostosas?
-Claro que não!
-Sem peitos grandes?
-Hmmm...NÃO!
-E têm maldade no coração?
-Com Certeza! Tá vendo o sargento alí? - o capitão apontou para um sujeito sentado que tremia constantemente, e sua cara de terror era assustadora. - Bem...o sargento um dia foi fazer a ronda lá pelas bandas do reduto das Loucas Fornicadoras e voltou assim! Nem quero imaginar o que aquelas velhotas taradas fizeram com ele!!! Por isso, eu te aconselho a ficar longe daqueles dragões e suas roupas de couro!
Depois de seu encontro com o Capitão, Sinsalabim mudou drasticamente de comportamento. Estava depressivo, desiludido. O que fazer? Antes pensava que ia faturar legal....mas a realidade se mostrou diferente, e ele não estava a fim de enlouquecer, vítima das estripulias sexuais de um bando de coroas.
Mas então... suas esperanças voltaram. Sim. Ali no latão de lixo, no beco. Em meio à fraldas usadas e restos podres de comida, em meio ao fedor nauseabundo, ele encontrou uma saída. Uma saída na forma de um livro: "O livro lrarânja do agente secreto calouro, para idiotas".
Tudo bem que tinha um erro ortográfico...e que a capa do livro era verde, mas fora isso, ali estava a resposta para entrar no covil da gangue das Loucas Fornicadoras na maciota e salvar Chutum Umamuranga. Sinsalabim nem titubeou: já abriu o livro para mergulhar no mundo da espionagem. O volume começava assim:
"Você é um idiota?"
-Sim - respondeu Sinsalabim.
"Você quer ser uma agente secreto?"
-Sim!! - tornou a exclamar o herói.
"Então você está lendo a coisa certa!"
-Urra! - gritou Sinsalaba, espantado com a sua vocação para a espionagem.
"Ok! Agora que você está imantado com o espírito do agente secreto, vamos ao trabalho! A primeira coisa a fazer é vestir um terno maneiro e besuntar o cabelo com um gel de primeira."
E agora? Sinsalabim não tinha nenhum terno, e não sabia o que era "gel". Desesperado, o valente herói pensou em ir até um alfaiate, mas o problema é que não tinha dinheiro. Então, ele teve a brilhante idéia de consultar o livro novamente.
"Se você precisa de um terno, mas não tem dinheiro, aqui está um passo-a-passo ilustrativo para você fazer o seu próprio terno! É só seguir as instruções!"
Então, com muito esforço, Sinsalabim conseguiu fazer um terno com alguns sacos de lixo, bigode de vira-lata e esterco de mosca. Mas ainda precisava de gel. Porém o livro possuía uma lista de fornecedores de fundo-de-quintal que conseguiam um gel tarja-preta à prazo, e então esse obstáculo foi solucionado rapidamente.
"Agora o próximo passo é se armar! Todo agente secreto deve estar preparado para o pior! Então, aqui vai uma lista de armas que serão úteis em qualquer buraco em que você possa se meter! (para ver como a qualidade do livro não era das melhores, não havia na lista o item 'pé-de-mesa')."
Como Sinsalabim estava durango, ele teve que catar na rua alguns dos itens da lista, ou seja: uma faca no estilo Rambo (a que Sinsalabim pegou era uma espadinha do "Pula Pirata"), um nunchako (Sinsalabim conseguiu achar uma corda de pular surrada) e uma zarabatana dos Pigmeus da Floresta com dardos envenenados (no caso, aquelas argolinhas para fazer bolhas de sabão deram para o gasto).
No livro constava ainda uns capítulos sobre contatos orientais, Batcavernas e "companheiros que só servem para ser presos e/ou traírem você no meio da missão", mas não havia tempo, e então Sinsalabim foi direto para a parte do "invadir o local, matar todo mundo, pegar a mocinha e ir em direção ao pôr-do-sol".
Mas para fazer isso, Sinsalabim tinha que ir até o local do reduto da gangue das Loucas Fornicadoras, ou seja, um edifício condenado no norte de Metendo Ferro. Chegando lá, viu na entrada do local uma dupla de velhotas vestindo casacos de couro, munidas de correntes e acariciando de um modo digamos....estranho seus cavalos (que suavam frio e se entreolhavam assustados). Sinsalabim, sem saber o que fazer, folheou o livro.
"Se a base que você quer invadir é:
a) Uma mansão de alta segurança, com guardas e coisas do tipo, vá até a página 76.
b) Um castelo com bruxas, cavaleiros e masmorras, vá até a página 76.
c) Um edifício condenado com duas velhas na vigília, vá até a página 76.
d) Um covil subaquático, com tubarões, arpões e vilões mutantes, vá até a página 76."
Naturalmente, Sinsalabim foi até a página 76 (a folha seguinte). Lá só havia três linhas.
"Ache o tubo de ventilação ou o esgoto e entre. Se não houver tubo de ventilação ou esgoto....putz, sei lá... vai de catapulta!HAHAHAHAHAHA! Catapulta! Essa foi muito boa!"
Felizmente para o valente espião, havia um cano enorme de esgoto, e ele foi entrando. Depois de mergulhar no tolete, Sinsalabim saiu do túnel por uma patente, e de imediato foi consultar as páginas agora marrons do livro.
"Ok, agora que você entrou, está na hora de fazer o que você deve fazer, a hora da verdade chegou, mas antes é importante se prevenir com:
a) Capangas. Elimine-os com seus itens de alta tecnologia e com artes marciais.
b) O sub-vilão. Sempre há um. Normalmente é um sujeito bizarro, com alguma parte de seu corpo substituida por ferro animado e/ou superforça, etc.
c) O vilão. Esse é o mais foda, o mais inteligente. Veja adiante como derrotá-lo.
d) A dura realidade. Você será capturado. Isso mesmo. Uma hora ou outra vão prender você e te imobilizarão junto à algum aparelho de tortura exótico.
e) Prepare algumas frases de efeito maneiras, porque um agente sem classe não tem graça.
Sabendo o que ia enfrentar, Sinsalabim foi à luta. Seguindo pelos corredores do prédio, se deparou com uma velhota. Essa tentou agarrá-lo, urrando "Você é meu! Finalmente vou poder jogar o 'Joguinho da Cenoura e do Guarda-Chuva!!'. Mas Sinsalabim, astuto, conseguiu pegar sua corda de pular, e aplicou um golpe com um dos cabos de madeira bem na testa da coroa, que caiu com um estrondo no chão. Pena que o outro cabo bateu na sua própria nuca, e ele também tombou desacordado.
Quando acordou, Sinsalabim se viu numa mesa de madeira, com suas pernas e braços imobilizados. No fundo da sala, sentado e amarrado, viu Chutum Umamuranga, que salivava e parecia estar em outro Universo, pois murmurava "Eu já passei geléia! Eu já passei geléia!". Mas essa era apenas uma das preocupações de Sinsalabim, pois ele estava rodeado de mulheres gordas e de idade avançada, dentro de suas roupas de couro e com seus aparelhos sórdidos.
Uma delas, que se vestia de forma espalhafatosa (ao seu lado se encontrava uma velha gigante), se adiantou e falou:
-Você, jovem, irá cooperar? Se não fizer isso, utilizaremos nosso mais novo aparato em você!!!
Sinsalabim não sabia o que fazer. Não estava mais com seu livro, e nenhuma frase de efeito veio à sua mente.
E agora? Será que Sinsalabim conseguirá salvar Chutum Umamuranga e completar a tarefa? Quais são as sórdidas intenções da gangue das Loucas Fornicadoras? E o que Lady Pena D'Morte e Juli Fog' Onorabo farão se encontrarem o destemido herói?
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