Qualquer passante que errasse pela floresta, escutaria o vento uivando por sobre as copas dos carvalhos. Veria as silhuetas dos morcegos em contraste com a lua enquanto o estalo do seu bater de asas se confundia com o coaxo dos sapos e o grito dos corvos; o agravante ruído dos grilos cada vez mais estridente mesclava-se com o barulho do riacho, e é claro, um outro som peculiar completava o cenário: um ganido, um gemido de dar pena até naqueles com o coração de gelo e pedra. O grito de dor de Sinsalabim.
Uma retrospectiva dos passados 5 minutos:
Uma retrospectiva dos passados 5 minutos:
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Borgan e Sinsalabim riam a toa enquanto faziam uma parada para o lanchinho, enchiam a cara e ridicularizavam o velho lobo ainda amarrado à árvore.
Distraídos, nossos bravos protagonistas não perceberam a camiseta do Corinthians que Nuposti vestia. Tão pouco, perceberam o emblema do timão (últimão) tatuado em seu braço, muito menos associaram a cara de marginal que ele tinha com a toquinha que usava. Não, tudo isso passara despercebido aos olhos de nossos campeões, entretanto, parecia que nada importava, pois Ilmijo Nuposti se encontrava amarrado na árvore.
Mas o lobão é da Fiel, e coisas piores acontecem no morro. Longe da visão de nossos embriagados personagens ele consegue, com um pouco de folga em suas amarras, tirar de seu bolso um pequeno carretel de linha e um pedaço de papel. Em seguida faz algumas dobras e floreios; dentro de poucos instantes uma pipa já estaria voando alto, pedindo reforços para quem quer que estivesse de guarda na comunidade.
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Cinco minutos mais tarde, estava Sinsalabim histericamente gritando de dor com um dardo cravado em suas costas, bem no ponto, aquele, onde não se consegue alcançar. Eis que surge, descendo pelos cipós, do alto da copa de uma árvore, duas figuras gordas, baixinhas e serelepes:
- Nosotros somos los hermanos Soughê y Ghósto! Disseram os recém chegados.
- Ha! Agora cêis tão tudo fudido, mano! Bradou Ilmijo.
- Quêêê? Quem são vocês? Gritou assustado, Borgan.
- Somos Paraguayos e estamos aquí PARA MATAR!
- Para o quê? Pergunta Salabim, sem entender nada.
- Paraguayos! respondem em uníssono Soughê y Ghósto.
- E ahora es momento de abrir el açogue, bamos! Dispara Soughê.
- Chegô a hora da quebrada mano! Aí freguesia, agora ceis vão tudo pro pau! Já vai separando a carteira aí ó playboy! Completou Nuposti ainda amarrado.
Nossos heróis embriagados, não podiam fazer nada senão esperar pelo pior, já estavam pensando que iriam subir o morro com a sacola na cabeça, enquanto viam dois pequeninos castellanos correndo com fúria total para assaltar e levar seus corpos morro acima.
Mas Só-Tem-Pedreira era um lugar cruel, e não somente para com nossos aventureiros. Ele era muito cruel, tão cruel e enfadonho e mesquinho, que praticava crueldades e atrocidades sanguinolentas até mesmo com malfeitores.
Foi então que a redenção chegou a nossos heróis, e, mais uma vez, sobre a figura de um goblinóide ensandecido.
Saltou por sobre os troncos, nosso salvador da pátria e, ainda no ar, com sua capinha tremeluzindo à luz da lua, desembainhou algo que mais parecia um pé de mesa, e bradou:
- AHHH... BANZAI!!!
Ao passo em que gritava, desesperado, o lobo ainda amarrado na árvore:
- É UMA CILADA BINO!!!
Mas já não havia mais tempo, o destino de Soughê y Ghósto já havia sido traçado, traçado de jeito pelo goblin no momento em que o pé de mesa fora desembainhado.
E num golpe certeiro, girando seu porrete, o goblin acerta Ghósto de um modo tão impressionante, que pode-se dizer que acaba de ser inventado o Home Run.
- Hijo de La Chingada! Exclama Soughê, embasbacado ao ver os miolos de seu irmão caçula explodirem como uma bombinha de São João .
Não satisfeito o pequeno enfurecido se vira para (um agora todo molhado) Soughê, que, em um ato de extrema bravura, dá um ré na bicicleta e sai deitando o cabelo. Mas o pé de mesa é um excelente projétil, muito útil em casos de fuga, e após ser arremessado, foi se alojar no interior do crânio do nanico paraguayo.
Então, Sinsalabin reconheceu o goblin (Rimou!): era Erca Tarro, o biltre assaltante que aterroriza as estradas da floresta até o riacho lá no alto da colina.
- Olá! Sou Erca Tarro, o biltre assaltante que aterroriza as estradas da floresta até o riacho lá no alto da colina. Fui enviado por meu amigo Jurbo Çal, famigerado tranbiqueiro, cujos cartazes de procurado ocupavam as paredes de todas as tavernas da redondeza, para ver se vocês estavam bem. Ele pressentia que vocês corriam um grave perigo.
- Jurbo! Ele está bem então?! Perguntou com alegria Salabim. Mas a alegria passou, ao lembrar da alfição que sentia, pois o dardo ainda permanecia na suas costas.
-Sim, disse Erca Tarro, o biltre assaltante que aterroriza as estradas da floresta até o riacho lá no alto da colina. Não só está bem, como obteve vingança por todos os seus anos de sodomita, Pout ah kep'a Ryu foi fazer uma magia para abusar dele e o tiro saiu pela culatra. Agora, os poderes do druida passaram para Jurbo Çal, famigerado tranbiqueiro, cujos cartazes de procurado ocupavam as paredes de todas as tavernas da redondeza! Neste exato momento ele está se vingando de Pout ah kep'a Ryu e busca o mesmo para com Pout ah Velh’a.
-Então você vai nos ajudar? Perguntou Borgan?
- Sim, pois o “ABISMO-CRUÉL-DA-ESCURIDÃO-PROFUNDA-QUE-SÓ-APARECE-DURANTE-A-LUA-CHEIA-DOMINADO-PELOS-PODERES-OBSCUROS” é uma fortaleza quase intransponível, vocês vão precisar da ajuda de alguém que já esteve lá dentro e conhece as passagens. Disse Erca Tarro.
- Você já esteve lá? Perguntou, perplexo, Sinsalabim.
- Sim, eu era escravo sexual de Pout ah Velh’a assim como Jurbo. E Verca Nhão sempre esteve em conluio com o Shamã.
- Ah bom, então está explicado!
Em seguida, Erca Tarro solta um murmuro, que ninguém compreendeu ao certo, mas parecia algo como: “Até hoje tenho pesadelos com berinjelas!”.
- Bom, a primeira coisa que temos de fazer é encontrar a entrada secreta do covil de Verca Nhão! Continuou Erca.
- Como assim? Ilmijo Nuposti nos disse que era só passar a colina! Disse Borgan.
-Não!!! Por Deuses, vocês quase foram engambelados! Lá há um gigante que guarda a entrada do desfiladeiro, o grande Kóssau Pynthu, e ele é mau!
- Cão dos infernos, matar-te-ei ‘FILHO DA PUTA!’ Disse Salabim voltando-se para Nuposti.
Mas as habilidades evasivas de Ilmijo estavam apuradas de tanto fugir da milícia. Agora, as cordas que prendiam o lobo estavam caídas no chão e a figura do lobo sumia na penumbra, enquanto, ao longe, gritava: - Perdeu! Perdeu! Perdeu!
- Não temam, exclamou Erca, olhem... correu até Soughe para retirar o pé de mesa da sua cabeça e arremessar contra o lobo em fuga, mas a bandidagem corria nas veias de Ilmijo Nuposti, que acabou roubando a arma tão valorizada por nosso pequeno verdejante amiguinho.
- NÃÃÃÃÃO!!!! Urrou Erca Tarro.
...
E agora o que será de nossos aventureiros?
Distraídos, nossos bravos protagonistas não perceberam a camiseta do Corinthians que Nuposti vestia. Tão pouco, perceberam o emblema do timão (últimão) tatuado em seu braço, muito menos associaram a cara de marginal que ele tinha com a toquinha que usava. Não, tudo isso passara despercebido aos olhos de nossos campeões, entretanto, parecia que nada importava, pois Ilmijo Nuposti se encontrava amarrado na árvore.
Mas o lobão é da Fiel, e coisas piores acontecem no morro. Longe da visão de nossos embriagados personagens ele consegue, com um pouco de folga em suas amarras, tirar de seu bolso um pequeno carretel de linha e um pedaço de papel. Em seguida faz algumas dobras e floreios; dentro de poucos instantes uma pipa já estaria voando alto, pedindo reforços para quem quer que estivesse de guarda na comunidade.
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Cinco minutos mais tarde, estava Sinsalabim histericamente gritando de dor com um dardo cravado em suas costas, bem no ponto, aquele, onde não se consegue alcançar. Eis que surge, descendo pelos cipós, do alto da copa de uma árvore, duas figuras gordas, baixinhas e serelepes:
- Nosotros somos los hermanos Soughê y Ghósto! Disseram os recém chegados.
- Ha! Agora cêis tão tudo fudido, mano! Bradou Ilmijo.
- Quêêê? Quem são vocês? Gritou assustado, Borgan.
- Somos Paraguayos e estamos aquí PARA MATAR!
- Para o quê? Pergunta Salabim, sem entender nada.
- Paraguayos! respondem em uníssono Soughê y Ghósto.
- E ahora es momento de abrir el açogue, bamos! Dispara Soughê.
- Chegô a hora da quebrada mano! Aí freguesia, agora ceis vão tudo pro pau! Já vai separando a carteira aí ó playboy! Completou Nuposti ainda amarrado.
Nossos heróis embriagados, não podiam fazer nada senão esperar pelo pior, já estavam pensando que iriam subir o morro com a sacola na cabeça, enquanto viam dois pequeninos castellanos correndo com fúria total para assaltar e levar seus corpos morro acima.
Mas Só-Tem-Pedreira era um lugar cruel, e não somente para com nossos aventureiros. Ele era muito cruel, tão cruel e enfadonho e mesquinho, que praticava crueldades e atrocidades sanguinolentas até mesmo com malfeitores.
Foi então que a redenção chegou a nossos heróis, e, mais uma vez, sobre a figura de um goblinóide ensandecido.
Saltou por sobre os troncos, nosso salvador da pátria e, ainda no ar, com sua capinha tremeluzindo à luz da lua, desembainhou algo que mais parecia um pé de mesa, e bradou:
- AHHH... BANZAI!!!
Ao passo em que gritava, desesperado, o lobo ainda amarrado na árvore:
- É UMA CILADA BINO!!!
Mas já não havia mais tempo, o destino de Soughê y Ghósto já havia sido traçado, traçado de jeito pelo goblin no momento em que o pé de mesa fora desembainhado.
E num golpe certeiro, girando seu porrete, o goblin acerta Ghósto de um modo tão impressionante, que pode-se dizer que acaba de ser inventado o Home Run.
- Hijo de La Chingada! Exclama Soughê, embasbacado ao ver os miolos de seu irmão caçula explodirem como uma bombinha de São João .
Não satisfeito o pequeno enfurecido se vira para (um agora todo molhado) Soughê, que, em um ato de extrema bravura, dá um ré na bicicleta e sai deitando o cabelo. Mas o pé de mesa é um excelente projétil, muito útil em casos de fuga, e após ser arremessado, foi se alojar no interior do crânio do nanico paraguayo.
Então, Sinsalabin reconheceu o goblin (Rimou!): era Erca Tarro, o biltre assaltante que aterroriza as estradas da floresta até o riacho lá no alto da colina.
- Olá! Sou Erca Tarro, o biltre assaltante que aterroriza as estradas da floresta até o riacho lá no alto da colina. Fui enviado por meu amigo Jurbo Çal, famigerado tranbiqueiro, cujos cartazes de procurado ocupavam as paredes de todas as tavernas da redondeza, para ver se vocês estavam bem. Ele pressentia que vocês corriam um grave perigo.
- Jurbo! Ele está bem então?! Perguntou com alegria Salabim. Mas a alegria passou, ao lembrar da alfição que sentia, pois o dardo ainda permanecia na suas costas.
-Sim, disse Erca Tarro, o biltre assaltante que aterroriza as estradas da floresta até o riacho lá no alto da colina. Não só está bem, como obteve vingança por todos os seus anos de sodomita, Pout ah kep'a Ryu foi fazer uma magia para abusar dele e o tiro saiu pela culatra. Agora, os poderes do druida passaram para Jurbo Çal, famigerado tranbiqueiro, cujos cartazes de procurado ocupavam as paredes de todas as tavernas da redondeza! Neste exato momento ele está se vingando de Pout ah kep'a Ryu e busca o mesmo para com Pout ah Velh’a.
-Então você vai nos ajudar? Perguntou Borgan?
- Sim, pois o “ABISMO-CRUÉL-DA-ESCURIDÃO-PROFUNDA-QUE-SÓ-APARECE-DURANTE-A-LUA-CHEIA-DOMINADO-PELOS-PODERES-OBSCUROS” é uma fortaleza quase intransponível, vocês vão precisar da ajuda de alguém que já esteve lá dentro e conhece as passagens. Disse Erca Tarro.
- Você já esteve lá? Perguntou, perplexo, Sinsalabim.
- Sim, eu era escravo sexual de Pout ah Velh’a assim como Jurbo. E Verca Nhão sempre esteve em conluio com o Shamã.
- Ah bom, então está explicado!
Em seguida, Erca Tarro solta um murmuro, que ninguém compreendeu ao certo, mas parecia algo como: “Até hoje tenho pesadelos com berinjelas!”.
- Bom, a primeira coisa que temos de fazer é encontrar a entrada secreta do covil de Verca Nhão! Continuou Erca.
- Como assim? Ilmijo Nuposti nos disse que era só passar a colina! Disse Borgan.
-Não!!! Por Deuses, vocês quase foram engambelados! Lá há um gigante que guarda a entrada do desfiladeiro, o grande Kóssau Pynthu, e ele é mau!
- Cão dos infernos, matar-te-ei ‘FILHO DA PUTA!’ Disse Salabim voltando-se para Nuposti.
Mas as habilidades evasivas de Ilmijo estavam apuradas de tanto fugir da milícia. Agora, as cordas que prendiam o lobo estavam caídas no chão e a figura do lobo sumia na penumbra, enquanto, ao longe, gritava: - Perdeu! Perdeu! Perdeu!
- Não temam, exclamou Erca, olhem... correu até Soughe para retirar o pé de mesa da sua cabeça e arremessar contra o lobo em fuga, mas a bandidagem corria nas veias de Ilmijo Nuposti, que acabou roubando a arma tão valorizada por nosso pequeno verdejante amiguinho.
- NÃÃÃÃÃO!!!! Urrou Erca Tarro.
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E agora o que será de nossos aventureiros?
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