segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Interlúdio - Étimos (A Criação)

No princípio, havia o Nada Imutável, que era o Caos e a Calmaria. Apenas diferentes associações de um vazio preponderante. Realidades em branda coexistência.
Entre ambos havia o Éter, a Centelha Dióica. Sua mera existência impedia a junção das energias antagônicas, separando-as por toda a eternidade.
Foi em um dado momento - pois que os anos, então, não eram contados em pequenos intervalos de calendário, como hoje - que houve um turbilhão. E nada mais impediu a Tormenta.
‘Foi uma diarréia sem vassoura e sem baldinho.’
E quando o Éter encontrou os Mundos em confluência, eis que surge a primeira matéria, a Quintessência do Universo.

Então veio: a aragem, a cornucópia e, novamente, a viração. Criava-se um novo Mundo.
No começo era apenas um enorme concentrado de pedra e barro, mas então, como um tumor, o aglomerado começou a expandir-se cada vez mais. E o formato perfeitamente esférico que antes possuía, agora ganhava saliências, protuberâncias e estrias, terminando, por fim, em uma figura tosca e disforme – muito similar a um pedregulho.
E foi sem possuir forma esférica ou geóide, ou melhor: “E foi sem possuir forma alguma, que Só-Tem-Pedreira acabava de surgir". Ainda que com mais características geográficas do que realmente era preciso, é verdade, mas ainda assim, novo em folha.

Entretanto, a vida ainda não havia surgido nesse lugar, pois o Plano anterior não mais existia. A Tormenta utilizou o furor da Centelha para dar forma às energias.
As águas profundas ainda sentiam as correntes tórridas da criação. E um redemoinho, nascido nos abismos escuros do oceano ascendeu à superfície. Do caos, distinguiu-se a forma da primeira divindade.
Hugo Leiro, era seu nome. E Hugo, por eras, conheceu a solidão, vagando por todos os confins da terra.
E quando não mais podia suportar o vazio, encontrou em suas caminhadas uma figura feminina, ferrada em sono junto ao barro. Reconheceu-a pela intensa vibração que sempre sentira antes de chegar a Tormenta. Era Fran Gueira.
Estiveram separados pelo Éter durante eras, amando um ao outro, fadados a nunca poderem se encontrar de verdade. Agora, enfim, seriam amantes.
Porém uma terceira figura surgia ao longe, vindo encontrar-se com os dois jovens.
Compreenderam de pronto. Criado do Éter dos Mundos: Retar da Tário. Assim o fora, posto que continha a Centelha da origem de tudo.
O amor que urgia entre Hugo Leiro e Fran Gueira criou a vida de todos os seres de Só-Tem-Pedreira.
O trabalho foi tão minucioso, que toda a existência carregava a forma mais pura e perfeita de equilíbrio que os jovens amantes conseguiram encontrar.
Durante muito semearam a vida por Só-Tem-Pedreira, enquanto Retar apenas olhava invejoso e rancoroso. Fora esquecido por eles, por aquele amor cego. Não lembravam que só estavam juntos por causa dele, ele é quem deveria ser o verdadeiro criador.
Ver os dois amantes espalhando o fruto de sua paixão pelo mundo que ele próprio havia criado, só fomentou o ódio no coração Retar da Tário. E por tempo incontável arquitetou planos maléficos, esperando o Trabalho de Hugo Leiro e Fran Gueira estar concluído. Em sua espera, Tário se tornou cruel, vil e mesquinho.
E quando a vida preencheu toda a terra, aproximou-se sorrateiramente do casal enquanto estes dormiam, e arrancou-lhes o coração. Nem dó ou piedade se acometeram de Retar enquanto extirpava, chacinava e retaliava os corpos de seus odiados usurpadores.
Quando acabou, dirigiu-se ao vulcão mais alto que existia para jogar as partes do que outrora foram seus companheiros e erradicar, de uma vez por todas, a existência daqueles únicos seres que podiam ter ameaçado seu reinado.
Ao aproximar-se da borda da colina, revelou-se o rio de lava borbulhante que corria no precipíco abaixo. E por um mero descuido, da Tário esqueceu-se de prender as fivelas de suas botas. Erro grosseiro. Ao dar o passo final em direção ao desfiladeiro, seu pé, em um extremo mau-jeito, acabou por encontrar uma pedra. E o tropicão seguinte projetou seu corpo à frente.
A queda foi deselegante. Partes de Hugo e Fran se espalharam, confundidos com pedaços de terreno rochoso e um resto de sei-lá-o-quê que da Tário almoçara. O grito de lamúria soltado pelo malfeitor foi ouvido por léguas de distância.
Mas não acabou por aí. Alguma mágica antiga foi acionada no momento em que os restos de Hugo e Fran caíram na lava com o corpo de seu algoz. E a rocha escaldante absorveu a malignitude do enfadonho Retar da Tário, levando-a ao coração da Terra.
E desde então, Só-Tem-Pedreira se tornou um lugar cruel.

sábado, 27 de dezembro de 2008

Especial de Natal 3 - O Poderoso Peru

"A personalidade de um individuo é a combinação de uma predisposição genética e ambiente de criação!"

Hera Ben Sadik, dentro da carroça de salames e já se cansando de tanto se encher deles, tentou se acomodar confortavelmente em sua carroça-cela e relembrou o dia que começou a chamar-se assim!
Seu antigo nome, Hera Ben Safa, representava uma garota meiga e adorável, que corria pelos campo e subia em trepadeiras. Contudo, na véspera de Natal do ano em que completou 15 bimbadinhas (o correspondente a anos em Só-tem-Pedreira) seu irmão mais velho, com suas 17 bimbadas fazia a 18ª, aquela que o tornaria o Poderoso Peru.
Peru era forte e ao mesmo tempo inteligente, hábil com uma espada na mão, inclusive com a boca, desferindo golpes contra a arma de seu adversário deixando-o doido! Mesmo sendo assim ele não agradava Pin Golamor Did'ah, seu pai, pois na tarefa de resguardar suas defesas e proteger entradas e sempre falhava, deixando os invasores penetrar e sair deixando um grande rombo na poupança da família.
Com as diferenças postas de lado, Pin estava disposto a aceitar que seu filho começasse a cuidar de algumas partes de sua propriedade se ele seguisse a risca as tradições da véspera de natal.
Algo simples e corriqueiro, comem peru e dão os presentes e no outro dia vão e rezam a missa do galo!
Todos o preparativos prontos estavam lá, Pin, Peru, Hera e Pussymor Did'ah (esposa de Pin) então: comeram Peru!
Logo depois era a vez de dar, Hera queria sempre ser a primeira mas se pai não deixava, então eles tiravam no palitinho, menos Pin porque ele sempre tinha a palitinho maior! O presentes eram normais, Hera ganhou um vibrador que além de girar somente a glande também possuia uma espécie de mini-língua o que dizem as más línguas ser algo insuperável! Pussymor ganhou um colar de pérolas 2 em um, enfeita e pode ser usado como instrumento de pompoarismo já que as pérolas tem nada mais nada menos que 10 cm de diâmetro! Peru ganhou seu buraco mágico para ocasiões de estresse e Pin não levou nada como sempre!
No outro dia pela manhã todos acordaram para a missa do galo e na capela, somente de 4 e os 2 negões besuntados em óleo em suas tanguinhas brancas que eram os pajens de Pussymor. Hera tinha inveja de sua mãe mas não a queria mau, só seus pajens.
Mas Peru era traiçoeiro, gatuno e lépido e com seus pais ajoelhados na sua frente olhando todos para a imagem de São Guissuga (deus dos chupadores e protetor dos mordedores) enfiou sem dó nem ré sua adaga, feita a mão com a cabeça de um peru na empunhadura, em seus pais e proclamou a si:
-A maior injustiça do mundo é comerem peru e rezarem a missa pro galo!
Após essa cena, Hera que até então estava vidrada em Cume e Empé estapiou o irmão com suas mãos sem muito efeito!
-Você renegará a nossos pais e me seguirá agora minha irmã- disse Peru.
-Nunca estarei atrás de ninguém.
-Então vá dessa casa e renegue a seu nome, pois senão o Poderoso Peru ira matá-la e dar aos porcos selvagens como aperitivo!
-Bobo!!!!!!!!!!!!!!!! Viverei minha vida comendo porcos selvagens e torturando todos que possuírem um Peru dentro de si!
E com seus poucos pertences Hera saiu para dar... a vida, e os caminhos cruéis de Só-tem-Pedreira a tornaram uma guerreira cruel e sedenta por vingança, depois que Catavento-lambelambe (seu vibrador) fora roubado por um dos larápios de seu irmão por se tratar de um artefato de dominação!
Hoje Peru é o chefe de uma organização secreta paralela que mata as mulheres e tenta estabelecer a cultura, "Comam peru? Sim, mas rezem por ele antes e depois"e é tratado por seu seguidores um deus que dá sempre que necessário. Mas Só-tem-Pedreira é um lugar cruel e cheio de organizações que nossos amigos ainda irão descobrir.
Enquanto isso Sinsalabim parte ao resgate de sua amada e Hera, agora Ben Sadik, volta a encher-se de salames de porco selvagem!

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Especial de Natal 2: A tarefa de Rhasp Arroska

Se tem uma tradição natalina em Pedra da Picadura, ela acontece na bodega do Zéma Lockeiro, o Barril de Ouro. Lá ocorre a melhor festa de toda a vila, a melhor Ceia de Natal.
Mas uma vez...na véspera do Natal...aconteceu!

Zéma foi na despensa pegar o peru para colocar no forno, como sempre faz...mas se deparou com uma cena horrorosa: o peru não estava lá!!
- Que merda é essa!! cadê ele?! - grunhou - Rhasp!! Aqui! Rápido!!
Rhasp Arroska, o barméin, veio como um raio.
- Olha isso, roubaram o peru! - continuou Zéma - E agora? Sem o peru a Ceia de Natal não é a mesma coisa, e então a nossa festa estará perdida!
- Então gorou... - resignava-se Rhasp.
-Não! Você irá pegar o peru de volta, Rhasp, e nessa altura do campeonato não há como arranjar outro animal...por isso, você deve encontrar o ladrão!
- E se eu não quiser?
-DAÍ TU VAI SER O PRATO PRINCIPAL, SEU PIVETE INGRATO E VAGAL - gritou Zéma - BWAHAHAHAHAHAHA!!! (na real o bodegueiro não sabe por que riu maquiavelicamente, mas não conseguiu resistir).

Então lá estava Rhasp Arroska, desesperado, no meio da rua, faltando duas horas para a meia-noite, procurando um peru perdido. Foi então que ouviu um barulho suspeito vindo de uma casa nas proximidades, como se alguem estivesse afiando alguma coisa. Era o estabelecimento de Ummontidí Banha, o açougueiro de Pedra da Picadura. Quando Rhasp foi averiguar, pela janela, viu o Ummontidí, gordo e de uns 2 metros e poco de altura, afiando um facão enferrujado que, se tivesse uma numeração, com certeza seria um facão trêis-oitão. Logo atrás dele, na mesa e acorrentado, estava o peru.

Rhasp, puxando coragem até dos intestinos, pulou pela janela e bradou.

-Rá! Então você é o larápio que sequestrou o Peru Hã?! Eu quero o peru, aquele ali, bem grande e suculento, aquele piruzão (iiiihhhhhhhhh)!
- Nem a pau - cuspiu Ummontidí - sem o peru, Zéma vai se ralar e finalmente vou me vingar por ele ter me achado no pique-esconde, quando eramos crianças. Além do mais, estou com uma vontade louca de engolir esse peru (iiiihhhhhhhhhh).
- Não quero saber das coisas terríveis que Zéma fez a você - retrucou Rhasp. - Se não vai me dar o peru (iiiihhhh) em paz, então vai na marra!!

Dizendo isso, Rhasp, notando uns temperos e condimentos em cima da mesa à sua direita, soube o que fazer. Como passa o dia fazendo drinques (fazendo os mais diversos malabarismos e guéri-guéris no processo), o barman pegou algumas coisas e misturou tudo, fazendo uma bombinha de fedor nauseabundo. Assim que ficou pronto o projétil, tocou com força no açougueiro, na esperança que com o odor ele desmaiasse.

Mas a camada de suor que besuntava Ummontidí Banha era muito grossa, e o efeito foi nulo. Com isso, o açougueiro, em meio a gargalhadas, se dirigiu ao barman, com o facão na mão.
Mas Só-Tem-Pedreira é um lugar muito cruel, até mesmo para aqueles que não são os heróis da hora. Com isso, uma gota de água, da bacia de água que estava na cômoda, caiu bem em cima de uma mosca, que, assustada, saiu voando pelo recinto. Um cusco que estava ali perto, vendo o inseto, saiu correndo atrás dele, e acabou derrubando uma vela. A vela caiu em cima de um monte de lenha, e as chamas cresceram até chegar ao teto. O teto, avariado pelas chamas, ficou detonado a tal ponto que pedaços de madeira começaram a cair. E foi um naco de um metro e meio que caiu bem em cima de Ummontidí, que simplesmente caiu desmaiado.

Triunfante, Rhasp desacorrentou o peru e ia levá-lo para Zéma, mas ficou com pena do bicho e acabou soltando-o. Depois, pensando que tinha feito uma cagada e sem vontade de virar um assado, pegou uns palitos, uns pedaços de carne e uns pimentões e construiu toscamente um peru. Ao ver a obra, Zéma só comentou:
- Tá meio magro...

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Especial de Natal: Pout ah Velh'a - A Origem do Mal

“O Homem Nasce Bom, a Sociedade o Perverte”
Russeau


Chega um ponto em que a estrada se divide. Nessa hora, a meticulosidade de toda uma vida pode pender para o lado errado, pelo simples passo que [sempre] daremos em falso.

...

Pout ah Velh’a desceu as escadas, taciturno, no silêncio da madrugada; escutara um barulho no telhado, pouco antes. E até voltaria dormir, se não tivesse percebido algo descendo pela chaminé.
Agarrou um tacape que havia em algum lugar ali por perto e esgueirou-se até a beira da escadaria.
Havia uma pessoa parada lá embaixo. Alguém muito familiar. Barba comprida e roupas vermelhas, para não mencionar o saco que levava às costas (Ihhh!).
Um barulho seco, podia-se ouvir, enquanto o intruso alternava, entre uma mordida e outra, os biscoitos que estavam ao lado da lareira.
O goblinóide deixou cair o pedaço de madeira toscamente entalhado, e o barulho fez a figura postada defronte à janela se virar.
Foi então que o Shamã reuniu toda a expressão de desapontamento que sua face conseguiu reunir, para então exclamar:
- Pah Páinno Well?
- Pout ah! Exclamou o patriarca Well.
- Que é isso? Eras tu no telhado? Por que desceste pela chaminé?
- Pelo simples fato de que não chamam isso aqui de ‘Castelo-Fortaleza’ por motivo qualquer. A chaminé foi o único caminho que consegui encontrar.
- Mas por que essas roupas vermelhas, ora?! Disparou o Goblin.
- E vou lá eu saber? Eu não fico perguntando o porquê desse teu pijama de frutinhas, ou essas pantufas de coelhinho.
- Ok, Ok, entendi... só que...por um momento, eu...Exitou o shamã.
- Diga, Velh’a, pediu Well.
- Eu...eu pensei que fosse o Papai Noel de verdade!
- HAHAHAHA!! HIHIHIHI! HUHUHUHU!!! Óóó... Que bonitinho!
- Pare de rir! E me diga, o que está fazendo aqui na minha morada!
Pah Páinno Well de repente ficou sério.
- Foi exatamente como previram as profecias de Malanderson: O Filho de Sinsaladão acabou de nascer. Dizem as Parcas que ele deverá se juntar à causa, mais cedo ou mais tarde...
- Certo. Esperaremos até lá então. Disse o goblin, antes de completar: e essa sacola aí, o que tem nela?
- Ah... isso.... somente algumas coisas que recolhi no mocó de Sinsaladin, o irmão traidor de Sinsaladão. Parece que ele está reunindo forças para acabar com a Ordem dos Amigos de Malanderson, é um grupo esquisito, chamado D.A.S.P.U.
- Maldito! Concluiu Pout ah Velh’a.
Mal acabara de falar, um vulto passou por detrás da Árvore de Natal no outro lado da sala. Ambos, goblin e Well, correm para ver o que era, mas tudo o que enxergaram foi a porta dos fundos batendo e a sombra de uma carruagem voadora puxada por renas, subindo o céu contra a luz da lua (se eles atentassem, veriam uma luzinha vermelha na altura do nariz, em meio às renas, mas isso é mero detalhe).
Papai Noel tinha estado ali e fora embora, deixando um vazio no peito de Pout ah Velh’a.
Ao voltar à sala, um todo triste goblinóide percebe um pacotinho debaixo da Árvore enfeitada e, de pronto, muda sua reação.
- Obrigado Papai Noel!!! Grita o Shamã a plenos Pulmões, correndo para pegar seu presente.
- Eu sempre quis uma...
Mas a surpresa que levou nosso pequeno protótipo de vilão ao abrir o presente é de dar pena em qualquer coração bondoso:
- QUE PUTARIA É ESSA?!?! Exclamou Velh’a.
- UMA CORNETA, SEU BARRIGUDO MISERÁVEL?!?!?!
Ainda sem se conformar prossegue:
- EU TINHA PEDIDO O “KIT Poção Mágica 2000”!!!
- Calma, tentou apelar Wel: - Tenho certeza de que isso...
- Não. Interrompeu o goblin: - Isto...vai... ter... Volta!


...

Pout ah Velh’a ainda remoí os sentimentos do fatídico Natal que tivera, há vinte e tantos anos atrás. Tentara superar, seguir em frente, mas fora em vão. Papai Noel havia criado um monstro e agora iria pagar caro. Teria sua vingança, dando a cada criança de Só-Tem-Pedreira, aquilo que recebera outrora: um Natal cheio de dor e ódio.
Por mais de duas décadas, o povo oprimido de Só-Tem-Pedreira espera ansioso por seus presentes natalinos, mas a única coisa que encontram no dia 25, é esterco dentro das meias penduradas na janela, guirlandas vandalizadas, bonecos de neve em formatos demoníacos, pichações, e papel higiênico enrolado em suas casas.
Pout ah Velh’a, desde então, tornara-se o Grinch de Só-Tem-Pedreira.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

A Saga de Sinsalabim - Capítulo 20: Fuja Loco! (FINAL DO EPISÓDIO 1)

Pumba postava-se à doidivanas defronte aos exércitos sanguinários de Alisan do Cressi. Tremendo feito um leitão, fitava o horizonte, deixando escapar uma lágrima de dor e sofrimento. Havia três dias que estava com essa maldita prisão de ventre. Mas agora não era hora para se preocupar com esse tipo de capricho. Um soldado inimigo com uma armadura dourada e reluzente acabara de baixar sua lança e partir em investida contra o pobre suíno.
À medida que o guerreiro se aproximava, Pumba percebeu que não era uma lança que ia de encontro ao seu peito. Era um espeto. E o campeão avançava com sua ‘lingüança’ balançando para fora (‘lingüança’, e não lingüiça), babando como um São Bernardo raivoso. Segurava o espeto com uma mão, enquanto tirava o vidrinho de pimenta do bolso, com a outra.
Porém, para sua infelicidade, o inimigo não sabia que Pumba era Mestre em Kung Fu. E, na melhor performance do Estilo Avestruz, enfiou sua cabeça num buraco que havia ali na grama, mostrando a perfeição da técnica “se eu não posso vê-los, eles não podem me ver”. Contudo, isso só facilitou as coisas para o adversário que, ao obter a aproximação exata, impulsionou seu corpo o mais alto que pôde a partir do solo, girou o espeto no ar e, bradando um YABADABADU, estocou.
Mas, quando a ponta do aço se encontrava a palmo e meio do pescoço de Pumba, Só-Tem-Pedreira fez seu movimento brutal, era como um menino com um Joystick nas mãos (...e as mentes pervertidas já começam a trabalhar). Havia sido parecido no Super Nintendo; igual a apertar meia-lua para frente Y-B; Y-B; Y-B. O inesperado tinha acontecido. E não era o Tsa Tsa Tsugen Shoryuken do Ryu. Não. Algo muito pior e mesquinho acontecera, pois, como todos já sabem, a recíproca é falsa em Só-Tem-Pedreira, e o tamanho do estrago é inversamente proporcional à quantidade demandada do fator surpresa.
De repente, o guerreiro dourado encontrava-se empalado com seu próprio espeto no meio do jardim. Ninguém soube dizer, ao certo, o que tinha acontecido, mas agora todos podiam ver: Timão havia chegado.

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Durante toda uma vida, significantes números de antonomásias se cruzam, confundindo muitas das coisas que antes se encontravam em ordem natural. Nomes, por vezes, não se ligam às pessoas. Por outras, ligam-se mais do que o necessário. A verdade que prevalece, entretanto, é uma apenas. Só-Tem-Pedreira gosta de ‘carcar’ gostoso.

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Se Sinsalabim e sua gangue estivessem no local da peleja dos Manda-Chuvas, veriam algo capaz de fazer todas as suas pregas retais se abrirem como uma rosa no início da primavera.
Uma legião de degradados sociais se encontrava no pátio do Castelo-Fortaleza. Multidão que fazia frente ao 1º, 2º, 4º e 5º Exércitos de Alisan do Cressi havia descido o morro. Todos trazendo uma pandorga numa mão e uma UZI 9mm noutra. Chegaram para tocar a quebrada.
E lá estava o Timão inteiro. Todos reunidos pra furar os boy da zona sul.
Liderando a bocada estava ele: Ilmijo Nuposti, o Lobão, com sua toquinha de marginal, vestindo regata, mostrando o Coringão tatuado no braço e o Pé-De-Mesa repousado no ombro. Estava feliz, pois havia acabado de atravessar um playboy com um espeto. E agora que seu amigo Pumba estava a salvo, podia pensar no resto.
No entanto, estava confuso e, no cúmulo de sua burrice bradou:
- Pruquê us Membro da Ordi dus Amigo du Malandrição tão trocandu tiro mano? Perguntou Ilmijo.
- Quê?! Seu Vira-Lata asqueroso e burro, eles não são da Ordem dos Amigos de Malanderson! Bradou Jurbo Çal, famigerado tranbiqueiro, cujos cartazes de procurado ocupavam as paredes de todas as tavernas da redondeza, e, em sua fúria, prosseguiu:
- Eles são do Eixo, uma seita infiltrada na Ordem que visa usurpar o direito de Malanderson! São conhecidos como Ordem D.A.S.P.U.!
- O QUÊÊÊ?!?! Perguntou, perplexo, Ilmijo
- Eu sabia...tremeu Jurbo: - você foi... MANIPULADO!!! Completou efusivamente.
- NÃÃÃÃÃOOO!!! Uivou Nuposti.
- SIMM! Interpelou Judia Dimin (rimou!).
- Agora eu tô bolado bródi! Durante tudo essi tempu nóis tava contra os mano?!?! Quase que nóis apaga aqueles trêis lá na séuva. E o CB pegando fogo lá nus ‘Minis-Golfi’?! Temeu Ilmijo.
- Haverá tempo para reparar isso tudo. Porém, no momento, devemos fazer com que eles não ganhem presentes, digo, tenham uma morte lenta e dolorosa! Gritou Pah Páinno Well.
-UHAAAAA! Bradaram muitas vozes em uníssono.

E lá se foi a Arca de Noé.

O morro descia pro arrastão, e os soldados de Alisan do Cressi soltavam suas armas e começavam a fugir. E quando tudo parecia terminado, aconteceu.
Verca Nhão, que estava observando tudo ao Lado de Lady Incent Ivo Acultura, bolara um plano ‘P’ para conter o rebuliço “R”: correu até a encosta do peral que dava para os fundos do interminável “ABISMO-CRUÉL-DA-ESCURIDÃO-PROFUNDA-QUE-SÓ-APARECE-DURANTE-A-LUA-CHEIA-DOMINADO-PELOS-PODERES-OBSCUROS“. Esperou a corja se aproximar das muralhas, tirou uma moedinha de seu bolso e, após ter certeza de que todos a tinham visto, jogou-a alto contra o precipício.

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A peça metálica descreveu um arco contra o céu negro. A luz da lua cortava entre um giro e outro a face cuidadosamente entalhada. E a turba olhava perplexa, enquanto a pequenina porção sólida de metal trabalhado subia.
Foi só quando ela parou de ascender, naquela fração de segundo em que o objeto permanece estático no ar, que a agitação começou. Como um bando de maratonistas somalianos ao ver o copinho de água na linha de chegada, a bandidagem toda avançou contra o desfiladeiro.

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E lá se vai o Pica-Pau a descer as Cataratas.
Dezenas por dezenas eles tombavam, e continuariam caindo enquanto mantivessem a moeda dentro de seus campos de visão.
Foi assim que, em menos de 5 minutos, com a operação tática ”Lança-Moeda” o morro padeceu.

- Ai Crecilda! Gemeu Mánu Well
- E agora? Gritou Seucen Todoy
- É sebo nas canelas, gurizada! Berrou Tomás Turbando

E assim fugiram bravamente os Manda-Chuvas, gritando como menininhas enquanto tentavam livrar seus traseiros das pragas rogadas por Verca Nhão. Menos Judia Dimin, ela gritava como um ogro à procura de sua parceira sexual.

...

Encontrava-se, então Borboleta Mascarada face a face, tête-à-tête com seu inimigo. O problema é que não sabia o que estava fazendo ali, queria sair, ser livre, voar pelos campos afora.
Sentia um calor tomar conta do seu corpo e um fulgor pulsar em suas veias. Sinsalabim estava mais cheio de vida do que queijo velho em dia de calor.
Estava matutando. Porém não havia muito que pensar, usaria o único golpe que achava ser útil. Luta livre não era seu ponto forte.
- É dar ou receber, digo, bater ou correr! Incentivou Erca Tarro, o biltre assaltante que aterroriza as estradas da floresta até o riacho lá no alto da colina.
Depois do apelo, Salabim não pensou duas vezes, e dizendo as palavras mágicas de seu movimento, aplicou sua cartada:
- SIM SIM SALABIM, UM POUCO PRA TI E UM POUCO PRA MIM! Berrou nosso colorido herói, enquanto dava um rodopio no ar.
Durante seu giro, Sinsalabim atirou uma barra de manteiga em Pout ah Velh’a, mostrando seu golpe singular: o BUTTER-FLY.
O aglomerado de banha e leite coalhado acertou em cheio a bochecha direita de Pout ah Velh’a. A substância untuosa escorria pela sua face e descia até pingar por seu queixo. Salabim não ficou feliz ao ver que a expressão do Shamã mudou nos instantes seguintes. Um nervinho tremia involuntariamente, logo abaixo de seu olho esquerdo e uma veia saltava de sua têmpora. Alguém estava para ficar puto da cara.
- Er... Ahm.. Desculpe Senhor, é que eu realmente não sou b...Começou Sinsalabim, mas fora interrompido por Borgan Porco.
- Acho que é melhor a gente picar a mula bem depressinha, avisou o suíno ao ver a expressão do goblin.
- Espere! Acho que posso derrotá-lo! Falou nosso herói, recobrando suas esperanças.
Nesse momento, em uma demonstração vulgar de poder, Pout ah Velh’a pula e, ainda no ar, desfere um chute que “acidentalmente” encontra a cabeça de Brag Ilhaberta arrancando-a de sua servical.
Erca correu para levantar os espancados Bai Tabixóvski e Schupen Pausen enquanto Borgan grunhia e Salabim molhava as calças.
Como se fossem um só, os 5 se viraram para alcançar a porta, mas mal começaram a correr e Pout ah Velh’a, com a velocidade do Jaspion, postava-se contra a saída.
Foi então que Sinsalabim colou as placas. Caiu reto no chão enquanto se contraía em espasmos epiléticos. Só assim lembrou-se do que havia atormentado sua vida desde a batalha contra Kóssau Pynthu:

...Estava brincando com a barba de seu avô, na frente da lareira, enquanto este o repreendia com um olhar de desapontamento:
...- o terceiro Segredo, continuou o avô, será útil se algum dia enfrentares um Goblin enfurecido. Não, Sinsalabim, tu provavelmente não conseguirás derrotá-lo, és muito fraco e limitado, e não acredito que um dia isso irá mudar
(Pessoas velhas são cheias de sabedoria). Porém há um jeito e um só jeito de escapar: Fuja montado em um Porco Selvagem....

Salabim voltou à realidade tão rápido que só teve tempo de retirar sua máscara de borboleta, jogar todos seus companheiros nas costas de Borgan e bradar:
- Risca a estrada, Pé-de-Pano!!! Digo, Borgan!
Mas era uma tarefa difícil carregar cinco pessoas no lombo e uma caixa cheia de conteúdo pornográfico da qual Schupen não quis se desfazer.
Foi quando Erca percebeu que deveria tomar alguma atitute. Puxou 2 tijolos da parede que fora acertada pela cabeça de Brag Ilhaberta e rumou para Borgan com uma cara abatida:
- Hehehe. O que é isso? Perguntou um nervoso (?) orc (?)
- Desculpe-me companheiro, mas você irá me agradecer no futuro...ou não...mas de qualquer forma, o importante agora é a nossa sobrevivência.
Agachou-se próximo às patas traseiras de Borgan, afastou os tijolos um do outro, deixando entre eles somente as partes mais íntimas do pobre suíno. Tentava não prestar atenção aos guinchos de desespero de Borgan, que mal podia se mexer, pois, agora toda a turma tentava segurá-lo.
Toc!
Foi um som suave que fez o encontro dos dois tijolos (embora o grito que soltou o orc não tenha sido tão suave assim).
- Corre, Suíno Miserável! Desesperava-se Sinsalabim enquanto via o Shamã persegui-los.
E antes que nossos aventureiros pudessem se dar por conta, estavam deitando o cabelo com a velocidade de um faisão, rumando para fora do castelo-fortaleza.
- Uiii como é bom Cavalgar!!! Gritava Bai Tabixóvski, a medida que recuperava seus ferimentos com o vento fresco que raspava em seu corpo.
- Espero que Jurbo Çal, famigerado tranbiqueiro, cujos cartazes de procurado ocupavam as paredes de todas as tavernas da redondeza, e os outros tenham conseguido acabar com Verca Nhão! Gemeu um todo quebrado Schupen Pausen.
Mal acabara de falar e os Manda-Chuvas se juntaram ao grupo gritando como moçoilas e fugindo de quatro exércitos inteiros.
Para todos os efeitos foi um ré na bicicleta Federal. E a retirada estratégica de nossos protagonistas quase pode ser descrita como: “A fuga das galinhas”.
Correram como se fossem o filho do vento, tentando alcançar a Vila da Pedra da Picadura.
O Trajeto, que ficava a dias de viajem, foi percorrido em poucos minutos e, quando já estavam sentindo o baço pedir arrego da corrida, chegaram.

A vila parecia um campo de guerra. Os homens que se salvaram estavam se protegendo no Barril de Ouro, que agora virara uma fortaleza... as mulheres pegavam os homens desavisados quando eles saíam para colher grãos, ou mesmo tirar uma água do joelho. E os que eram capturados estavam sendo feitos de escravos sexuais. O lugar estava um Caos.
Sorrateiramente, se dirigiram à taberna e bateram na porta:
-Quem está aí? Perguntou uma voz de ator pornô.
- Somos nós Zéma, abre aí pra gente... Respondeu Sinsalabim.
- Opaaa, não to abrindo nada seu pervertido!
-...a porta Zéma. Explicou-se o valente guerreiro.
A porta se abriu e, rapidamente, todos se mocozearam para dentro. Os homens sobreviventes que lá se encontravam imediatamente sacaram suas armas e apontaram para a Judia Dimin.
- Calma, calma! Começou Dimin: - Não estou paranóica como as outras... ainda sou virgem!
- ...
- Quê? Fala sério! Pasmou-se Endo Well.
-Sim, estou me guardando para o Bat Mitzvah!
- Uau! Você nem completou 13 anos ainda?! Perguntou um esperançoso Dr. Schupen Pausen.
- Seu pobre coitado, é óbvio que já, foi só uma brincadeirinha! Emendou Dimin.
- Ahnn bom..Mas me tira uma dúvida, pediu Endo, quando tu dizes brincadeirinha, tu queres dizer que tu não és virgem ou que tu não tem 13 anos?
- Argg, sim! Irritouse a Judia.
- Sim o quê? Arriscou-se Endo
- SIM CACETE, EU NÃO SOU VIRGEM!!!
- Ufa!!! Alívio geral na galera.
- ...Então...quer dizer... claro, não que eu esteja... sei lá... querendo algo...mas... nós dois... digo... Mas Zéma poupou Endo de concluir sua frase:
- Enfim, acompanhem-me até minha sala, a Sala Craia, para podermos conversar melhor.
Após todos terem se acomodado, Lockeiro começou:
-Bom! Até os Manda-Chuvas estão aqui! Espantou-se o taberneiro.
- Como você sabe que eles...? Antecipou-se Sinsalabim
- Ele é o fiel do segredo de Malanderson, interpelou Seucen Todoy.
- Então... isso só pode significar uma única coisa, alegrou-se Zéma: - Pout ah Velh’a e Verca Nhão estão liquidados! Hahahahaha!
Silêncio geral.
- Hahahahaha! Continuava rindo.
...
- Que foi? Vamos comemorar!
- Er.. Zéma...o problema é que...começou Borgan.
Mas o Tabernão não parecia acostumado com o novo visual do orc:
- Virgenzinha de Guadalupe! Espantou-se Lockeiro: - É você Borgan? Por diabos... o que aconteceu?
- Bem, quanto a isso... continuou.
- Nós levamos um coça daqueles malditozinhos! Confessou Salabim.
- SINSALABIM!!! Todos fuzilaram nosso herói com os olhos.
- O QUÊÊÊÊÊ?!?!?! SÓ O QUE EU PEÇO É PARA VOCÊS CUMPRIREM UMA SIMPLES MISSÃO: SE LIVREM DE POUT AH VELH’A, DESTRUAM VERCA NHÃO E VOLTEM PARA CÁ! MAS NÃO, NEM ISSO VOCÊS CONSEGUEM FAZER SEU BANDO DE INCOMPETENTES! Estourou Zéma Lockeiro.
E chutando tudo, saiu da sala.
Foram todos atrás dele, mas ele já havia saído para a rua. Segundo o barman, Rhasp Arroska, ele fora se distrair de tanta estupidez.
- O bofe está maluquinho! Falou Tabixóvski.
- Eu sugiro dormir por aqui esta noite, e amanhã começar a rezar, digo, a bolar um plano, pois os exércitos devem estar marchando para cá. Aconselhou Tomás Turbando.
- Temos que apertá-los aonde dói. Falou Seucen.
- Uiiiiii, to dentro! Atravessou-se Bai.

...Juntaram-se todos ao redor da mesa, e começaram a bolar um plano, encenando os ataques com os vidrinhos de sal e pimenta. Nada podia ser ouvido, a não ser algumas palavras soltas:
- Daí a gente ataca por aqui....
- ...arbustos...
- ou então assim...
- e os cavalos também..
Seucen olhava de esguelha para Rhasp Arroska:
- aqui.. isso... isso... e usamos ele como refém.

...

Nesse momento, a porta da taberna é arrombada, e uma silhueta aparece contra a luz que adentrava o portal, começando então a subir os degraus.
Era Zéma Lockeiro, Segurando Verca Nhão pelo Cangote e arrastando Pout ah Velh’a pelas orelhas:
- É assim que se faz um serviço bem feito, diacho! Reclama Zéma
Todos estavam surpresos demais para assimilar o que acabara de acontecer.
- Salabim, prepare o Porão dos Gritos para mim, fazendo o favor!
Ninguém estava acreditando.
- Sinsalabim, não irei pedir novamente... o Porão dos Gritos....AGORA!
- S.. sim, senhor. Foi-se o herói, fazer os preparativos.
Enquanto isso Pah Páinno Well arriscava:
- Temos que ter cuidado, os Exércitos virão procurar esses dois aí.
- Exército? Que Exército?... Ahh, aqueles putinhos lá... Hehehe, nem queira saber. Huhuhu.
*Engolida em seco em uníssono.*
Zéma futricou em um dos bolsos de Pout ah Velh’a, retirando um frasco para, em seguida, arremessá-lo à Borgan:
- Ó, isso é pra ti voltar ao normal.
Mas Borgan não possuía mais braços, somente patas, e agora observava o frasquinho ir de encontro ao chão de pedra da Taberna.
Porém, Tomás se joga valentemente no chão, sujando suas roupas de Burguês para resgatar o frasquinho. Levanta-se abre-o e dá pra Borgan (Hmmmm...dá pro Borgan).
Em poucos instantes, o orc se transformava novamente em Orc, para alívio de todos:
- Porra... não agüentava mais essa vida de porco.
E continuou com o desabafo:
- Polegares opositores fazem mais falta do que aparentam...
Mas, no meio tempo Sinsalabim tinha voltado, deixando o Porão dos gritos pronto para ser usado.
[Durante um bom tempo, todas as pessoas de Pedra da Picadura esqueceriam que a sala tinha sido ocupada por Sinsalabim, pois os gritos que perturbaram a cidade meses atrás não eram nada se comparado aos que passariam a atormentar aquele pobre lugar].
- Bom, pelo menos, agora posso voltar a vender Catuaba. Alegrou-se Borgan.
- E as mulheres da vila voltarão ao normal! Falou Dimin.
- E eu vou poder sentar tranqüilo! Exclamou Seucen Todoy.
- E eu voltarei para Era Ben Sadik!!! Gritou Sinsalabim.
Mas Só-Tem-Pedreira lançaria seu último apelo de crueldade, sua vingança, apesar de estar sempre se vingando.
Rhasp que estava escutando se intrometeu na conversa:
- Senhor, falou dirigindo-se a Sinsalabim, há algo sobre Era Ben Sadik que preciso lhe contar.
- Pois diga logo, ó Bartender! Apressou-se Sinsalabim
- Faz um mês agora, Ben Sadik, voltou à Axilla Ville para procurar Sinsaladim. Segundo rumores, ela foi vista sendo levada à força para a capital, escondida em uma carroça de salames.
- Era?! Ela foi tentar vingar-me de meu tio maléfico e acabou sendo raptada?! Isso...Isso... É tudo minha culpa!
- Na verdade ela foi fazer um conluio com ele para te fazer sofrer mais e mais e mais e mais. Mas o velho é tão mesquinho que acabou a raptando. Rebateu Rhasp.
- Não importa, é minha culpa ela estar sofrendo.
E, sem pensar duas vezes, subiu no balcão e bradou:
- Meus amigos! Terei que partir em uma jornada para salvar minha amada. Aqueles que quiserem me acompanhar serão bem-vindos, mas vou lhes avisando. E parou por um tempo antes de continuar:
- Não prometo nada senão dor e sofrimento, e lamúrias e agonia e pesar e aflição e mais dor e mágoa e amarguras e angústias e feridas e flagelo!
Sinsalabim demorou-se por mais um momento e então completou:
- Mas antes disso... É BACANAL GURIZADA!!! Berrou, já arrancando a sua camisa.
Silêncio Geral.
- Uhuuuuuuu!!! Gritou Bai Tabixóvski antes de ser silenciado com um tapão na nuca.
Silêncio Geral.
- Cara, só tem homem aqui... falou Tomás.
- Hum... É verdade, ruborizou-se Salabim: -...Sem bacanal então... quem sabe uma cervejinha?... Não? Ok. Ok.
Silêncio Geral.


...E Agora José?

THE END ?
ENDE ?
EL FIN ?
LA FIN ?
ALLA FINE ?
КОНЕЦ ?
HET EINDE ?
エンド (?)

FIM ?

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

A Saga de Sinsalabim (The Movie)

Após o sucesso de bilheteria em Massachussets, aí está o audio do melhor triller de ação desde 'As patricinhas de Beverly Hills'...

"EM BREVE NOS CINEMAS"

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

A Saga de Sinsalabim - Capítulo 19: Dos combates com Pout ah Velh’a e da super invocação

"Os antigos invocavam as Musas. Nós invocamo-nos a nós mesmos. Não sei se as Musas apareciam — Seria sem dúvida conforme o invocado e a invocação."
trecho de Fernando Pessoa

"3...",

E logo quando seria finalmente dada a vitória, ao vilanesco Pout ah Velh’a, eis que surge uma esperança na figura besuntada de Bai Tabixóvski, quando este sobe no trono, e cai num rasante Corner-Cut à la Macho Man, na direção do inimigo.
Porém este era vivido nas técnicas da luta livre, e não caiu na arapuca do destemido Bai, e no momento que ia ser acertado, esquivou-se para o lado deixando com que o golpe pegasse em cheio nosso pobre guerreiro Sinsalabim.
- Caralho!!!! - foi o heróico grito de agonia ao ser acertado.
- Desculpa, mas a culpa foi dele que desviou - retorquiu Bai apontando desesperadamente para Pout ah Velh’a. - Mas deixa pra mim, eu vou derrota-lo agora, em nome de todo o M.R.L.L, eu prometo que acaberei cm você Pout ah Velh’a!
- Mas que porra eh essa, você faz parte disto?
- Querem parar com esta palhaçada de siglas, já to cansando. Afinal o que é esta tal M.L sei-la-o-que? - murmurou Sinsalabim.
- É o Movimento Rosa nas Lutas Livres, do qual Pout ah Velh’a é nosso principal rival, e foi este o motivo que me levou a ajudar vocês nesta jornada não é Schupen Pausen?
- Fale por você sua bicha besuntada - manifestou-se, enfim Pausen.
- Sinsalabim, eu só queria que você soubesse que depois desta batalha, eu vou voltar para minha cidade natal e me casar, ok? - confessou Tabixovski, lançando-se num Power Kick Furioso das Bolas Escondidas 69, contra Pout ah Velh’a.
- Que porra eu tenho a ver com isso? - murmurou nosso herói.

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- Meu conselho é que vocês parem de rir feito retardados, por um minuto - aconselhou Tomás Turbando - Nós estamos tendo problemas.
- Caralho!, acho que ele tem razão. Vamos começar a invocação daquele-que-vocês-sabem-de-quem-estou-falando - disse sabiamente Pah Páinno Well.
- Caralho! Vamu mesmo invoca este malandro? - perguntaram os assustados irmãos Well.
- Caralho! Mas como vamos fazer para dete-lo depois? - uma voz saida do nada que suspeitava-se ser de Seucen Todoy.
- Caralho! Depois a gente ve isso, porque agora ele é a única salvação - concordaram Judia Dimin e Roy.
- Caralho! - exclamou Jurbo Çal.
- O que? - perguntaram os outros.
- Nada era só pra não ficar de fora - respondeu Jurbo.
- Meu conselho, caralho, é que vocês parem com esta p$*#%@& toda e invoquem esse f$#@& da p$%@, antes que o exercito f&#@ o c# de vocês todos, ok? Fui claro? - aconselhou sabiamente, Tomás.
- Vamos então dar inicio a cerimonia de invocação - disse solenemente Pah.

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Tum.......Bhammmmmmmm.

Foi mais ou menos o barulho que fez o corpo inerte de Tabixovski ao cair ruidosamente no chão.
- NÃÃÃÃÕOOOOOOOOOOOOOOO - descontrolava-se Schupen - Agora irei vingar a morte de meu companheiro, ahn, não companheiro desta forma que vocês esao pensando...tipo só amizade entre a gente, ok? - Tentou explicar-se para todos que olhavam meio atravessado para ele agora.
-Companheiro...hum...sei.... - murmurava Erca
-Sim, ele era só meu amigo tanto, que depois desta batalha, prometi que voltaria a minha terra natal para me casar com uma menininha que conheci pelo chat do Terra.
- Mais um? - pensou Sinsalabim com seus botões.
- Morra Pout ah Velh’a!!!!!!!!! - gritava Schupen enquanto atacava com seu Master Chupitz -15 Redtube Lolitas Max.

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♫ O necessário, somente o necessário, o extraordinário é demais. O necessário somente o Onecessário, por isso é que essa vida eu vivo em paz. ♫ - Cantavam alegremente o coro dos chefões em volta de um amontoado de pedras de formato esquisito.
-Seus imbecis!!! - bradou Pah, estão invocando errado, estão tentando chamar quem, o Balu? Além do mais só este amontoado de pedras não é o suficiente precisamos, de água, e fogo além do quinto elemento?
- Ah a Mila Jovovich? - perguntou um.
- Não seu mentecapto, o QUINTO elemento.
- Ah deve ser o anel do Endo? - perguntava outro
- Não meus filhos, o quinto elemento é o coração.
- A que viadagem, garanto que é que nem filme classe B que os caras vem com essa palhaçada. "onde esta a resposta mestre? procure no coração e descobrirá.", estas porcarias assim, não é?
- É óbvio que não, a gente tá tentando invocar o simbolo das forças da Ordem dos Amigos de Malanderson, o próprio Malanderson.
- Oh, Oh, Oh!!!!!!
- Temos todos os materiais? Seucen?
- Tá na mão.
- Ótimo, fico feliz que cumpriu sua obrigação, mas apenas me responda mais uma coisa.
- Sim pode dizer.
- Onde diabos tá sua mão Seucen?

---

Tzummmm Tchabummmmmmmmmm Crashhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh.

Este foi o som da queda de Schupen, ao ser vilanisticamente derrotado por Pout ah Velh’a. Porém isso havia sido o limite para Sinsalabim, este já não podia mais ser apenas um bibelozinho assustado frente ao que estava acontecendo aos seus companh..., melhor dizendo, amigos. Então puxando la do intimo de suas forças gritou:
- EU FALEI QUE NÓIS DEVIA TE PICADO A MULA!!!!!!! Mas agora que não tem mais jeito vamu pra peleia mesmo Pout ah Velh’a. Isso vai ser pelo pobre do Tabixovski que me disse que ia voltar pra sua cidade e montar uma padaria e pelo Schupen que sempre sonhou em montar uma barraca de fruta em Curumim.
-Quando foi que eles disseram isto? - perguntou Pout ah Velh’a
- Deixa de papo furado e sofra a minha fúria.
E com toda a fúria que emanava do seu corpo mais uma vez ele invocou seu maldito poder. Agora sim Sinsalabim (rimei) iria fazer com que Pout ah Velh’a conhecesse da dor, pois agora, pegando uma mascara que estava no bolso de tras de Tabixovski ele era:
- A BORBOLETA MASCARADA.

---

- Água. Foi despejada um pouquinho de aguardente vinda diretamente dos barris de Zéma Lockeiro, aos protestos dos irmãos Well.
- Terra. Foi jogada uma das pedras com formato de abobora de pescoço no chão.
- Ar. Jurbo deu uma esvaziada no estomago ali próximo.
- Fogo. Tomas ficou uns quinze minutos batendo uma pedrinha na outra até conseguir uma labareda.
- Coração. Seucen deu a idéia de pegarem o coração de um porco que estava morto ali próximo, mas desistiu depois dos olhares maquiavélicos de seus companheiros. Foi bem quietinho pegar uma galinha.

-Fogo.Terra.Agua.Ar.Coração.
-Pela união de seus poderes eu sou o PUMBA.
E então surgiu a figura de um porco selvagem muito mais ou menos, e nem um pouco heróico, muito menos assassino do que imaginavam.
-Mas que porra é essa? Cade o Malanderson?
- A o Timão, respondeu o porco, ele não pode vir está com ahn, como é mesmo o nome, hummm, gripe, é é gripe. Então ele me mandou em seu lugar. Satisfeitos?
Os manda chuvas olhavam uns pros outros enquanto Tomás, tentava contornar a situação com seu humor ferino:
- Não podia pelo menos ter vindo o Simba?


E então será que Sinsalabin, ou melhor Borboleta Mascarada será capaz de derrotar o vilão Pout ah Velh’a? Será que Pumba dará conta do recado, no lugar de seu colega Timão? Esta aventura aproxima-se de um desfecho emocianante. Não saiam de casa, pois nunca se sabe se não podem ser atropelados ou coisa pior, então por via das duvidas não corram risco de perder o final.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

A Saga de Sinsalabin Capítulo 18: O Duelo

Agora as coisas começavam a correr bem. Mais uma vez o grupo estava unido novamente, e contava com a presença dos Manda-Chuvas da Ordem dos Amigos de Malanderson. Só restava agora invadir o Castelo-fortaleza-impenetrável-não-mais-guarnecido-por-trocentos-e-dois-soldados e açoguiar Pout ah Velh’a (e, de brinde, talvez desse para ensinar uma lição à Verca Nhão também).
Tudo parecia indo bem, com a trupe de heróis se dirigindo ao baluarte lado a lado, em uma posição magal e em câmera lenta, quando então um barulho invadiu os ouvidos do bando. Sons de pés. Muitos pés. Milhares de pés. Diria até que eram dezenas de pés!! . Alisan do Cressi, acompanhado de Lady Incent Ivo Acultura (portanto uma melancia de proporções descomunais), chegara com seu 1º, 2º, 4º e 5º exércitos! Tipo assim...era uma cambada em bastante número. E mais. Os estandartes mostravam não o brasão do regente-em-chefe de Só-Tem-Pedreira, mas o brasão da Ordem DASPU. Sim, Alisam era o chefão daquela ordem, e não podia perder a oportunidade de trucidar os Manda-Chuvas da Ordem dos Amigos de Malanderson.
E agora, o quer nossos heróis fariam?!
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A decisão foi tomada rapidamente por Sinsalabin, em ato de rara liderança:
-Vamu picá a mula, rapá!!!
Sinsalabin já ia correndo feito uma gazela quando os Manda-Chuvas o interpelaram:
-Acalma-te, nada está perdido!! Vocês devem entrar na fortaleza e derrotar Pout ah Velh’, que nós (os Manda-Chuvas) vamos combater Alisan e seus seguidores!! - urrou Tomás Turbando.
Feliz com a idéia de ficar protegido pelo muros da fortaleza, Sinsalabin concordou prontamente, assim como o resto dos seus companheiros (Jurbo, diga-se de passagem, ficou entre os chefões).

Assim, Jurbo Çal (cara...não tô a fim de botar toda aquela tranqueira...), Tomás Turbando, Roy, judia Dimin, Seucen Todoy, John Well, Endo Well e Pah Páinno Well se postaram na frente do portão, prontos para a peleia; e Sinsalabin, Erca Tarro (idem), Borgan, Schupen Pausen e Bai Tabixóvski entraram na morada de Pout ah Velh’a (que por sinal estava com a porta aberta).
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Quando o grupo que entrou no castelo pisou os pés no salão principal, se deparamram com um ambiente vazio, fora alguns serviçais: todos os soldados foram pro saco na Batalha do Buraco 69. No meio da sala, um sujeito vestindo um fraque os recebeu.
-Eu sou Brag Ilhaberta, mordomo de Pout ah Velh’a.
-Beleza mano... nós somos os entregadores de pizza... - respondeu o porquíneo Borgan.
-Oh sim! - disse Brag - Demoraram heim? o sr.Velh’a estava ficando impaciente...
Então Ilhaberta (que percebe-se que era meio tapado, pois ninguém ali tinha panca de motoboy) conduziu o grupo pelos corredores do edifício, até que chegaram numa sala bem grande, uma grande poltrona no fundo e um enorme espaço vazio no centro, com alguma mobília.
-O milorde está no trono e já deve vir atendê-los - comentou Brag.
-Hmm? - indagou Sinsalabin, não entendendo nada.
-Tipo... ele está...passando um fax...
-Fax? Quéqué isso?
-Adubando... sabe...
-Ahh... ele está fazendo jardinagem...
-Não cara! o milorde está defecando!!- Exclamou o mordomo, não aguentando mais.
-Como assim... fazendo café?
-NÃO, CARALHO!!! ELE TÁ CAGANDO, ENTENDEU?! CAGANDO! ELE SENTOU NA PATENTE E TÁ CA-GAN-DO!!!! - Urrou o serviçal, fazendo bruscos jestos de mímica para Sinsalabin entender melhor.
-Ahhh... trono...privada...entendiii...
Brag Ilhaberta soltou um longo suspiro e, nesse exato momento Pout ah Velh’a apareceu. Sim. Isso mesmo. Finalmente o vilão-mor mostrou as caras. o maldoso semi goblinóide, semi-yeti apareceu, com seu incrível um metro de altura! Ele saiu de uma portinha atrás da poltrona, e trajava uma túnica marrom: tudo nele era assustador, até o papael higiênico preso em seu sapato. Por fim, ele disse.
- Trouxeram a de anchovas?
-Não! - gritou Erca, sem se controlar e se lembrando de babuínos, mandiocas e cornetas - Mas daqui a pouco tu vai virar uma de presunto!- e se atirou ao ataque.
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No lado de fora da fortaleza, tudo parecia perdido. Por mais fodões que os Manda-Chuvas fossem, não conseguiriam derrotar tantos soldados. Então Seucen Todoy, de um lugar desconhecido, sussurrou.
-Vocês estão pensando o mesmo que eu?
-Depende, você está pensando em ligar pro disque-chope e irmos azarar lá no Zéma Lockeiro? - indagou Turbando.
-Bem, eu tô pensando nas qualidades da Lady Incent Ivo Acultura ali na frente - Disse Roy.
-E eu não consigo sentar pensando no anel do Endo - exclamou Pah Páinno Well.
-E eu... - judia Dimin ia completar a frase quando Todoy esbravejou.
-Não seus idiotas! Eu digo da nossa última esperança...
-Ahhh...- interpelou Jurbo - evocar o...
-Ele mesmo.
Então todos os Manda-Chuvas se olharam com uma cara aloprada e soltaram uma gargalhada.
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Em cinco minutos, Erca já estava pedindo água no chão, derrotado pelo poderoso Pout ah Velh’a. E não foi só isso. O xamã, com sua magia perversa, imobilizou nossos heróis. Todos. Sinsalabin já estava se borrando novamente quando então aconteceu. A técnica de Hera Ben Sadik, "Fazer o outro sofrer o sofrimento eterno", despertara mais uma vez. Sinsalabin, em um movimento rápido, puxou uma máscara da cueca e vestiu sua cabeça. De repente seu corpo ficou besuntado por óleos aromáticos. E então nosso herói correu em carga total em direção de Pout ah Velh’a, e ele nada pode fazer.
De início, Sinsalabin aplicou um Suplex Carpado Rotativo, o que já desgastou o vilão. Logo mais, usou o Super Dozer Mega Puch MagrolagemMax para escoriar Pout ah, e completou com um Iron Kick of Disneyland. Pouth ah Velha caiu, gemendo.
Sinsalabin então puxou a mesa, subiu em cima e ia aplicar seu golpe assinatura, o Grand Crap Sinsalabator Pédimesóvski Turbotron.
Saltou e faltava apenas alguns metros até cair em cima de Pout ah Velh'a quando algo se pôs em seu caminho. Era Pout ah Kep'a Ryu, o irmão gêmeo de Pout ah Velha'a, que absorveu todo o golpe e caiu feito um saco de batatas no chão.
Então Pout ah Kep'a Ryu susurrou para seu irmão.
-Irmão...
-Sim...respondeu Pout ah Velh'a.
-Irmããão...
-Siim...
-MATA ESSE PUTO DO CARALHO DE MERDA! FODE ELE! SEU CUZÃO! ME SACRIFIQUEI AQUI! É BOM TU ACABAR COM A RAÇA DESSE BOSTINHA!
Sensibilizado pelo último suspiro de seu manubródi, Pouth ah Velh'a puxou forças das suas entranhas mais nojentas e meteu um Double Super Hiper Mega Futsafai Uppercut Com Mostarda em Sinsalabin que, surpreendido pelo movimento, caiu de costas no chão.
Não era só isso. Verca Nhão, do nada, apareceu com uma cadeira de ferro revestida de tachinhas e jogou ela para o xamã.
Este castigou Sinsalabin com o objeto como nunca antes e, então, pulou em cima do semiconsciente lutador. Brag Ilhaberta então (não entendendo direito por que fez isso) começou a contar.
"1..."

"2..."

E agora? Será que Sinsalabin e sua turma do barulho conseguirão derrotar Pout ah Velh'a e Verca Nhão? Será que os Manda-Chuvas da Ordem dos Amigos de Malanderson conseguirão barrar a hoste de Alisan do Cressi e Lady Incent Ivo Acultura?

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

A Saga de Sinsalabin - Capítulo 17: A Porca Torce o Rabo.

Sinsalabim estava atônito. Os músculos de sua face contraíam-se contundidamente em um ímpeto involuntário. Uma gota de suor escorria, solitária, pelo semblante pálido de seu rosto, transparecendo o terror incrustado em seus olhos.
Aterrado em desespero, permanecia imóvel, esperando aquela mortalha flamejante envolvê-lo para livrar sua alma do pavor transcendente. A vontade de gritar era atroz, entretanto tentava, com todas suas forças, conter suas lamúrias. Mas, no fundo, ele era um Covarde. Sabia disso. Não passava de uma mamãezinha, um maricas. Um Pusilânime e pesaroso poltrão.
O que se seguiu foi um grito lancinante. Saiu rasgando as pregas de sua garganta. Um gemido tão gay quanto o sentido dúbio da frase anterior.

.

...Um turbilhão de incertezas se acometera de Sinsalabim momentos antes de acender o Pé-de-mesa:
“O que Roy estivera pensando afinal? Ele poderia ter escolhido qualquer outra pessoa mais capaz [ou seja, qualquer outra pessoa mesmo] para esta tarefa, mas logo eu? Por quê?” pensou, para si, nosso intrépido herói.
E, em seu apogeu filosófico, prosseguiu:
“E ainda tem esse pergaminho cheio de desenhos que Roy me deu. Olhando agora, ele parece ter milhões de interpretações possíveis!” Concluiu, por fim, Sinsalabim (Ha! Rimou!)

E numa última tentativa de desvendar sua Sina, desenrolou o pergaminho, revelando o indecifrável desenho...




...


Há algumas horas atrás, não muito longe da típica clareira da floresta, perfeita para emboscadas, Lady Incent Ivo Acultura chamava Jurbo Çal, famigerado tranbiqueiro, cujos cartazes de procurado ocupavam as paredes de todas as tavernas da redondeza, para uma ‘conversinha’ particular na sala VIP de Verca Nhão, deixando Erca Tarro, o biltre assaltante que aterroriza as estradas da floresta até o riacho lá no alto da colina, chupando o dedo na ante-sala circular.
Contudo, ao sair, Lady deixara cair um papelzinho. E, agora, um estupefato e embasbacado Erca encontrava-se bisbilhotando seu conteúdo.
No pergaminho lia-se:

“Lady Incent Ivo Acultura, membro oficial da Ordem DASPU”

- Meu São Crispim, e agora? Gemeu Erca.
Continuou a passar o olho pelo escrito e encontrou um asterisco em DASPU onde, em uma legenda minúscula no canto inferior do rascunho, estava uma explicação detalhada para aquele paradigma:

“DASPU (Discípulos Aniquiladores dos Selvagens Porcos Unijugados): Seita do Eixo infiltrada na Ordem dos Amigos de Malanderson que visa à total e completa destruição dos Porcos Selvagens.”

“Nossa!” Pensou Erca enquanto tirava do dente, um nervinho de porco selvagem encontrado no molho das rosquinhas de polvilho que Salabin lhe confiara antes de partir. – “Isso quer dizer que Lady é uma espiã infiltrada na Ordem, e, conseqüentemente, nossa inimiga!” E, sem parar com seu raciocínio, continuou até finalizar: “O que será que ela quer com Jurbo? Será que ele sabe da verdadeira identidade de Lady Incent Ivo Acultura?” [Óbvio que ele não sabia].
Erca Tarro, o biltre assaltante que aterroriza as estradas da floresta até o riacho lá no alto da colina, encontrava-se há uns 15 minutos em completa compenetração, tal que alternava: ora fazendo uma caratonha tão medonha (Há! rimou de novo!) que ficava impossível distinguir sua face de seu traseiro, ora fazendo uma cara de alívio, como que se estivesse - e de fato estava - expelindo gases. Nosso amigo caía em um dilema mortal:

1- Entrar na sala, bancar o herói (e, provavelmente, levar um coça) tentando apanhar a traidora de surpresa, para então (supondo que eles não levassem uma tunda) sair com Jurbo Çal carregando o corpo da General (Há! Muitas rimas nesse capítulo!) para enfrentarem o 3º Exército de Alisan do Cressi sozinhos;

2 – Fingir que não sabe de nada e ficar numa ‘nice’.

Erca, pressionado, não sabia mais o que fazer, estava começando a ter um ataque de flatulência quando uma rodinha começou a se formar em um canto e, antes que pudesse perceber, estava sendo alvo de xoxotas, digo, chacotas da trupe:
- Hahahahaha! E daí ele fez kabumm! Disse um dos guerreiros, dando uma olhada de soslaio para Erca Tarro, o biltre assaltante que aterroriza as estradas da floresta até o riacho lá no alto da colina.
- Bwahaha, boa, boa, mas eu tenho uma muito melhor, sente só: - Por que o goblin levou um pé na bunda da mulher dele?
- Não sei cara, porque ele é feio? Falou um putinho lá.
Ha! Não! Porque ela queria alguém mais maduro!
- E maior! Completou um maluco.

*risos*

Erca Tarro estava amarelo de raiva, mas antes que pudesse fazer algo, alguém lá no meio bradou:
- Uuuu, nem adianta ficar assim! Ela não vai voltar pra ti!
-HAHAHAHAHA!!! Muitos risos no grupinho...
Mas não por isso pararam:
- Desista goblin! Mais cedo ou mais tarde a gente vai te queimar na rodinha aqui!
- HAHAHAHA!! Entenderam? Hã, hã, hã? Queimar na rodinha!! Cara, a gente é foda demais! Falou o piadista.
- Pô, velho, muito boa, to me sentindo o Ari Toledo aqui, disse um outro do grupo.
Esta fora a gota d’água para Erca. Um monstro havia despertado dentro dele. Enfim, decidira agir. Havia resolvido seu dilema e já não restavam mais dúvidas, estava conciso, e, com um ímpeto fugaz, fingiu que não sabia de nada e ficou numa ‘nice’.
Entretanto, mediante este gesto de total covardia, digno de Sinsalabim, nosso pequeno verde amigo resolve que iria, pelo menos, investigar a fundo e esperar o melhor momento para contar a Jurbo Çal, famigerado tranbiqueiro, cujos cartazes de procurado ocupavam as paredes de todas as tavernas da redondeza, sobre Lady.
Utilizando de toda sua furtividade, deixou o grupo em meio àquele gozo e, sabe-se lá da onde, puxou um Tradicional Kit de Arrombar Portas, sempre útil em situações de rara ocasião e de sucesso imprescindível, que custam os olhos da cara e todo personagem têm, embora nunca tenham gasto um mísero tostão ou sequer mencionado possuí-lo em outras partes da história. Rumou, então, para o corredor que dava acesso à sala VIP de Verca Nhão.
Fez algumas manobras com as chaves do seu Tradicional Kit de Arrombar Portas, sempre útil em situações de rara ocasião e de sucesso imprescindível, que custam os olhos da cara e todo personagem têm, embora nunca tenham gasto um mísero tostão ou sequer mencionado possuí-lo em outras partes da história, e, por fim, abriu sorrateiramente o portal.
E, quase que instantaneamente, mudou de idéia sobre seu plano de ação, escolhendo a opção número 1 de seu dilema: lutar. Não brava ou heroicamente, até porque essas palavras inexistem no vocabulário de nossos protagonistas, mas ainda assim lutar.
Deparou-se com uma cena horrível, que trouxe à tona lembranças suas há muito esquecidas. Jurbo Çal estava acorrentado, de costas, em uma roda de madeira - como aquela que o Silvio Santos girava todos os domingos, no programa do Baú. Ao seu redor, uma vasta gama de frutas e leguminosos dos mais variados tipos e tamanhos enfeitava o recinto, lembrando a Feira da Fruta de Curumim.
Erca estava paralisado. Imagens dos maus tratos sofridos na Fazenda de Jugide Pravado invadiam sua mente.
Enquanto isso, Jurbo Çal, que não sabia da presença de seu confrade no aposento, se preparava para o pior.
Lady cantava algo que, malignamente, soava como:
“- Um pedacinho do seu Fubãozão é meu...é meu, é meu, é meu!!!”
E Jurbo Çal, famigerado tranbiqueiro, cujos cartazes de procurado ocupavam as paredes de todas as tavernas da redondeza, se defendia, também em ritmo musical:
“- Tudo que você quer me dar, é demais, é pesado, não há paz...”
E, de súbito, parou de cantarolar quando viu Lady pegar a maior melancia que já vira na vida:
- E então... começou Ivo Acultura deixando a fruta bem à mostra: - onde está o resto da Ordem dos Amigos de Malanderson?!
- Morra Vadia! Nunca falarei!
-Nem com a melancia?! Acultura mostrou novamente a fruta grande e gorda.
Jurbo engoliu seco:
- Claro que não, era só brincadeirinha!!! Hehehe, melancia, pra quê isso? Eles estão no...
Não se sabe bem o que aconteceu depois disso. Só que Erca, canalizou toda sua raiva reprimida, e, por um momento, tudo ficou escuro. Quando voltou a si, era Lady Incent Ivo Acultura que estava presa à roda de madeira e Jurbo Çal que segurava a melancia com uma cara de desorientado.
- Cara, foi por pouco! Comenta Erca.
- Pois é... Responde um todo Constrangido Jurbo.
Alguns minutos de silêncio e um clima muito constrangedor tomaram conta da sala, pois Erca acabara de ver Jurbo com as calças arriadas em uma posição milionária.
- Enfim... Exclamaram ambos os goblins em unísono.
-...bom.... Novamente em sincronia.
O constrangimento continuou...
- Se tu puderes não comentar isso com ninguém, sabe, eu ficaria grato. Apelou Jurbo.
- Certo. Concluiu Erca.
- Mas como tu fez isso? Recomeçou o pequeno druida, apontando para uma desacordada e amarrada Acultura.
- Cara, sei lá, acho que foi aquela SchinCola que bebi antes, não me sentou muito bem...
- Ahn, entendo.
-Mas agora eu tenho um plano para derrotar o exército do lado de fora!
- O QUÊ?!?!? TU TÁ BURRO?!?! COMO ISSO?!?! Irrita-se Jurbo.
- Calma, confia no pai aqui que tá tudo tri.
Muito a contragosto, Jurbo segue Erca, que sai para a ante-sala circular e grita para a massa:
- É AGORA QUE A JIRIPOCA VAI PIAR, CAMBADA!!! IVO TÁ SEM ROUPA LA DENTRO DA SALA!!
Um murmúrio geral toma conta da legião, e um clima meio constrangedor, igual ao que acabou de acometer os dois goblinóides, instala-se no recinto.
Até que o silêncio é quebrado:
- Tu é gay mermão? Pergunta um soldado lá no meio.
- Quem é que vai querer ver o Tio Ivo pelado, rapaz? Além do mais ele ta aqui ó, falou outro milico apontando para o soldado à sua esquerda.
- NÃO, SEUS MENTECAPTOS, NÃO É O TIO IVO, É LADY INCENT IVO, E ELA ESTÁ PELADINHA LÁ DENTRO DA SALA E DISSE QUE VAI DAR PRO PRIMEIRO QUE PASSAR POR AQUELA PORTA!

E lá se foi o disco voador.

Como uma penca de Abutres, não, não. Uma manada de Abutres, não, também não. Um enxame de Abutres...putz...enfim, como muitos e muitos abutres ávidos por carne fresca (muito fresca, diga-se de passagem), todo o 3° Exército, que não via mulheres há 5 meses, entrou como um maçom ensaboado, ou melhor, um muçum ensaboado, na sala VIP de Verca Nhão, onde Lady se encontrava.
Erro Crasso.

.

Erca Tarro e Jurbo Çal corriam pela noite. Fugiam, em direção à floresta, da nuvem de poeira que se projetava alta a partir do chão. A brisa noturna carregava o cheiro acre de sangue e tripas, enquanto alguns gritos de desespero ainda podiam ser escutados através do horizonte.
Abismo-Cruel tombava. Implodia sobre seus alicerces; e o som das rochas caindo acompanhava o vôo melancólico dos corvos em direção ao vale.
O Clodovil, digo, Covil, de Verca Nhão ia abaixo como o membro gasto e surrado de um velho, depois de dar ‘umazinha’. E o 3° Exército de Alisan do Cressi estava virando recheio de panqueca embaixo da pedra bruta.
Longe da visão comunal e abaixo dos escombros, uma figura ascende imponente entre os destroços, erguendo-se sob a luz da lua cheia como se estivesse ressurgindo dos mortos.
E agarrada à sua melancia estava ela, Lady Incent Ivo Acultura. Estropiada, porém, viva.

.

- Pelas barbas do profeta, que foi isso?! Pergunta, ofegante, Jurbo Çal, enquanto os dois verdejantes amigos paravam para recuperar fôlego.
- É que eu encontrei isso na sala VIP de Verca Nhão. E mostrou ao seu companheiro o achado.
Um controle com um único botão em sua superfície: “O” temível “The Big Red Button”.
- Mas como tu sabia que isso iria explodir o Clodovil, digo, Covil? Indagou Jurbo.
- Não sabia. É que me deu uma vontaaaade de apertá-lo...O plano era só trancar o exército na sala.
- Ah... claro, disse Jurbo.
E foi então que a dupla dinâmica viu uma fumaça subindo por sobre as copas das árvores. Não era uma fumaça amarela, com bolinhas azuis avermelhadas e sabor de chocolate, como esperavam, mas ainda sim, era definitivamente o sinal de Sinsalabim (Rimou Haha! Na próxima vai ser um Rap), pois, logo após verem a fumaça, um grito muito peculiar de dor e agonia preencheu as cavidades auriculares verdes de nossos amigos.

...

Enquanto o inimigo avançava pela interminável distância até o exército dos porcos selvagens, estes ganhavam alguns preciosos segundos.
Borgan ria que nem um demente por causa do efeito da erva. Mas, no fundo estava puto da cara:
- Que porra de arma esse animal foi preparar? Pensou, referindo-se à Schupen Pausen.
Mas ao olhar o papelzinho deixado pelo Dr., notou algo escrito no verso:

“Dr. Schupen Pausen, graduado pela Universidade de Massachussets, membro da Ordem dos Amigos de Malanderson”

- É ruim hein rapá! Pensou Borgan. - Isso já está virando modinha.
Mas foi então que ele viu:
O General inimigo, Eudetest Ofruta, cavalgando contra a Vara de Borgan (frases cheias de duplo sentido) e, preso ao seu cinto, um pacotinho de Naquinhos de Porco Selvagem balançava ao vento.
Esse foi o estopim para os Porcos, que pareceram ver a cena também e, mediante o brado de Borgan, partiram em investida furiosa contra os trocentos e dois soldados.
Mas, Só-Tem-Pedreira é um lugar hostil. Um lugar imundo e amargo. Um lugar de muita tragicomédia, contudo, ele é quem sempre ri da cara de seus habitantes.
Os trocentos e dois soldados haviam escutado as profecias de Pout ah Velh’a e se preparado com antecedência contra o ataque.
Momentos antes dos exércitos chocarem-se, Eudetest Ofruta, que ansiara por este momento, lançou uma ordem a seus subordinados. Quando presas e escudos estavam para se encontrar em batalha, os guerreiros inimigos, todos, jogaram Pérolas aos Porcos, refreando a investida.
Os porcos pararam atônitos, com lágrimas nos olhos vendo aquela quantidade sobrenatural de bolinhas brancas e perfeitamente esféricas, escorrerem pelo campo. Era uma cena única, linda. Como se toda a selvageria de seus corações tivesse acalmado.
Mas, não ia ficar tão barato, Só-Tem-Pedreira sempre reservava uma crueldade na manga.
Pout ah Velh’a se enganara, nunca havia reparado que o ditado dizia: NÃO jogue Pérolas aos Porcos. Porém, o erro foi percebido tarde demais.
Hipnotizados e desamparados, sob uma pálida lua cheia, os Porcos Selvagens chacinavam e matavam e extirpavam com um brilho obscuro nos olhos e uma tranqüilidade incomum.
Mas os inimigos eram muitos, beiravam a casa dos trocentos. E mesmo Possuídos pelos Demônios, os porcos tombavam.
Uma figura corria, manca, em direção à Borgan e Bai Tabixóvski. Schupen Pausen havia retornado e sua arma salvaria os suínos que estavam morrendo no campo de batalha:
- É isso aí!! Tá na hora da onça beber água! Bradou Tabixóvski.
Mas o que viam era um desesperado Schupen Pausen que chegou ofegante e gritou em plenos pulmões:
- FUDEU GERAL!
- Que?!?! Perguntou Borgan.
- Como assim?! Indagou Bai.
- Não tenho mais minha arma secreta! Esqueci que a troquei pela coleção completa da revista ‘As melhores Sub-15’.
- E por que diabos tu fez isso, magrão?
- Tu ta de brincadeira né? As melhores teens do mundo estão lá...
- Isso...isso...Que coisa mais doentia! Enojaram-se Borgan e Tabixóvski, juntos.
- Tu não podes falar nada, porque tu quase trocou esse teu taco de borracha aí, pela edição especial da G-Magazine! Falou, irritado, Schupen para Bai Tabixóvski.
- Aii, mas era a do Vampeta! Defendeu-se o ainda besuntado amigo.
Enquanto isso, nossos heróis levavam um coça no campo de batalha, e Dr. Schupen Pausen já estava convencendo os dois combatentes para soar a retirada, quando algo aconteceu.
Um grito de dor e agonia tomou conta do campo de golfe e, instantes mais tarde uma figura coberta em chamas corria alucinada em direção ao dispersado exército de Eudetest Ofruta.
- O que é aquilo? Exclamou o ancião dos suínos.
- Será um Cavaleiro do Apocalipse? Pergunta um porco.
- Será a morte encarnada? Pergunta outro porco.
- É O INRI CRISTO!!! Grita Schupen Pausen em meio ao caos.
- NÃO! É SINSALABIM! Exclama Borgan, já familiarizado com os gritos de desespero.
- Ele está botando os gatunos pra correr, olhem!

...

Chicotadas nas costas? 12 reais com o Torturador. Correntes Mortais? 50 reais com Era Ben Sadik. Arder em chamas até sentir a pele do rosto se fundir com o tutano dos ossos? Não tem Preço.
E como doía. Era a dor mais avassaladora que Sinsalabim já sentira. Superava em muito os joios de trigo roçando em suas partes, e o frasquinho nelas outrora atirado por Jurbo.
Corria como o vento, mas a brisa só fazia as chamas avivarem mais e mais. Salabim tornara-se uma pira funerária viva, não por muito tempo é claro, mas por enquanto, viva.
Só tinha um objetivo em mente, alcançar o laguinho atrás do campo de golfe.

...

O Exército inteiro de Pout ah Velh’a corria ensandecido por suas vidas, alguns se matavam durante o caminho, sucumbindo à loucura, e os que ficavam para trás eram trespassados pelas presas dos porcos. Em poucos instantes a planície estava deserta, e a única bandeira de pé que se via no campo de batalha era a bandeirinha do buraco 69.
E foi assim que o temível Exército dos Trocentos e Dois Soldados fora dizimado. Tudo graças ao Pé-de-Mesa. E claro, uma parte coube à Sinsalabim.
Quando a poeira abaixou Jurbo e Erca tinham chegado ao local da batalha. Jurbo Çal, famigerado tranbiqueiro, cujos cartazes de procurado ocupavam as paredes de todas as tavernas da redondeza, cuidava de Sinsalabin enquanto Erca Tarro, o biltre assaltante que aterroriza as estradas da floresta até o riacho lá no alto da colina contava o que descobriram em Abismo-Cruél.
Reunindo todos, Jurbo Çal e Dr. Schupen Pausen, os mais velhos e sábios do grupo, se entreolharam e concordaram:
- Agora que vocês todos participaram desta batalha, Vocês não serão mais meros Acólitos na Ordem, chegou a hora de conhecer todos os Manda-Chuvas, cada um deles controla um Clã de Adeptos à causa de Malanderson.
Conforme chegavam mais perto, Jurbo se preparava para abrir um Portal, enquanto, sussurrando algumas palavras, Dr. Pausen invocava o Conselho da Ordem.
Após alguns instantes, três figuras saem do portal:
- Esse, começou Jurbo apontando para um Peregrino, é Roy. Creio que Salabim já o conheça.
- FILHO DA P... começou Sinsalabim.
- Contenha-se, filho. Interpelou Pausen.
- Mas... recomeçou Sinsalabim, porém fora silenciado novamente pelo Doutor Pausen.
-E esta, continuou Jurbo Çal, fingindo não escutar a ceninha que fazia Salabim, é a judia Dimin.
Enquanto apresentava Dimin, um aristocrata acabava de passar pelo portal.
- Nosso conselheiro Tomás Turbando, apontou o Druida para o recém chegado.
- E por fim, conlcuiu Jurbo, nosso mestre nas artes marciais, o grande Seucen Todoy.
- Quem?
- Cadê?
- Onde?
Foram as perguntas disparadas.
- Ele está presente e escondido, ouvindo tudo. Responde Pausen.
Após terem sido apresentados, Jurbo mal recomeça a falar e é interrompido pela chegada de mais um figurão:
- Desculpe o atraso.
- Quem é você? Pergunta Salabim
- Ele é Well, John Well. Fala a judia Dimin.
- Não... este é o meu irmão gêmeo.
- Ah claro, sempre confundimos os três, fala Dimin. E completando: - esse é Well, Endo Well
- Também não! Ele é meu outro irmão gêmeo, eu sou Well, Mánnu Well.
- Que seja, não tem como saber quem é quem... reclama Tomás Turbando.
- E porque seus irmãos não vieram? Pergunta uma voz, aparentemente vindo do nada, que todos supunham ser de Seucen Todoy.
- Estão a caminho. Mal acabara de falar, um 2x2 atravessa o portal com John Well e Endo Well num braço e um martelo de ferreiro pendurado sobre o outro.
- Desculpem-nos o atraso, fala o 2x2. Olhando agora, de perto, ele parecia ser mais velho, provavelmente os 50 já estavam batendo na porta.
- Tivemos um problema, continuou o cinquentão, o Endo perdeu seu anel na última campanha e estávamos tentando achá-lo. Por um acaso alguém está com o anel do Endo? Não? Bom, teremos que continuar procurando então. E ainda emendou:
-Ahh! Perdoe-me os modos, eu sou Pah Páinno Well, e estes são meus filhos Endo e John. Creio que o Mánnu vocês acabaram de conhecer.
- O.K, Todos apresentados? Perguntou Jurbo, impaciente.

.

Mas nem todos tinham sido apresentados. Impossível dizer como que, em meio a tantos suínos, ninguém reparou uma cabeça de orc se movendo de um lado para o outro. E quando Borgan apareceu, todos, menos o Dr. Schupen Pausen e Bai Tabixóvski, ficaram perplexos:
- AGORA SIM É O INRI CRISTO, MULEQUEE!!! Urrou Erca.
- Não! É o super Porc, uma mistura de porco com Orc! Bradou Mánnu Well.
- Calma gente, sou eu! Borgan! Falou a quimera.
- Não, sua...sua... sua coisa! Você matou Borgan! Acusou Pah Páinno Well
Todos, menos Pausen e Tabixóvski conheciam Borgan de longa data, posto que ele já não era mais um iniciado.
- Não, calma, o Doutor Schupen Pausen pode explicar. Preciso encontrar Pout ah Velh’a para conseguir meu corpo de volta. Estou maculando a imagem dos porcos selvagens ficando assim, e isso não consigo suportar. (Está certo que embora Borgan fosse valente e destemido, o que ele queria de verdade, buscando ter seu corpo de volta, era correr o menor risco possível de parar em uma frigideira).

E assim todos se reencontraram, novamente sob um objetivo em comum e com o Castelo-fortaleza-impenetrável-não-mais-guarnecido-por-trocentos-e-dois-soldados à sua frente.

O Que acontecerá agora? Qual será a missão designada pelos Manda-Chuvas à nossos heróis? Jurbo Çal, famigerado tranbiqueiro, cujos cartazes de procurado ocupavam as paredes de todas as tavernas da redondeza, continuará no grupo agora que revelou ser um dos chefões? O Que acontecerá com Lady Incent Ivo Acultura e a Ordem DASPU? Que medidas adotará o Conselho para descobrir quem são os traidores da Ordem, já que podem ser quaisquer pessoas dentro de cada clã comandado pelos Manda-Chuvas? Conseguirão, os protagonistas, prender Pout ah Velh’a no seu Castelo-fortaleza-impenetrável-não-mais-guarnecido-por-trocentos-e-dois-soldados? Borgan conseguirá seu corpo de volta? Erca e Sinsalabim conseguirão esconder seu desejo incontrolável por naquinhos de porcos selvagens? Quem estará com o anel do Endo ? E onde foi parar o Pé-de-Mesa?

Muitas respostas estão por vir.

sábado, 15 de novembro de 2008

Interlúdio - Da ferrenha batalha que travou Lady Acultura e seu exército contra o Gigante Kóssau Pynthu

O objetivo desta postagem, é fazer um apelo a todos os nossos assíduos leitores, se é que temos algum? (...sinto um uníssono grito do Fabricio e do Francis vindo de algum lugar...). Meu apelo é para que estes leitores (e os autores que não escrevem no roteiro original), é que escrevam mais no blog. Para isso estou criando esta seção "Interlúdios", para todos que sentirem-se à vontade de escrever seus textos.
Pode-se usar personagens secundários da história ou novos que podem vir a aparecer na saga principal (esta escrita atualmente por Japa, Masotti e Bernhard). Caso não esteja cadastrado nos contate. Para inaugurar esta seção vou contar um fato ocorrido paralelamente a meu ultimo post.


Estava Lady e seu exército saindo do "ABISMO-CRUÉL-DA-ESCURIDÃO-PROFUNDA-QUE-SÓ-APARECE-DURANTE-A-LUA-CHEIA-DOMINADO-PELOS-PODERES-OBSCUROS", e passando próximo ao Lago Pútrido quando viram aquela criatura gigantesca numa posição no mínimo grotesca. Agachado rolava de um lado para outro numa vã tentativa de tentar lamber seu cotovelo.
Vendo aquela cena do gigante de quatro, passou-se medonha idéias na mente de Lady Acultura, chamou seu tenente e confidenciou-lhe: - É uma boa hora para nós testarmos a arma secreta confiada a mim por Alisan do Cressi.
Então rugindo para seu exército ordenou: -EU ORDENO QUE PRENDAM AQUELE GIGANTE EM POSIÇÃO CONSTRANGEDORA.
Kóssau Pynthu que ouviu o barulho dos bravos guerreiros que vinham em sua direção, saiu de seu transe hipnótico causado pela aposta.

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Para melhor visualização da batalha sugerimos que:
1- pegue um punhado de soldadinhos de plastico verdes (aqueles army men)
2- pegue qualquer robo de binquedo (um power ranger esta ótimo contanto que tenha no minimo o triplo da altura dos soldadinhos)
3- faça com que o robozinho va destruindo a maioria dos soldados (dica:para maior realismo use katchup nos bonecos)
4- pegue mais um punhado de soldadinhos até que a sua superioridade numérica consiga derrotar o powe..ahn....gigante.

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Apos a temível batalha, onde Kóssau Pynthu estava sendo subjugado, o tenente foi ter com Lady Acultura.
-Estamos perdendo muitos homens, quias são as ordens Lady?
-Usem as cordas ninjas!!!
-Ok , minha senhora!!!
Sairam então correndo três soldados que estavam próximos a Lady segurando metros de corda em direção ao inimigo e logo com suas técnicas ninja derrotaram Kóssau Pynthu.

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-Técnicas ninja de corda? Como é que isso funciona?
-Desculpa-me mas não posso conta-las senão teria de matar a todos que lessem o post.
-Mas se essa é uma história de fantasia medieval que que tem a ver NINJAS saindo do meio do exército?
-Tem a ver com o bushído.
-Não seria bushidô?
-Eu que estou falando eu que sei. Se não quiser sentir o poder de minhas Katanás, não há de discutir este assunto.
-Mas porra, não é katânas?
(..som de espadas sendo desembainhadas..)
-No meu dojô eu falo com eu quiser, sr. Eu-sei-tudo-de-cultura-niponíca.
-Seu ninja samurai ridículo, é dôjo e nipônica e sinta vocÊ o poder da cultura moderna.
(..som de tiros..)

Depois deste cavalheiresco debate voltamos a história.

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Estava Kóssau Pynthu totalmente preso e numa posição contrangedora, mas ainda assim não se dava por vencido.
-Você se rende perante minha beleza e superioridade, ó gigante? - disse Lady
- NUNCA, GIGANTE NÃO RENDE PRA MULERZINHA XEXELENTA.
-Quer apostar?
-GIGANTE TRAUMATIZADO APOSTAS.
-Tragam me a arma secreta homens. Tragam-me o ARÍETE.
Até mesmo Kóssau Pynthu já havia houvido falar desta terrível invenção humana, capaz de subjugar gigantes, dragões e até mesmo causar pesadelos a deuses. Olhando distance parecia-se com um aríete comum, mas a diferença eram três: o seu tamanho maior, na verdade, estupidamente colossal. O seu formato peculiar, de cenoura. E umas runas estranhas, que lido por ermitãos (porque todos sabem que os ermitãos são sábios), seria traduzido como, Made in Varzea Grande.
-NÃO GIGANTE SE RENDE TUDO MENOS ARIETE.
-Eu posso até pensar em perdoa-lo se jurar lealdade a mim, e lamber meus pés.
Kóssau Pynthu até que tentou mas o que Lady havia esquecido era o tamanho da lingua do gigante, que ao tentar lambe-la a encharcou toda e arremessou-a a cerca de 3 metros.
Após levantar-se e nadar para sair da tsunami salivar, fula da vida Lady Acultura só pensava em fúria.
-Homens à postos, preparar, apontar......

Para visualização da cena que vem a seguir, para aqueles que já tiveram o prazer (ou desprazer!?) de ver a bizarra imitação do Marcos do "bebado que perdeu a toba no truco", é uma ótima referência.

-UUUUWAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA.

Por fim conta-se a lenda que foi a partir deste dia que o Gigante Kóssau Pynthu mudou seu nome para Kóssau Regu e que começou o reino de dominação de Lady Incent Ivo Acultura.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

A Saga de Sinsalabin - Capítulo 16: Do começo da peleja e da evolução de nosso destemido herói

"O homem nasceu para a ação, tal como o fogo tende para cima e a pedra para baixo" Voltaire

Agora você vê Sinsalabim preocupado tentando achar uma resposta para seu dilema. Agora você não o vê mais. Você olha uns 200 metros à sua esquerda. Você vê novamente o que sobrou de Sinsalabim. Você rapidamente olha para sua esquerda novamente. Você vê o que Sinsalabim infelizmente não viu. O maléfico Ilmijo Nuposti com a regata do coringão segurando o terror no coração das criancinhas. O PÉ-DE-MESA.


Foi em um rápido instante que nosso valente e machucado herói levantou-se e parou para encarar o macabro inimigo. Procurou em sua memória uma história para se vingar. Pensou em contar novamente a dos 3 porquinhos, porém quando começou a narrativa percebeu que Ilmijo estava a sorrir.
-Qualé cumpadi, acha que vai me pega de novo com estas mutretinha?!?!?! Buawhawhawha. Desde nosso ultimo quebra pau, tenho escutado estas histórias toda a noite para não ser mais pego por trás. E agora seu merdinha o que vai fazer. Porque é como diz o véio deitado: "se corre o lobo pega, se fica o lobo come".
E empunhando a destrói-mundos na mão veio caminhando tranquilamente em direção de nosso desprestigiado herói.


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Enquanto isso estava o mutante Borgan olhando embasbacado para a fiél legião de seguidores, que gritava alucinada:
-Prove que és o nosso legítimo salvador, nos diga a frase secreta!!!! - Nos lidere para o infinito e além!!!
-Meus sóis, que devo fazer Schupen? - cochichou baixinho Borgan.
Porém antes que tivesse uma resposta, todos viram se aproximando ao longe o temido exército de Pout ah Velh'a os trocentos e dois soldados.
Bai Tabixóvski adiantou-se e foi conversar com os comandantes do exercito inimigo.
-Alto quem vem lá?
-UUUiiiii! Sou eu o seu gayrreiro das noites frias, enfrentando todos os preconceitos desta terra. Bai Tabixóvski.
- Pois saiba que sou o comandante deste exercito de machos. Eudetest Ofruta, e meus tenentes, Mort Aosgay e Comgás Mostarda. E sinceramente não fui com esse seu jeito "fruta-fresca-bezuntada-no-oléo". Por isso ordeno morte a você a seus companheiros. E dizendo isso ornou o ataque aos trocentos e dois soldados.

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-MORTE AO PORCO MUTANTE E SEUS AMIGOS!!!!! - esse foi o grito que Sinsalabim escutou e que desviou sua atenção. Como se não estivesse nem um pouco preocupado em ser atacado por Ilmijo. Correndo por entre a floresta ele percebeu que o exercito tinha começado a se movimentar, e mais adiante viu que havia se iniciado um combate. Onde apenas um grandão que pareceria brilhar ao sol, armado com uma espécie de "vibrador giratório" estava enfrentando um grupo de soldados enquanto gritava algo como - PELOS PODERES DE GAYSKULL..EU QUEIMO A ROSCAAAAAAAA. Mais adiante viu uma especie de porco selvagem mutante trocando uma ideia com outros porcos.
Porém Sinsalabim tinha um problema mais imediato. Como fazer para suportar a fúria de Ilmijo, que esbravejava com todo seu conhecimento do morro. - Vem seu fdp, seu X-9, verme, anti-cristo, Judas. Se eu te pego te queimo no microondas.
E Sinsalabim não sabia o que fazer até que de repente sentiu seu espirito ser sugado para dentro de uma vela e arremesado de volta para o "Porão dos Gritos", onde estava a linda e profana Hera Ben Sadik, deitada de costas balançando as pernas numa versão maligna de "desejo de Anita", mordendo o dedinho lendo a ultima publicação do "Anuário dos Sex Shops".
Lentamente ela olha pra ele entrega seu pé para Sinsalabim beijar e sorrindo gentilmente amarra nosso bruto herói a uma cama e ainda sem dizer nada começa a atravesa-lo com dezenas de agulhas.

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- Caralho!!! Fudeu!!! Ataquem os soldados meus companheiros súinos!!!! - exbravejava Borgan sem sucesso.
- Apenas depois que nos provar ser nosso messias podemos lhe obedecer óó grande porco mutante.
- E então Schupen? o que eu faço? - porém Borgan deu-se conta que louco cientista não mais estava ali, apenas um bilhetinho que dizia. "fui preparar minha arma, volto daqui a pouco". Borgan deseperado pois não sabia m,ais quanto tempo Tabixovski poderia aguentar usou de toda sua cultura xamanistica, acendeu um cigarrinho (daqueles que chapam o melão) e deixou o poder fluir.
- BÉÉ CARNEIRO OVELHA. BÉÉ CARNEIRO OVELHA. -gritava um alucinado Borgan. Foi então que o que parecia ser o ancião entre os porcos disse:
- Não era bem essa a frase, mas como não estamos vendo nenhum outro porco orc mutante, eu Fuci Inho d' Tomad, o consagro como nosso salvador. Quais são suas ordens meu senhor?
E todos os porcos ficaram olhando enquanto Borgan brincava de ciranda com seu amigo imaginário Canabis Sativa.

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Após ter se recuperado da sessão de "carinho" de sua mestra. Hera começou a conversar com Sinsalabim.
- Jovem padawan, espero que desta vez tenha aprendido minha técnica e que a use de forma proveitosa, pois os boatos que chegam a mim, dizem que você está difamando o bom nome da família bem Sadik. Então para assegurar-me que não me envergonhe maisfiz com que seu espírito fosse transportado até aqui e o ensinei a técnica "Fazer o outro sofrer o sofrimento eterno". Agora vá e retorne para seu corpo, e como presente pegue esta vela e faça o que bem quiser com ela. vá meu querido aprendiz. Que a minha beleza te guie de volta. Adieu.
Dizendo isto deu uma chicotada no lombo de Sinsalabiom que este foi obrigado a acordar e logo notou a presença do destemido Ilmijo.
Ele Sabia que era agora ou nunca, usou de todo este tempo em que sofreu treinando e executou a 1ª técnica "sofrer o sofrimento eterno". Onde viu todas as lembranças ruins de Ilmijo no morro. Desde de quando era apenas um vapor, depois quando passou pra fogueteiro e por fim quando virou "frente". Sentindo todo este desespero efetuou a segunda técnica "Fazer o outro sofrer o sofrimento eterno". Foi ai que Sinsalabim se transformou.
Ilmijo olhava divertido pra Sinsalabim e veio correndo para ataca-lo. O pé-de-mesa esta a apenas uns centimetros do rosto de Sinsalabim, quando este abriu os olhos e defendeu o golpe com apenas uma das mãos. Com a mesma mão que defendeu o golpe estapeou fortemente o focinho de Ilmijo enquanto bradava:
-CADÊ O BAIANO? CADE O BAIANO? SEU MERDA!!!
-Eu não sei!!! Eu juro que não sei! - chorava um assustado Ilmijo.
-A entaum que dize que ce naum sabe onde tah o baiano. Bom, cade o Maluco entaum? Naum vai me dize que naum sabe onde tah o maluco?!?!? - e enquanto gritava tomou a letal arma das mãos de Ilmijo.
-Que que é isso? Armamento não autorizado. pelo jeito vou ter que ser mais malvado com você. O Matias traz o saco plastico. Pensando melhor naum. Traz o cabo de vassoura.
-NÃÃÃO, eu me entrego tudo menos o cabo de vassoura.
Depois destas palavras, o efeito da técnica passou e Sinsalbaim, voltou a ser o pacato e fracote (mas um pacato e fracote heróico) que sempre foi. Olhou ao redor e viu Ilmijo agonizando em um canto. Como não tinha tempo para pensar no ocorrido, e vendo a batalha mais adiante sabia que não podia esperar. Olhando carinhosamente para a pequena prutz, pegou a vela ardente que Hera havia lhe dado. Estava pronto para queima-la quando, lhe veio um lampejo de sabedoria. Lançou a vela em direção ao temível Pé-de-mesa. Quando o fogo atingiu a arma esta começou a soltar uns barulhos estranhos e a soltar uma fumaça colorida.

E agora? O que virá da destruição da engolidora-dos-mundos? Conseguirá Lady chegar a tempo para a batalha ou ficará se divertindo com os goblinóides e os hortifrutis? Borgan sairá de sua viagem e salvará seus pobres companheirose ou tornar-se-á o primeiro porco orc mutante viciado da cruel Só-Tem-Pedreira? E será que a erva foi comprada na boca de Ilmijo? Por fim, que diabos de arma que Schupen está preparando? Aguarde












domingo, 9 de novembro de 2008

A Saga de Sinsalabin - Capítulo 15: o Batedor

A depressão prosseguia comendo solta na sala circular do covil de Verca. O que fazer? a velhota tinha escapado e era preciso achar um meio rápido de achar ela e Pout ah Velha'a (rimou!). Um exército inteiro era inviável para encontrá-la, já que é muito grande, barulhento e lento. A dúvida do que fazer prosseguiu até que Lady Incent Ivo Acultura quebrou o silêncio:
- Só existe uma coisa a ser feita - bradou - Você, Sinsalabin, deve agir como batedor: partir na nossa frente, encontrar a megera e nos avisar. Quando recebermos teu sinal, partiremos imediatamente a teu encontro. É a melhor coisa a se fazer.
-Putz, logo eu? - Respondeu nosso herói, brabo mas resignado - Bem...fazer o que né? Vamos lá Erca e Jurbo, que agora o caldo vai engrossar...
-Espere! - Interrompeu a general - Os dois goblinóides não podem ir junto! Eu tenho fantasi... erh... assuntos a discutir com esses dois nanicos verdes e de orelhas pontudas...
- Mas daí tu trinca meus ovos! Vou estar sozinho no meio do mato caçando uma bruxa! Como vou sinalizar para vocês virem a meu encontro?!
-Sei lá... respondeu Lady Acultura - Leva essa prutz anã aí e na hora taca fogo nela. A gente vai ver a chama e agir apropriadamente (para quem não é expert em botânica, a chama de uma prutz queimando é única: amarela, com bolinhas azuis avermelhadas e sabor de chocolate.)
E assim Sinsalabin (yes! rimou de novo!) foi largado no lado de fora do covil, com apenas diretrizes básicas do seu destino (hmmm... ouvi dizer que aquela estrela alí é divertido de seguir...mas aquela outra também é bonitinha...- aconselhou-lhe um soldado). Estava, como no começo de sua história, sozinho. Mas agora com uma prutz no lombo...
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Borgan não estava em situação muito confortável também. Virou metade orc metade porco. Fora a sua aparência porcalina, soltava uns grunhidos suínos volta e meia e tinha um rabo saca-rolhas. Pelo menos agora se identificava mais do que nunca com a causa da Ordem dos Amigos de Malanderson. Enfim, ele agora estava jantando com Schupen Pausen e Bai Tabixóvski (os anfitriões degustavam salsichas com leite moça nas pontinhas e Borgan se empaturrava de lavagem).
-Tipo - indagou Borgan - que vou fazer agora que estou transformado nisso? Cadê meus parcerias? Onde está aquela velha desgraçada? Porque essa lavagem cheira a merda? Quais são os números da mega sena?
- Respondendo a sua primeira pergunta - disse Pausen, que apesar de biruta era sábio - eu conheço a pessoa que pode fazer você voltar ao normal: Pout ah Velh'a. Então é só você ir até o Castelo-fortaleza-impenetrável-guarnecido-por-trocentos-e-dois soldados e mandar ela fazer a mágica...
- Agora deixa eu responder a segunda pergunta, Chupen! Deixa, dexia, por favoooor! - manhou Tabixóvski e, sem esperar resposta prosseguiu - A Verca provavelmente está no reduto de Pout ah Velh'a agora - e o tapado e rídiculo Bai não se contentou - A terceira resposta: eu caguei antes na panela, tava com vontade... mas, essa da mega sena é fácil! Simplesmente (censurado).
- Então - urrou Borgan - meu destino me leva até o Castelo-fortaleza-impenetrável-guarnecido-por-trocentos-e-dois soldados! Lá conseguirei me vingar de Verca Nhão e talvez voltar ao normal! E de repente de lambuja eu consigo encontrar meus companheiros!
- Nós iremos com você! - gritaram Pausen e Tabixóvski em uníssono.
- Talvez eu consiga achar oportunidades de usar todos meus brinquedos de borracha, além da minha espada do he-man! - disse alegremente Bai Tabixóvski, que depois ficou por alguns segundos esperando, junto com Borgan, que Schupen Pausen dissesse seus motivos de seguir na jornada, mas ele nada falou. Apenas foi para seu quarto se preparar, com os olhos brilhando e um sorriso aloprado na cara...
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Sinsalabin estava a algum tempo no meio do mato (perdido, é claro) mas sua indiganção e suas dúvidas não diminuiram. Estava fulo porque achava injusto partir em missão sozinho mas, ao mesmo tempo, ficava se perguntando o que iria fazer quando chegasse o momento de sinalizar, pois não queria queimar o prutzinho. Gostava dele. Sentia que os dois se completavam (é ruim heim??), ainda mais depois que regou a planta (junto com todo mundo na sala) com a sua urina.
Então nosso campeão entrou numa típica clareira da floresta, perfeita para emboscadas.
-Eita, entrei numa típica clareira da floresta, perfeita para emboscadas - comentou para si mesmo.
E foi o que aconteceu. Logo dez soldados saíram detrás das árvores e o cercaram. Sinsalabin estava encurralado. Dois deles deram alguns passos para perto do já cagado aventureiro:
-Sou o capitão Rabuk Ente, e este é meu tenente, Eucurtum Hortifruti - disse um deles - nós dois e meus homens somos uma patrulha de Pout ah Velh'a e vagamos pela floresta. Sempre estamos à procura de aventureiros metidos a heróis e, como nosso poder é propositalmente ajustado para vencê-los, sempre tiramos seus equipamentos e dinheiro e o tocamos numa prisão (essa da prisão eu aprendi nos meus tempos de milícia).
-Então - exclamou Hortifruti - vai passando as coisas aí. E seja rápido, porque estamos com pressa. Temos que nos reunir em seguida com o exército de Pout ah Velh'a, lá no campo de golfe.
- Campo de golfe? - Perguntou Sinsalabin, borrado e curioso.
-Sim - completou o tenente - Pout ah Velh'a está reunindo seu exército de trocentos e dois soldados para sua campanha em Só-Tem-Pedreira. Como ficamos sabendo que os caras do campo aceitam eventos também, só pedimos e eles nos disponibilizaram o espaço...
Bem, os brucutus iam agarrar Sinsalabin quando, de repente, um velho munido de um cajado surgiu de cima de uma árvore e começou a descer a lenha nos dez! E uma hora, quando parecia que Rabuk ia acertá-lo com uma lança, o tiozinho puxou um estilingue calibre 45. e derrotou seu inimigo. Depois de botar os magrões pra correr, o idoso foi ter com nosso herói.
-Opa - disse ele.
-Fala véio - respondeu Sinsalabin, ainda limpando a bunda com folhas secas.
-Sou um eremita. Meu nome é Roy.
-Só isso?
-Hein?
-Não é tipo Roy UmSalami ou Roy I Cospe?
-Não. Só Roy...
-Que decepção...
-Enfim - resumiu Roy - vi que estava sendo atacado e decidi ajudá-lo. Mas conta aí...que você faz nessas terras?
Então Sinsalabin contou sua epopéia para o velho eremita (se quer sabê-la, leia os outros capítulos! Não tem resuminho!!!) e acrescentou:
-Tu conhece um outro eremita que mora pelas redondezas de Pedra da Picadura? O nome dele é Sensaladin.
-Ah...tô ligado. Mó' enganador. Aquele não paga a mensalidade do sindicado faz anos! Que tu quer com ele?
-Vingança. Ele me meteu nessa situação, sabe...
-Ok, depois vemos isso. Mas agora temos assuntos mais urgentes! Vejo que você pode ajudar na luta contra Pout ah Velh'a! Eu vou lhe dar um pergaminho que irá ajudá-lo quando a hora for certa! Tome... é só ler ele quando sentir que é o momento.
Sinsalabin pegou o papel, abriu-o e por fim murmurou.
- É que, sabe, leitura não é meu forte...Ainda mais com essas letrinhas cheias de balaca e tudo o mais...
-Então vou fazer o seguinte - disse Roy, depois de fechar os olhos e suspirar profundamente - Deixa que eu desenho aqui pra tu entender melhor. Os carinhas vão ter que ser em palitinho. Desenho não é meu forte...
-Ah... - comentou Sinsalabin - esse ali sou eu, dai faço isso e isso...Ok! Beleza! Agora está muito claro! Bwahahahaha! Até eu me surpreendo com minha esperteza!
E, depois de receber direções do eremita e de se despedir, seguiu em sua jornada.
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Voltando ao nosso meio orc, meio suíno. Borgan, Schupen Pausen e Bai Tabixóvski estavam rumando para seu destino quando, ao adentrarem numa área onde um lago ficava no centro, o trio se deparou com um arquipélago de porcos selvagens! (peraí... é molho de porcos selvagens...não...hmmm, deixa eu olhar no google aqui...ah sim!!) uma vara de porcos selvagens!! E, do nada, os porcos olharam Borgan e começaram a se curvar! E Borgan entendia seus grunhidos! Eles diziam "O porco mutante das profecias! Nosso rei! Viva nosso rei!"
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De volta para o batedor Sinsalabin. Ele agora conseguia avistar a fortaleza de Pout ah Velh'a. Mais do que isso. Ali perto, no vale, estava o campo de golfe e, nele, o exército de trocentos e dois soldados de Pout ah Velh'a! Chegara o momento. Tinha que avisar o 3º exército. A batalha se aproximava. Mas como? Não queria tocar fogo na pequena prutz...

E agora? Será que Sinsalabin conseguirá avisar Lady Incent Ivo Acultura? Será que a prutz semi-bonsai sobreviverá e crescerá saudável? Será que Borgan, o rei dos porcos selvagens, e seus companheiros, farão alguma coisa de divertido?
E, enquanto isso, um certo Ilmijo Nuposti também observava o exército no meio da floresta. Munido com um pé de mesa...